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Geral 27 a 29/04/2019

em Geral
sexta-feira, 26 de abril de 2019
Mulher temprario

Mulher dedica o dobro de horas para afazeres domésticos que o homem

Pesquisa divulgada na sexta-feira (26), pelo IBGE, revela que a quantidade de horas dedicadas pelos brasileiros para a realização de afazeres domésticos e cuidados com pessoas é maior entre as mulheres do que entre os homens.

Mulher temprario

A população que mais realiza afazeres domésticos está na faixa etária de 25 a 49 anos de idade. Foto: demaerre/Thinkstock/reprodução

A captação das horas é feita junto, porque essas tarefas ocorrem simultaneamente. “Às vezes, a mulher está cozinhando e olhando o filho. Ou o homem está fazendo alguma coisa e estudando com o filho”, explicou a economista Maria Lúcia Vieira, do IBGE. A sondagem revela que as mulheres dedicam 21,3 horas semanais a essas duas atividades; entre os homens elas caem para 10,9 horas semanais.

O Distrito Federal supera a média nacional de 85,6% de pessoas que realizam afazeres domésticos no próprio domicílio ou em casa de parentes, alcançando taxa de 91,9%. É o maior também no índice de homens que cumprem afazeres domésticos, 88,3%, contra média Brasil de 78,2%, mas perde para o Mato Grosso do Sul na taxa de mulheres que se dedicam a esse tipo de tarefas. Enquanto nesse estado, o índice apurado em 2018 foi 95,4%, o DF ocupou o segundo lugar, com 94,9%. A média Brasil para o sexo feminino ficou em 92,2%.

A população que mais realiza afazeres domésticos está na faixa etária de 25 a 49 anos de idade, considerada bem inserida no mercado de trabalho. Em 2018, essa faixa etária apresentou taxa de 89,4% no país. O número foi bem elevado também para pessoas com 50 anos ou mais (86,2%), caindo para o grupo de 14 a 24 anos de idade (76,4%). Maria Lúcia disse que o tipo de atividade realizada e a quantidade de horas dedicadas ainda é diferente entre os sexos. “Atividades talvez mais trabalhosas, que são o fazer faxina, lavar ou cozinhar, ainda estão muito sob a responsabilidade da mulher, assim como cuidar da criança e das necessidades básicas dela de comer, de tomar banho ou estudar. Esse papel ainda cabe muito à mulher”.

A pesquisa revela que a taxa de realização de afazeres domésticos no próprio domicílio ou na casa de parente foi maior em 2018 para as mulheres, tanto ocupadas (95%), como não ocupadas (90%), do que para homens ocupados (82,6%) e não ocupados (70,7%). Maria Lúcia observou que embora tenha diminuído a diferença nessa taxa entre homens e mulheres, a intensidade de horas dedicadas a afazeres domésticos é diferente. “As mulheres, mesmo as ocupadas, dedicam mais horas a afazeres domésticos e cuidados do que os homens ocupados”.

A economista do IBGE destacou que enquanto os homens são mais voltados para arrumar domicílio e garagem, limpar o jardim ou fazer pequenos reparos, as mulheres se dedicam mais a cozinhar, lavar louça, cuidar das roupas. Preparar ou servir alimentos teve taxa de 60,8% para os homens, em 2018, e 95,5% para as mulheres. Vem crescendo o percentual de homens e de mulheres que realizam afazeres domésticos. Em 2016, eram 61,9% dos homens que faziam essas tarefas, e em 2018, esse número subiu para 78,2%. Entre as mulheres, o índice apurado em 2016 era 89,8% e passou para 92,2% na mesma comparação. Os dois grupos por sexo tiveram aumento, “principalmente entre os homens, porque menos faziam”, disse Maria Lúcia.

Aulas terão pausas de uma semana no meio de cada semestre

Aulas temprario

Alunos e professores terão pausas ao término de todos os bimestres. Foto: Rivaldo Gomes/Folhapress

O Governador João Doria e os Secretários de Estado da Educação e do Turismo, Rossieli Soares e Vinicius Lummertz, anunciaram, na sexta-feira (26) o calendário escolar para 2020. A ideia é que, a partir do próximo ano, as escolas do Estado tenham pausas no meio de cada semestre que poderão ser unificadas aos cronogramas dos 645 municípios paulistas.

A novidade será a introdução de recessos de uma semana ao final do primeiro bimestre, no mês de abril, e do terceiro bimestre, em outubro. Assim, alunos e professores terão pausas ao término de todos os bimestres – ao final do segundo e do quarto bimestres, as férias estão mantidas. “Estamos apresentando o novo calendário com oito meses de antecedência, logo, com tempo suficiente para os entendimentos necessários até o início do ano letivo de 2020”, afirmou o Governador.

O próximo ano letivo começa no dia 3 de fevereiro, com encerramento previsto para 22 de dezembro. O objetivo é organizar o calendário e o planejamento das atividades pedagógicas, além de garantir que docentes que atuam nas redes estadual e municipais consigam conciliar os períodos de recesso escolar e férias. A iniciativa visa também garantir um incremento no turismo do Estado.

Em dois novos períodos do ano, abril e outubro, haverá demanda para viagens em família e, no mês de julho, o período de férias será mantido mesmo com a redução de 30 pra 15 dias. “Essa é uma reforma educacional, mas ela traz benefícios adicionais para a movimentação turística dentro do Estado. Ela barateia os preços do turismo, pois tira a pressão de julho. Baixa o preço, gera empregos e impostos. Essa movimentação abrange 15 milhões de pessoas, aproximadamente”, destacou Lummertz.

“Esses períodos são importantes para uma espécie de descompressão. É bom para o professor, que pode se reorganizar para começar o segundo bimestre, e também para o aluno, que, com menos tempo contínuo fora da escola, aumenta sua aprendizagem”, destacou Rossieli (ACI/SEESP).

Brasil e Argentina miram em acordo com UE

Agência Brasil

Os ministros da Economia de Brasil, Paulo Guedes, e da Argentina, Nicolás Dujovne, se reuniram na sexta-feira (26), no Rio de Janeiro, para fechar questões bilaterais e, assim, abrir caminho para o fechamento de um acordo do Mercosul com a União Europeia. Depois da reunião, Guedes disse esperar que os dois blocos econômicos possam chegar a um acordo até o final deste ano.

“Esperamos que nos próximos 30 dias, nós cheguemos a um acordo nessas questões bilaterais. Isso facilita muito nossas negociações conjuntas com a UE”, disse o ministro brasileiro. “Isso vai nos permitir fechar um acordo com os europeus que estamos atrasados há décadas”. Entre as questões negociadas, dentro do Mercosul, estão a ampliação da cobertura e redução de valor da tarifa externa comum (TEC).

“A tarifa não pode ser um muro protecionista para isolar o Mercosul da economia mundial. Precisa ser um veículo de integração”, disse o secretário de Comércio Exterior brasileiro, Marcos Troyjo. Além do entendimento em questões comerciais, os dois países também buscam parcerias na área de infraestrutura, segundo Guedes.