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Programa vai liberar R$ 1 bilhão para transporte urbano sobre trilhos

em Manchete
sexta-feira, 28 de junho de 2019
Programa temsporario

Programa temsporario

O programa será fundamental para a recuperação do setor, que sofreu forte retração nos últimos anos.

Foto: NT Expo/Reprodução

O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, anunciou na sexta-feira (28) o Programa de Renovação de Frota do Transporte Público Coletivo Urbano de Passageiros sobre Trilhos (Retrem). Será disponibilizado R$ 1 bilhão do FGTS para financiar a compra ou reforma de composições para transporte sobre trilhos pelo Poder Público ou setor privado. O crédito também poderá ser usado para melhoria dos sistemas, como a aquisição de tecnologia de monitoramento e comunicação.
“Precisamos melhorar o transporte coletivo nas cidades, a situação está cada vez pior”, enfatizou Canuto ao apresentar o projeto na Fiesp. Os projetos deverão atender uma cota mínima de produção nacional, com a intenção de também apoiar as empresas brasileiras do setor.
Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), Vicente Abate, o programa será fundamental para a recuperação do setor, que sofreu forte retração nos últimos anos.
“Tanto na área de passageiro quanto na de carga nós temos uma ociosidade que gira em torno de 60% da nossa capacidade instalada total. Nós estamos em uma situação crítica”, ressaltou. Em três anos, as fábricas do ramo fecharam 3 mil postos de trabalho, o equivalente a 15% de toda a mão de obra empregada diretamente no setor. As empresas de trens de passageiros deixaram de fazer investimentos e as que transportam carga estão evitando novos gastos devido à aproximação do fim de período de grande parte das concessões públicas.
Abate considera que a exigência de um percentual mínimo de produção nacional para os projetos financiados pelo Retrem é necessária para garantir o equilíbrio na concorrência com as empresas estrangeiras, em especial, as asiáticas. “O que a gente precisa é que essas fábricas se instalem no país para que eles tenham as mesmas condições de mercado que nós temos”, disse em relação aos concorrentes internacionais, acreditando que até 2021 o setor consiga retomar o nível de produção e de emprego de três anos atrás (ABr).