Com a quarentena prorrogada até o dia 10 de agosto, aos poucos o comércio da cidade de São Paulo está retomando à sua abertura, mesmo que ainda de forma parcial.
No último dia 24, o governador João Dória anunciou a oitava atualização do Plano São Paulo de retomada econômica e enfrentamento do coronavírus, permitindo a abertura de bares, restaurantes e salões de beleza, com 40% da capacidade, além de academias com 30% de vagas e expediente limitado a seis horas por dia. O comércio de rua e shoppings, que já estavam permitidos na fase laranja, também passaram a funcionar por 6 horas diárias na fase amarela.
Assim como a abertura do comércio, a previsão é que a vida normal e a volta ao consumo também se deem de forma lenta. O administrador de empresas e especialista em Finanças Marcelo Castro destaca a importância da aprovação de reformas econômicas para esse momento. “As reformas podem trazer mais confiança aos empresários e consumidores, com o maior controle dos gastos e a melhoria do sistema tributário”, destaca.
As incertezas ainda são muitas, mas uma coisa é certa: as adaptações serão inevitáveis para atender esse novo consumidor que está surgindo com a pandemia. “As lojas precisam ganhar a confiança do cliente, ainda retraído devido à insegurança financeira e também por medo de contaminação”, opina.
Para o especialista, mais do que alterações no espaço físico para evitar aglomerações, os comerciantes precisam usar a criatividade para proporcionar novas experiências de venda e reduzir custos. “Mais do que nunca, é preciso pensar estrategicamente sobre o que é necessário para o funcionamento do estabelecimento, mantendo apenas o que for essencial. É preciso cortar despesas, realocar investimentos e manter o endividamento baixo”, conclui.
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Fonte: Marcelo Castro é formado em administração, pós-graduado em Finanças pelo New York Institute of Finance e especialista em Gestão Pública pela John F. Kennedy School of Governement. Fundador de uma empresa de investimentos.