Usina hidrelétrica de Pirapora do Bom Jesus. Foto: Diogo Moreira |
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que criará uma força-tarefa para fiscalizar, presencialmente, as barragens de cerca de 130 hidrelétricas, até maio. A medida foi tomada após o rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho. O rompimento da barragem deixou dezenas de mortos e centenas de desaparecidos.
A fiscalização será realizada em parceria com agências estaduais de São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. “Vamos chamar as agências estaduais conveniadas para avançar, em 2019, nessa campanha de fiscalização, juntamente com equipes credenciadas e com o pessoal próprio de fiscalização da Aneel”, disse o diretor-geral, André Pepitone.
A Aneel é responsável pela fiscalização de 437 hidrelétricas, que totalizam 616 barragens, já que alguns empreendimentos têm mais de um barramento. A agência informou que entre 2016 e 2018 fez vistorias presenciais em 122 usinas. A força-tarefa deste ano contemplará usinas que não foram visitadas nesse período. As prioridades ficarão para duas usinas cujas as barragens apresentam maior risco: Americana e Pirapora, ambas em São Paulo.
“As usinas restantes, que não estão na previsão para vistorias presenciais, são as que oferecem menor risco. Mesmo assim, elas passarão por monitoramentos da agência”, disse a Aneel, acrescentando que vai exigir este ano atualização dos Planos de Segurança de Barragem de todas as usinas que estão sob sua fiscalização, independentemente no nível de risco (ABr).