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Turismo já perdeu mais de R$ 62 bilhões até o momento, estima CNC

em Economia
quarta-feira, 13 de maio de 2020

O cenário para o setor alcançou uma paralisia quase completa nos dois últimos meses. Foto: mercadoeeventos.com/reprodução

De acordo com estudo da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o setor de turismo acumula perdas de R$ 62,5 bilhões desde o início da pandemia do novo coronavírus, em 11 de março. Um dos mais afetados pela crise, o segmento foi fortemente impactado pela intensificação de medidas visando à redução do ritmo de expansão da doença, como o isolamento social e o fechamento das fronteiras em diversos países.

“O cenário para o setor, que já era bem negativo há dois meses, se agravou nas semanas seguintes, alcançando uma paralisia quase completa nos dois últimos meses, a ponto de praticamente triplicarem-se os prejuízos no período”, explica o presidente da CNC, José Roberto Tadros. A perda de R$ 13,4 bilhões, durante o mês de março, chegou a R$ 36,94 bilhões em abril e a R$ 12,24 bilhões somente nos dez primeiros dias de maio, totalizando mais de R$ 60 bilhões de perdas em relação ao período pré-pandemia.

Rio de Janeiro (R$ 8,86 bilhões) e São Paulo (R$ 22,60 bilhões) concentram mais da metade do prejuízo nacional registrado pelo setor. “Os aeroportos desses dois estados chegaram a registrar taxas de cancelamento diárias superiores a 90%, no fim de março. Em abril, com quedas de até 99% nessas localidades, o cancelamento médio diário cedeu, refletindo o ajuste da oferta de transporte aéreo ao novo patamar de demanda”, destaca Fabio Bentes, economista da CNC responsável pelo estudo.

Alexandre Sampaio, diretor da CNC responsável pelo Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da entidade, chama atenção para o potencial número de empregos que podem desaparecer. “Sabemos que todos os setores da economia estão sendo afetados, mas o segmento voltado ao Turismo terá o processo mais longo de recuperação, temos uma projeção de 300 mil desempregados. Vamos fazer o que for possível para minimizar os efeitos negativos no nosso setor”, afirma (Gecom/CNC).