92 views 11 mins

Geral 05 a 08/09/2015

em Geral
sexta-feira, 04 de setembro de 2015

ONU pede à UE cotas para distribuir ao menos 200 mil refugiados

Migrantes e policiais durante distribuição de alimentos na Estação Ferroviária de Bicske, na Hungria.

O alto comissário das Nações Unidas para os refugiados, Antônio Guterres, apelou à União Europeia (UE) para a distribuição de pelo menos 200 mil refugiados, defendendo que todos os estados-membros deviam ter a obrigação de participar neste programa

“É preciso um programa de reinstalação em massa, com a participação obrigatória de todos os estados-membros da União Europeia. Uma estimativa bastante preliminar parece indicar a necessidade de aumentar as oportunidades de reinstalação de até 200 mil lugares”, escreveu Guterres em comunicado.
“A Europa enfrenta o maior afluxo de refugiados em décadas”, afirmou, ao destacar que “a situação requer um esforço conjunto enorme, impossível com a atual abordagem fragmentada” existente no âmbito da UE. Mais de 300 mil pessoas atravessaram o Mediterrâneo desde o início do ano, e mais de 2.600 morreram no trajeto, de acordo com o Alto Comissariado da Acnur. “Após a chegada às costas e fronteiras da Europa, elas continuam a sua viagem para o caos”, continuou Guterres, denunciando o tratamento indigno que os imigrantes recebem.
Ele explicou que se trata “principalmente de uma crise de refugiados, e não apenas um fenômeno de migração”, porque a maioria das pessoas que chegam à Grécia é oriunda de países onde há conflitos como a Síria, o Iraque e Afeganistão. O alto comissário acredita que a única maneira de resolver o problema é a implementação de uma “estratégia comum baseada na responsabilidade, solidariedade e confiança”.
“Concretamente, isso significa tomar medidas urgentes e corajosas para estabilizar a situação e encontrar uma maneira de compartilhar verdadeiramente a responsabilidade, a médio e longo prazo”, adiantou.
“A UE deve estar pronta com o consentimento e apoio dos governos em questão – principalmente na Grécia e na Hungria, mas também na Itália – para a criação de capacidade de acolhimento e de registro de pessoas”, defendeu. Guterres também lembrou que os migrantes que não têm nenhuma razão para ficar na Europa devem ser devolvidos aos seus países de origem (Ag. Lusa).

Paineis Guerra e Paz, de Portinari, retornam à sede da ONU

Feras, 1955: detalhe dos paineis Guerra e Paz, de Candido Portinari.

Os painéis Guerra e Paz, do pintor brasileiro Candido Portinari, expostos desde 1957 no hall da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), retornam nesta terça-feira (8) à sede da instituição em Nova York, após cinco anos. A cerimônia, “Second Unveiling of the panels War and Peace by Candido Portinari”, é patrocinada pelos ministérios brasileiros da Cultura e das Relações Exteriores e pelo Projeto Portinari e ocorre durante as comemorações do 70º aniversário da ONU.
Os painéis haviam deixado o edifício-sede da ONU em 2010, quando teve início uma grande reforma no prédio que se estendeu até 2013. O Projeto Portinari, que cuida do legado do artista, conseguiu, na ocasião, a guarda dos painéis para restaurá-los e promover sua exposição no Brasil. Os murais medem, cada um, 14 metros de altura e 10 metros de largura e são compostos, ao todo, por 28 placas de madeira compensada naval de 2,2 metros de altura por 5 metros de largura, que pesam, cada uma, 75 quilos. A área total pintada é de 280 metros quadrados, maior do que a do Juízo Final, de Michelangelo, na Capela Sistina.
Os painéis foram pintados em nove meses, após quatro anos de estudos. Antes de serem embarcados para os Estados Unidos, foram exibidos ao público em fevereiro de 1956, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Em 6 de setembro do ano seguinte, realizou-se a cerimônia oficial de entrega e instalação dos dois painéis no hall de entrada da Assembleia Geral da ONU. Os Estados Unidos não permitiram a ida de Portinari à cerimônia devido às ligações do artista com o Partido Comunista (Ag.Fapesp).

Número de empresas cresceu 3,8% de 2012 para 2013

O total de empresas no país cresceu 3,8% de 2012 para 2013, passando de 4,6 milhões para 4,8 milhões, segundo dados da pesquisa Demografia das Empresas, do IBGE. Nas 4,8 milhões de empresas trabalhavam 41,9 milhões de pessoas, dos quais 35 milhões eram assalariados. Na pesquisa de 2012, havia 40,6 milhões de pessoas ocupadas, dos quais 33,9 milhões eram assalariados. O pessoal ocupado inclui os assalariados, os proprietários e sócios com atividade na empresa.
Os setores que mais empregavam pessoal assalariado em 2013 eram o comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (9,1 milhões), indústrias da transformação (8,4 milhões), atividades administrativas e serviços complementares (3,9 milhões) e construção (3,1 milhões). O número de empresas que passaram a funcionar no país em 2013 chegou a 871,7 mil, o que representou 18,3% do total de empresas atuando no país naquele ano (4,8 milhões).
Dessa quantidade de empresas, 621,8 mil eram novas e 249,9 mil retornaram ao mercado. Em 2012, o número de empresas que passaram a funcionar foi 860 mil, ou 18,7% do total de empresas daquele ano, de acordo com o IBGE. Por outro lado, 695,7 mil empresas saíram do mercado. Isso representa 14,6% do total de empresas ativas no país em 2013. O número é inferior ao observado em 2012, quando o número de empresas que pararam de funcionar chegou a 799,4 mil, ou 17,4% do total daquele ano (4,6 milhões).
O setor com a maior taxa de entradas de empresas no mercado em 2013 foi o da construção (24,6% do total dos empreendimentos nesse segmento). Já a maior taxa de saída do mercado foi observada na área de eletricidade e gás (19,1% do total) (ABr).

Após renúncia, presidente da Guatemala é preso

Ex-presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina.

Após renunciar ao cargo, o ex-presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina, acusado de liderar uma rede de corrupção no setor alfandegário, foi preso provisoriamente na capital do país, Manágua, por ordem do juiz Miguel Ángel Gálvez. Segundo o magistrado, a medida foi tomada para garantir a segurança do ex-mandatário e a continuação dos depoimentos à Justiça.
Molina está no cárcere militar de Matamoros. O advogado do ex-presidente, César Calderón, tentou impedir a prisão dando entrada em um recurso que alegava violação da presunção de inocência, mas o juiz negou o pedido. A Procuradoria da Guatemala acusou Molina dos crimes de formação de quadrilha, suborno passivo e fraude aduaneira. Ele é apontado pela Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala, um órgão da ONU, como diretor de uma rede de corrupção em arrecadação de impostos que recebeu o nome de “La Linea”.
A ex-vice-presidente Roxana Baldetti também aparece no processo. Ela renunciou em maio e cumpre prisão preventiva. Apesar de ter negado por diversas vezes que deixaria o cargo, Otto Pérez Molina anunciou sua renúncia, que foi aceita pelo Parlamento. O vice Alejandro Maldonado assumiu o poder e deverá ficar na Presidência até janeiro de 2016, quando o próximo mandatário, que será eleito no domingo, assumirá o mandato.
A renúncia, que provocou protestos pelo país, veio depois do Parlamento ter retirado pela primeira vez na história da Guatemala a imunidade política de um presidente. Desde 2001, quando Fernando de la Rúa renunciou à Presidência da Argentina, seis líderes latino-americanos deixaram seus cargos antes de concluir o mandato. (ANSA).

Evento lembra aproximação entre católicos e judeus

Em uma cerimônia para 250 pessoas na capital paulista, a Arquidiocese de São Paulo e a Confederação Israelita do Brasil (Conib) celebraram os 50 anos da declaração “Nostra Aetate”, promulgada pelo papa Paulo VI em 1965 para aproximar judeus e católicos.
O evento ocorreu no Teatro Tuca, da PUC-SP, e contou com a presença do presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e da Comissão para as Relações Religiosas com os Judeus, cardeal Kurt Koch. Também participaram o cardeal arcebispo de São Paulo, Odilo Scherer, o rabino Michel Schlesinger, o presidente da Conib, Fernando Lottenberg, o secretário estadual de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, e outras autoridades políticas e religiosas.
“A Nostra Aetate marcou uma importante mudança de orientação na relação entre judeus e católicos. Ela não perdeu a atualidade, continua servindo como bússola na reconciliação”, afirmou Koch. Já Odilo Scherer lembrou o papel fundamental de João XXIII, que convocou o Concílio Vaticano II, durante o qual foi promulgada a “Nostra Aetate” (ANSA).