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Ministro de Minas e Energia diz que não há barragem segura no Brasil

em Manchete
quinta-feira, 23 de maio de 2019
Ministro tempoario

Ministro tempoario

Foto: Google Maps/Reprodução

Região da Mina Gongo Soco, em Barão de Cocais.

O ministro de Minas e Energia, Beto Albuquerque, disse ontem (23), na Comissão de Meio Ambiente do Senado, sobre segurança de barragens, que “não tem barragem segura. Esse conceito não existe”.
Explicou que a probabilidade de rompimento de barragens construídas à montante, como foi o caso de Mariana, Brumadinho e agora de Gongo Soco, todas em Minas Gerais, é muito superior às demais.
“O monitoramento é diuturno e ininterrupto. Tudo está sendo monitorado minuto a minuto e as informações estão sendo passadas às pessoas que têm responsabilidade, competência para tomar as ações e medidas, especialmente para não perdermos vidas humanas”, destacou. Albuquerque disse que em razão do grande número de barragens, cerca de 2 mil, entre elas as que não são só de rejeitos de mineração, o ministério faz pareceria com a Agência Nacional de Águas (ANA) para a fiscalização.
O ministro informou que até 2021 todas as barragens serão descomissionadas (esvaziamento das barragens de rejeitos). “Também é uma atividade de risco, que tem que ter planejamento bastante apurado”, afirmou ao destacar a importância do papel do Congresso para que haja segurança jurídica não só para os empreendedores exercerem suas atividades na mineração, mas também para as autoridades exercerem seu poder de polícia ou de regulação do setor.
Segundo ele, o Brasil é o terceiro país em produção mineral do mundo, atrás de Austrália e Canadá, e responde por três milhões de empregos diretos e indiretos, contribuindo com 4% do PIB. E garantiu que até o fim de 2019, todas as barragens do país serão fiscalizadas. “Temos cerca de 500 barragens de rejeitos, 150 delas já foram vistoriadas, e todas serão vistoriadas este ano”. Hoje (24), senadores irão até Barão de Cocais (MG), para uma diligência. A barragem da mina está em alerta máximo. Os senadores querem verificar os riscos e as iniciativas do Poder Público para minimizar a situação (ABr).