Francisco de Assis Fernandes (*)
Pense rápido: você sabe o que é necessário avaliar na hora de contratar um serviço?
Claro, cada um tem suas peculiaridades e essas devem ser analisadas pontualmente. Vamos, então, falar sobre seguros? A modalidade mais popular é o seguro de automóvel. As pessoas já têm mais familiaridade com o assunto e, em geral, sabem o que avaliar nas apólices. Mas e se o assunto for o seguro de vida?
Para começar, acho interessante falar em cultura. A Susep (Superintendência de Seguros Privados) revelou que o seguro de pessoas – que incluem seguros de vida, de acidentes pessoais, doenças graves, entre outras modalidades de proteção – registrou avanços em 2018. De acordo com a entidade, a alta foi de 10% em relação aos valores de 2017 e a contratação desse tipo de seguro chegou a R$ 38 bilhões no ano passado.
Aliás, em 2017, a arrecadação do segmento ultrapassou, pela primeira vez, a arrecadação do setor de veículos. Em contrapartida, uma pesquisa feita pela Universidade de Oxford, em 2017, mostrou que o mercado de seguros ainda tem muito para crescer. De acordo com o estudo, 19% dos brasileiros tinham algum tipo de seguro de vida à época, enquanto a média em outros 11 países é de 32%.
Com base nesses números é possível enxergar que há um número importante de pessoas que sequer cogita ter um seguro de vida. Os motivos variam. Um deles tem relação com o valor a ser pago. Isso acontece, pois no imaginário popular, a primeira coisa que vem à cabeça quando se fala em seguros é o seguro auto.
Muitas pessoas ainda desconhecem que há seguros no mercado para atender a toda a população – e alguns nichos específicos de mercado – que normalmente cabem no bolso. Essas apólices têm valor mensal a partir de R$ 25,00 e representam uma maneira de poupar algum dinheiro para um momento de necessidade importante. Por exemplo, há seguros de vida para pessoas com diabetes, outros específicos para atender a terceira idade, alguns oferecem cobertura como proteção contra doenças graves.
Há seguros especiais para pais ou responsáveis por pessoas com Síndrome de Down e outros para tratamento de crianças e jovens de até 19 anos que venham a ter algum tipo de câncer. Ainda, há seguros que incluem cobertura no caso de funeral. A maioria das pessoas foge do assunto, mas também há uma grande parcela da população que se vê desamparada quando perde um parente e precisa providenciar tudo para a despedida, um momento tão difícil.
Assim, para definir qual tipo de seguro vai atender melhor as necessidades de cada indivíduo é preciso analisar alguns aspectos. Por exemplo: se a pessoa não tem familiares próximos e não for casada, pode ser interessante escolher um seguro que ofereça cobertura em caso de invalidez ou de doença grave.
Se a pessoa estiver iniciando uma família, é importante considerar que, em caso de imprevistos, a criança deverá contar com o valor da indenização até chegar à maioridade e completar sua educação. Por isso, é interessante atentar ao valor da apólice e certificar-se de que o benefício será suficiente para sustentar a criança até lá.
No caso de pessoas com nível econômico alto e estável, um seguro pode ajudar na manutenção do padrão de vida mesmo que algum acidente aconteça e até isentar familiares ou o parceiro das despesas decorrentes do falecimento. A definição do seguro ideal vai variar de acordo com o objetivo de cada um, das suas condições de vida e dos planos para o futuro.
É interessante conversar com um corretor de confiança para esclarecer dúvidas e entender o que pode ser melhor para o seu perfil.
(*) – É diretor comercial da American Life, seguradora reconhecida por oferecer seguros a nichos específicos com mais de 25 anos de mercado (www.alseg.com.br).