O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, reafirmou ontem (18) que a Polícia Federal (PF) deve concluir ainda nesta semana um primeiro inquérito sobre a agressão ao candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro.
E que, até o momento, nenhuma hipótese foi descartada sobre uma eventual coautoria do crime, por isso uma nova investigação poderá ser aberta.
“Não se descarta qualquer tipo, qualquer hipótese”, afirmou Jungmann ao ser questionado sobre a possibilidade de coautoria no crime. “Nós, se necessário, abriremos uma segunda investigação, um segundo inquérito, para apurar todo e qualquer indício. Se qualquer possiblidade de coautoria existir, evidentemente que vamos trazer a conhecimento de toda a sociedade”, disse em seguida.
O ministro, no entanto, não entrou em detalhes das investigações, afirmando apenas que “tudo isso tem que ser investigado, recursos, dinheiro na conta”. “Temos que dar uma resposta à opinião pública para que não paire nenhuma suspeita”, acrescentou. Jungmann deu as declarações após reunião, ontem (18), com a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, da qual também participou o diretor-geral da PF, Rogério Galloro.
No encontro, foi discutido o incremento na segurança dos candidatos à Presidência. Também foi analisado o combate a candidaturas que estejam ligadas ao crime organizado, num esforço para impedir que se forme, nas palavras de Jungmann, uma “bancada do crime” no Poder Legislativo federal e estadual. A PF realiza um pente-fino na vida pregressa de todos os candidatos, para todos os cargos, nas eleições deste ano (ABr).