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Tecnologia 08/10/2019

em Tecnologia
segunda-feira, 07 de outubro de 2019
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RH Digital: como a tecnologia pode revolucionar a área de recursos humanos?

É fato que a transformação digital já chegou ao RH. Processos manuais começam a ser substituídos gradativamente por softwares e ferramentas de gestão. E os benefícios vão muito além da automatização dos processos burocráticos

Um estudo feito pela Harvard Business Review acompanhou 53 empresas durante os anos de 2011 a 2015. O resultado foi que, aquelas que mantém boas práticas de RH são, em média, 51% mais competitivas que as demais. Foto: blog.convenia.com.br

Paulo Exel (*)

O RH digital melhora a experiência do colaborador ao longo de toda a sua jornada na empresa, atuando fortemente na produtividade, engajamento e retenção dos profissionais.

Um estudo feito pela Harvard Business Review acompanhou 53 empresas durante os anos de 2011 a 2015. O resultado foi que, aquelas que mantém boas práticas de RH são, em média, 51% mais competitivas que as demais. O fato é que, hoje, é muito difícil manter a competitividade sem usar a tecnologia. Por isso, a área vem recebendo cada vez mais recursos a fim de se digitalizar.

De acordo com uma pesquisa elaborada pelo Grupo Selpe e a A3Data, aproximadamente 40% das empresas aumentaram o orçamento da área de RH. Cerca de 23% afirmam já adotar práticas de Business Intelligence. Isso quer dizer que a digitalização do RH não atua apenas na automatização de processos meramente operacionais, mas apresenta novas oportunidades.

Boa parte desse avanço deve-se ao surgimento das chamadas HR Techs, termo que define as empresas que fornecem serviços tecnológicos para o setor. Elas possibilitam que o RH atue de maneira mais estratégica e assertiva dentro das empresas. Essas soluções são capazes de reduzir custos, aumentar a eficiência e a inteligência dos processos da área de recursos humanos.

As possibilidades são enormes. A tecnologia pode ser empregada na gestão de benefícios, controle de férias, emissão de holerites, folhas de pagamento, entre outros. No entanto, um dos maiores impactos do RH Digital é a introdução do People Analytics, que é um conjunto de processos e ferramentas que coletam, compilam e analisam dados sobre o comportamento dos funcionários. Essas informações são usadas no planejamento estratégico do setor, traçando planos para engajar, motivar, reter e aumentar a produtividade dos colaboradores.

A grande mudança é que agora, TI e RH devem estar cada vez mais próximos. Um estudo feito pela consultoria Gartner, aponta que 75% das empresas pretendem melhorar a experiência do colaborador a partir de um desempenho conjunto das duas áreas até 2022. Ambas precisam garantir que novas tecnologias não só abordem questões complexas do negócio, mas também que atendam às expectativas e necessidades do público interno. E essa é uma mudança de mindset super importante, já que o TI passa a assumir um papel consultivo para o RH.
Diante dessa transformação, o profissional de recursos humanos precisa estar muito bem preparado. Será preciso entender o negócio de forma mais holística, compreendendo os desafios globais da companhia. A cobrança já é por um RH mais propositivo e menos reativo. Além disso, a área, que muitas vezes não trabalhava números como aliado em seus processos e decisões, vai precisar atuar cada vez mais na geração e interpretação de dados, a fim de facilitar a tomada de decisões.

A revolução da tecnologia no RH será enorme. Contudo, o papel do ser humano continuará sendo insubstituível. São as pessoas que realizam a gestão dessas ferramentas tanto para garantir sua eficácia quanto para identificar pontos relevantes e propor ações. Com a automatização, o RH passa a ter mais tempo para atuar de maneira estratégica e com foco em ações que visem a satisfação do colaborador, que é o ponto central de qualquer companhia. O grande desafio do RH digital é combinar a tecnologia disponível com a imprescindível interação e interpretação das necessidades humanas.

(*) É formado em Administração de Empresas, possui MBA executivo em Gestão de Negócios e é diretor de operação da Yoctoo, consultoria boutique de recrutamento e seleção para tecnologia.

Cinco pilares essenciais para o crescimento da inteligência artificial

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Foto: Boas Notícias

A BSA|The Software Alliance listou os cinco pilares que devem nortear empresas e governos para que a inteligência artificial seja desenvolvida de maneira responsável.
“Soluções de inteligência artificial são uma promessa de aumento de qualidade de vida e resolução de problemas até então insolúveis”, diz o country manager da BSA no Brasil, Antônio Eduardo Mendes da Silva, conhecido como Pitanga. “A tecnologia já está levando a melhorias em áreas como saúde e educação e tem aumentado a produtividade e a competitividade de negócios em diversos segmentos, estendendo o seu alcance a todos os setores”, acrescenta. Conheça os cinco pilares necessários para o desenvolvimento da inteligência artificial:

1. Construção de confiança nos sistemas de IA
A BSA apoia os esforços da indústria para fornecer aos usuários de sistemas de IA as informações necessárias para gerar confiança de que esses sistemas estão operando conforme o esperado. Facilitar o aumento da compreensão e promover a confiança no uso das tecnologias de IA é uma prioridade importante.

2. Política de inovação de dados
O aumento exponencial dos dados, combinado com o incremento do poder da computação remota e o desenvolvimento de algoritmos mais sofisticados, permitiu avanços tanto no machine learning quanto na IA. A capitalização desses recursos para facilitar o desenvolvimento da IA requer políticas de inovação de dados que (1) assegurem que os dados possam circular livremente através das fronteiras, (2) garantam o acesso aberto aos dados do governo, (3) facilitem o desenvolvimento de serviços de dados de valor agregado, e (4) mantenham políticas de concorrência previsíveis e neutras em termos de tecnologia.

3. Cibersegurança e proteção de privacidade
Novas tecnologias trazem riscos que antes não existiam. Não é diferente com a IA, que pode abrir caminho para ameaças de cibersegurança e privacidade. A BSA defende políticas que fortaleçam medidas de segurança e respeitem as escolhas dos consumidores, garantindo a capacidade de oferecer produtos e serviços sob medida.

4. Pesquisa e desenvolvimento
Investimento em educação, pesquisa e desenvolvimento tecnológico são fundamentais para continuação do avanço da IA e do crescimento econômico gerado por ela. Esses esforços devem incluir investimentos públicos de longo prazo, que poderiam desvendar novos insights.

5. Desenvolvimento da força de trabalho
O crescimento tecnológico tem proporcionado novos tipos de emprego em todos os setores da economia, o que demanda o desenvolvimento de um novo conjunto de habilidades. Essa tendência deve se manter em basicamente todas as áreas. Por isso, os setores públicos e privados, assim como a academia, devem pensar em políticas que preparem as próximas gerações para empregos do futuro e permitam que a atual força de trabalho faça uma transição tranquila para a nova realidade.