O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, acertaram os ponteiros. Foto: Luis Macedo/Ag.Câmara
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defendeu a retomada do diálogo para aprovação da reforma da Previdência. O ministro da Economia, Paulo Guedes, reuniu-se com Maia na residência oficial da Câmara ontem (28) para afinar o discurso em torno da aprovação da proposta. Maia confirmou a presença de Guedes na CCJ na próxima quarta-feira (3). “A sua participação ajuda muito no convencimento dos parlamentares. A ida dele na quarta-feira vai ser muito importante para que possa mostrar os benefícios que uma reforma vai dar para a sociedade brasileira. Vamos colocar o trem nos trilhos”, disse o presidente.
Maia disse que o foco é a aprovação da reforma. Nos últimos dias, houve um desgaste na relação entre Executivo e Legislativo em razão de declarações polêmicas do presidente da Câmara e do presidente da República, Jair Bolsonaro, a respeito da articulação política do governo no Congresso. Segundo Maia, isso está superado. “Não tem farpas. É hora de parar, não interessa quem começou ou errou. A Câmara trabalhou bem esta semana e, na próxima semana, a gente retorna com força o debate da Previdência”, afirmou.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou que tem recebido apoio tanto de Maia quanto de Bolsonaro para a aprovação da reforma. Segundo ele, é natural que hajam alguns “ruídos” na comunicação, mas a partir de agora vai haver uma convergência na defesa do texto, porque todos estão empenhados em aprová-la. Guedes destacou que a nova previdência vai fazer o Brasil recuperar sua dinâmica de crescimento e combater desigualdades e privilégios.
“Estou confiante que os poderes independentes estão harmonicamente buscando o aperfeiçoamento institucional do Brasil”, disse o ministro, ao informar que o governo quer redesenhar o pacto federativo do País, descentralizando os recursos da União e repassando para estados e municípios. Citou como exemplo a repartição de 70% dos recursos do pre-sal que podem chegar a R$ 1 trilhão nos próximos 30 anos. “Vamos inverter a distribuição de recursos no Brasil, pois o dinheiro não está onde o povo está. O recurso tem que ser: 70% do petróleo para estados e municípios. A União vai ficar com menos”, explicou (Ag.Câmara).