Após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da Bolívia declarar a vitória do presidente Evo Morales nas eleições realizadas no último domingo, a União Europeia e mais quatro países, incluindo o Brasil, pediram na sexta-feira (25) uma verificação do resultado. Os governos do Brasil, Argentina, Colômbia e Estados Unidos pediram que a Bolívia permita que a OEA verifique o resultado das eleições presidenciais e, eventualmente, convoque um segundo turno do pleito.
Em um comunicado publicado em Bogotá, os quatro países disseram estar “preocupados” com as “anomalias” apresentadas no “processo de contagem de votos na Bolívia”. Em nota, a UE também afirmou apoiar a realização de um segundo turno das eleições devido às dificuldades de contagem de votos e aos indícios de irregularidades, que provocaram uma série de protestos pela Bolívia nos últimos dias.
A UE disse estar de acordo com a OEA de que a “melhor opção seria organizar um segundo turno para retomar a confiança e garantir o pleno respeito da escolha democrática do povo boliviano”. De acordo com o site do TSE, Morales conquistou 47,07% dos votos, enquanto o adversário Carlos Mesa teria ficado com 36,52%. As denúncias de fraude vieram à tona após um primeiro resultado do sistema de apuração rápida, sobre 84% dos votos, que indicava um segundo turno entre Morales e Mesa (ABr).