João Chequer (*)
A evolução da tecnologia está em todos os lugares.
A indústria 4.0 ganha cada vez mais espaço no mercado nos negócios e agora, essa tendência chegou também no segmento educacional. A chamada “revolução tecnológica” tem mudado a relação do indivíduo com os estímulos digitais, e, por consequência, tem transformado também o modo de aprendizado, de pensamento e de relacionamento nas salas de aula.
Se antes, o aluno entrava na sala e assistia às aulas enquanto o professor ministrava a matéria na frente da sala, hoje, esse modelo é cada vez menos atrativo, principalmente quando se trata da geração alpha, que engloba pessoas que nasceram a partir de 2010. Nesse sentido, o conceito de “aprender fazendo”, que rege a educação 4.0, parece ser o melhor caminho.
A pergunta não deve mais ser: qual o papel da tecnologia na educação, mas sim qual é a melhor forma de lidar com ela. Um dos pilares mais importantes da educação 4.0 é o fácil acesso à informação, bem como a conteúdos personalizados. Esse fator, porém, nos leva a um problema: como garantir que os alunos tenham acesso a dados corretos e seguros?
Neste caso, a própria tecnologia pode ser utilizada para essa questão. Uma das soluções é priorizar os aplicativos aos sites em geral. Isso porque, os apps acabam se tornando opções digitais relativamente mais seguras quando comparado a navegação em sites de vídeo e plataformas digitais, mesmo em suas versões kids. Neles, os alunos têm acesso apenas a conteúdos controlados, produzidos e direcionados.
Além disso, a forma de distribuição dessa também pode ser um fator importante. Games, vídeos, animações, livros digitais e outros conteúdos interativos podem ser recursos muito mais valorizados, com maior interação, do que o modelo tradicional. Hoje, a natureza questionadora e curiosa da maioria dos alunos favorece isso.
Por outro lado, a tecnologia não é tudo e não precisa, nem deve, ser utilizada sozinha. Ela pode ser usada para o desenvolvimento do pensamento crítico e do uso da realidade do aluno para o ensino, esse último é particularmente importante no ensino de línguas. É muito mais fácil aprender uma língua quando ela se baseia na sua vivência, por exemplo, do que em teorias e formatos que não tem nada a ver com o dia a dia do usuário. O mesmo vale para qualquer tipo de aprendizado.
O ensino de línguas, aliás, é um dos grandes beneficiados com a educação 4.0. Aplicativos e tecnologias digitais podem ajudar no aprendizado de línguas desde a primeira infância, o que contribui para a fluência e facilidade de entendimento em outros idiomas. Naturalidade é o segredo para a assimilação nessa época da vida, e as estratégias digitais e lúdicas são ótimos aliados nesse sentido.
É claro que a educação 4.0 ainda tem muitos desafios. A maior parte deles relativos à falta de estrutura nas escolas e a falta de investimento em ferramentas tecnológicas. Mas, ainda assim, alguns pequenos passos podem ser uma alternativa. Muitas plataformas digitais e apps, por exemplo, podem ser usados em casa, em dispositivos móveis dos pais das crianças. Afinal, educação começa no lar.
Estimular seu filho a utilizar esses recursos a favor dele pode ser a chave para uma educação diferenciada!
(*) – É CEO do Kidsa English, único aplicativo no Brasil que fornece curso de inglês completo na primeira infância, voltado para a Geração Alpha, nascida a partir de 2010 e inserida no meio digital desde o nascimento.