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Economia 25 a 29/01/2019

em Economia
quinta-feira, 24 de janeiro de 2019
Arrecadacao temporrio

Arrecadação federal teve alta de 4,74% em 2018

A arrecadação das receitas federais somou R$ 1,457 trilhão, em 2018, informou a Secretaria da Receita Federal do Ministério da Economia.

Arrecadacao temporrio

Com o aumento do consumo, aumentou também a arrecadação. Foto: Shutterstock

O crescimento real (descontada a inflação) chegou a 4,74%, na comparação com 2017. É o maior resultado desde 2014, quando ficou em R$ 1,532 trilhão (valor corrigido pela inflação de dezembro de 2018). Segundo o chefe do Centro de Estudos Tributários da Receita, Claudemir Malaquias, o aumento da arrecadação ocorreu devido à retomada do crescimento econômico e do emprego.

“Tivemos aumento de 2,82% na massa salarial. Aumentando o emprego, aumenta a renda para consumo”. Com o aumento do consumo, aumenta também a arrecadação, explicou Malaquias. As receitas administradas pela Receita (como impostos e contribuições) chegaram a R$ 1,398 trilhão, com aumento real de 3,41%. Em dezembro, a arrecadação total chegou a R$ 141,529 bilhões, com queda real de 1,03% em relação ao mesmo mês de 2017.

Segundo Malaquias, em dezembro de 2018, comparado ao mesmo período do ano anterior, houve redução da arrecadação com o Programa de Regularização Tributária. Isso porque em 2017, os contribuintes que
aderiram ao programa, pagaram uma parcela de entrada, o que não ocorreu em 2018. Outro feito relacionado a dezembro, foi a redução da tributação do diesel. Em 2018, as desonerações concedidas pelo governo levaram à renúncia fiscal de R$ 84,239 bilhões, acima do valor registrado em 2017 (R$ 83,643 bilhões). Somente a desoneração da folha de pagamentos chegou a R$ 11,992 bilhões.

Setor têxtil e de confecção projeta recuperação de empregos em 2019

Setor temporrio

Mais de 65% dos empresários estão otimistas com o desempenho do País. Foto: Divulgação/DC

O emprego na indústria têxtil e de confecção encerrou o ano de 2018 com saldo negativo, de acordo com dados do Ministério do Trabalho. No entanto, apesar do expressivo fechamento de vagas no período, a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) sinaliza a recuperação nos postos de trabalho do setor em 2019.

Em dezembro, o saldo negativo ficou em 20.120 vagas, resultado de 8.085 contratações e 28.211 demissões. No acumulado do ano, o desempenho ficou negativo em 27.326 empregos, mesmo saldo identificado em 12 meses. Para o ano que se inicia, entretanto, a associação mantém um otimismo moderado. Segundo projeção, são esperadas a criação de 20 mil novas posições, com crescimento da produção em 3,5%.

A crença de melhora no ambiente econômico é sustentada também por pesquisa exclusiva realizada pela Abit com seus empresários. O levantamento indicou que 66,94% dos entrevistados estão otimistas com o desempenho do País e 63,11% com suas próprias empresas. Contudo, destacam a necessidade da realização de reformas, como a previdenciária (61,60%) e a tributária (67,20%). Segundo o boletim Focus, a expectativa é de que o PIB brasileiro cresça 2,53% em 2019 (AI/ABIT).

Carlos Ghosn se demite da presidência da Renault

O ex-presidente da Nissan e da Mitsubishi, Carlos Ghosn, anunciou sua renúncia do comando da montado francesa Renault, função da qual estava licenciado desde que foi preso, em novembro passado, em Tóquio. A decisão foi tomada antes do conselho do grupo francês realizar uma reunião, na qual iria destituir o executivo e nomear uma nova equipe. A informação foi revelada pelo ministro da Economia e Finanças, Bruno Le Maire, que está no Fórum Econômico de Davos, citado pela Bloomberg TV.

Horas depois, o Conselho de Administração da Renault nomeou Jean-Dominique Senard como substituto do brasileiro. O novo indicado, que até agora era responsável pela fabricante de pneus Michelin, trabalhará junto com Thierry Bolloré, diretor-geral da companhia. Ghosn é acusado de ter subnotificado seus rendimentos no Japão em dezenas de milhões de dólares e de ter feito transferências ilegais para a Arábia Saudita, porém se diz inocente (ANSA).

Exclusão do brasão do Mercosul no passaporte brasileiro

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, informou que o governo brasileiro voltará a adotar o brasão da República nos passaportes, no lugar do símbolo do Mercosul. A mudança é uma das prioridades das propostas apresentadas pelo ministério das Relações Exteriores da gestão de Jair Bolsonaro. Segundo o Itamaraty, a decisão será uma forma de “fortalecer a identidade nacional e o amor à Pátria”.

Atualmente, a capa do passaporte brasileiro é ilustrada com estrelas do Cruzeiro do Sul e a inscrição “Passaporte Mercosul”. “Vai ser retirada do passaporte brasileiro aquela identificação do Mercosul e vamos retornar o brasão da República nesse documento. Ou seja, vamos ter no passaporte brasileiro o brasão da República brasileira”, explicou Onyx.

No entanto, de acordo com o ministro de Bolsonaro, os passaportes atuais podem continuar sendo usados, mas serão alterados no momento da renovação. A estimativa de custo da medida não foi revelada. A decisão foi apresentada durante a divulgação das metas do novo governo para os 100 primeiros dias da gestão do presidente da República (ANSA).

Lufthansa tem interesse na Alitalia

A companhia área alemã Lufthansa reafirmou seu interesse em adquirir a Alitalia, mas destacou que não pretende entrar em uma sociedade com o governo italiano. “Da nossa parte, não há novidade sobre esse tema. De qualquer maneira, desde outubro, já dissemos que não investiremos na Alitalia junto com o governo italiano ou em uma sociedade controlada pelo governo. Mas podemos imaginar uma parceria comercial”, informou a empresa alemã.

“O mercado italiano é muito importante para nós e já expressamos há meses o nosso interesse em uma Alitalia reestruturada”. No último fim de semana, uma delegação italiana viajou até Frankfurt para negociações com a Lufthansa, que enfrenta Delta e Air France-KLM na disputa pela companhia aérea mais importante da Itália. Apesar da Lufthansa não ter apresentado uma oferta oficial no último prazo, 31 de outubro, a companhia alemã nunca foi descartada completamente da disputa (ANSA).