Parlamento da Nova Zelândia proíbe armas semiautomáticasMenos de um mês depois do atentado terrorista que matou 50 pessoas em duas mesquitas de Christchurch, o Parlamento da Nova Zelândia aprovou ontem (10), por ampla maioria, um projeto para banir armas semiautomáticas e fuzis de assalto. Muçulmanos homenageiam vítimas de atentado em Christchurch, na Nova Zelândia. Foto: EPA O texto recebeu 119 votos a favor e apenas um contra na Câmara dos Representantes e depende apenas da sanção da governadora-geral Patsy Reddy, representante da rainha Elizabeth II no país, para virar lei. Durante a sessão no Parlamento, a primeira-ministra Jacinda Ardern fez um discurso emotivo, citando as dezenas de feridos pelo terrorista australiano Brenton Tarrant. “Eles carregarão limitações por toda a vida, e isso sem considerar o impacto psicológico. Estamos aqui para eles. Não entendia como armas que causam tanta destruição e mortes em larga escala podiam ser obtidas legalmente neste país”, disse. O projeto só foi rejeitado pelo partido libertário ACT, que tem apenas um assento no Parlamento. A iniciativa prevê um esquema de “recompra” no qual proprietários de armas semiautomáticas possam entregá-las à polícia em troca de uma compensação financeira. Após a entrada em vigor da lei, quem possuir armas do tipo estará sujeito a penas de até cinco anos de prisão. As exceções são armas de colecionadores ou para uso em controle de pragas. “Estamos aqui porque 50 pessoas morreram e não têm voz. Nós estamos aqui como sua voz. Hoje podemos usar essa voz com sabedoria”, declarou Ardern, lembrando que em poucas ocasiões o Parlamento se mostrou tão unido como na aprovação desse projeto. Tarrant, 28 anos, é defensor da supremacia branca e crítico da imigração. No atentado, realizado em 15 de março, o australiano usou cinco armas, incluindo um fuzil semiautomático, todas elas adquiridas legalmente (ANSA). | |
Onde está ‘Salvator Mundi’, o quadro mais caro da história?Paradeiro da obra de Da Vinci é desconhecido desde leilão. Foto: ANSA Vendido pelo valor recorde de US$ 450,3 milhões (R$ 1,5 bilhão na cotação da época) em novembro de 2017, o quadro “Salvator Mundi”, atribuído a Leonardo da Vinci, estaria desaparecido desde que deixou os salões da casa de leilões Christie’s, em Nova York. Um mês após a histórica venda, o departamento de cultura de Abu Dhabi anunciou que a pintura – que retrata Jesus Cristo com uma bola de vidro na mão – seria exposta em uma filial do Museu do Louvre no emirado, mas uma exposição da obra prevista para setembro passado foi cancelada sem explicações. Desde o leilão, segundo uma reportagem do jornal The New York Times, não há sinais do paradeiro de “Salvator Mundi”. De forma privada, de acordo com o diário, funcionários do Louvre de Abu Dhabi dizem não saber onde está a pintura, mas ninguém comenta o caso abertamente. O NYT diz que o governo da França ainda espera exibir o quadro em uma exposição “histórica” no Louvre de Paris no fim de 2019, quando se celebra o 500º aniversário da morte de Da Vinci. “Salvator Mundi” foi adquirido de forma anônima, mas diversas reportagens feitas em 2017 revelaram que o comprador era ligado ao príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, líder “de facto” do país. O jornal americano especula que o próprio “MbS” tenha desistido de ceder a obra a Abu Dhabi e decidido ficar com ela, mas outra hipótese é de que o real proprietário tema o escrutínio do público e de especialistas – a atribuição do quadro a Da Vinci não é unânime no mundo da arte. “É muito injusto privar os amantes da arte e muitas outras pessoas que se sentiram comovidas por essa pintura, uma obra-prima tão extraordinária”, disse ao New York Times Dianne Modestini, professora do Instituto de Belas Artes da Universidade de Nova York (ANSA). | Netanyahu obtém vitória nas eleições em IsraelAgência Brasil Com mais de 99% dos 4 milhões de votos apurados em Israel, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, obteve a vitória com 26,27%, enquanto em segundo lugar ficou o general Benny Gantz, ex-ministro da Defesa, que conquistou 25,95%. Nestas releições, 64,6% dos 6,3 milhões de eleitores participaram. A vitória de Netanyahu o coloca como um recordista no cargo, ocupando-o pela quinta vez. A conquista se deve à coalizão dos partidos religiosos e conservadores com o Likud (partido político de Israel, que congrega o centro-direita e a direita conservadora). “Agradeço aos cidadãos de Israel por sua confiança”, disse nas redes sociais. O principal opositor do Partido Azul e Branco (cores da bandeira de Israel), de centro, liderado por Gantz, também se considera vitorioso devido à pequena margem de diferença entre ambos. Os eleitores foram às urnas para escolher os parlamentares do Knesset (Parlamento), que tem 120 lugares. Nos últimos dias da campanha, Netanyahu se comprometeu a anexar partes da Faixa de Gaza ocupada. A iniciativa encerra a perspectiva de paz com os palestinos. O candidato de oposição Benny Gantz, da aliança centrista Azul e Branco, reconheceu a derrota. “Aceitamos a decisão do povo”, declarou Gantz, já prevendo uma nova campanha em 2020 por causa dos problemas do premier com a Justiça. “Transformaremos o Parlamento em um campo de batalha e tornaremos a vida do Likud amarga”, disse (ANSA). |