Fabrizio Tassitano (*)
As constantes transformações digitais trouxeram mudanças em todos os setores, principalmente na forma como as empresas compram e vendem os seus produtos.
Se pensarmos no mercado B2C, por exemplo, o número de e-commerces continua aumentando, isso porque os grandes varejistas entenderam que oferecer os seus produtos online não é apenas uma tendência, mas uma questão de sobrevivência no cenário atual. O mercado B2B também estabeleceu o sistema de marketplace, plataforma que mostra aos compradores um universo de vendedores, de diferentes áreas, que gerencia todo o negócio e facilita a busca de novos parceiros, bem como o contato entre empresas.
Segundo a última edição do relatório Webshoppers, lançada em 2017, o ano foi marcado pelo fortalecimento das transações realizadas em marketplaces. O segmento atingiu R$ 73,4 bilhões e o crescimento foi de 21,9% em relação a 2016. Para 2018 e 2019, a estimativa é ainda maior. No Brasil, o número de empresas que passaram a utilizar essa solução como um de seus canais de vendas cresce a cada dia. Estudo lançado pelo Panorama dos Marketplaces do País, da Precifica, analisou três dos principais players do mercado.
Os dados, referentes ao segundo trimestre de 2017, mostraram que as plataformas analisadas tinham mais de 7 mil vendedores diferentes, um crescimento de 13,6% em relação ao trimestre anterior. Mas será que as organizações sabem a real importância de participar de um marketplace? Será que entendem a diferença competitiva que terão, se estiverem a frente de seus concorrentes, no quesito exposição? Neste artigo, vamos mostrar como é possível aproveitar esse avanço tecnológico e otimizar os resultados do seu negócio.
• Baixo investimento – A companhia que optar por entrar em um marketplace não precisa investir em infraestrutura, pois a plataforma já está pronta. Sendo assim, não é necessário se preocupar com desenvolvimento de site, hospedagem, domínio e divulgação. Esses pontos fazem com que o investimento seja pequeno, limitando-se ao valor do plano contratado ou uma comissão sobre a venda ou valor total transacionado, que pode ser negociado.
• Visibilidade – Na plataforma, a empresa fornecedora pode inserir sua marca e cadastrar todas as informações importantes do seu negócio, como o catálogo de produtos e redes sociais. Por se tratar de um canal de vendas B2B, milhares de compradores fazem parte desse ecossistema e se interessam por novas fontes de fornecimento. Para obter sucesso, é importante que o cadastro esteja completo, com imagens bem tratadas e textos corretos para facilitar a busca do comprador.
• Controle e gerenciamento – Os vendedores recebem notificações de oportunidades geradas pelos compradores e podem participar dos processos de cotação, aumentando suas chances de vender. Além disso, o marketplace possibilita fazer a gestão dos processos e analisar a performance, por meio de gráficos de cotações, pedidos e faturamento, bem como monitorar indicadores de performance, tempo de respostas e negociações.
• Aumento das vendas – A ferramenta é mais um canal que possibilita aumentar vendas com baixo investimento. A empresa com presença digital consegue pesquisar oportunidades, se candidatar e responder cotações disponibilizadas pelos compradores (que não teriam nenhum tipo de visibilidade, se estivessem fora da comunidade). O comprador também se beneficia ao agregar novos vendedores e conquistar economia e mais segurança nos seus processos de compras.
O espaço para quem quiser aproveitar as oportunidades da expansão existe, sem dúvidas, mas é preciso pensar estrategicamente em ações virtuais que gerem volume e conversões, e contribuam ainda mais para o crescimento das vendas e compras online.
(*) – É Diretor de Produtos no Mercado Eletrônico.