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Decreto sobre relicitação de concessões deve sair nos próximos dias

em Manchete
segunda-feira, 13 de agosto de 2018
Secretario temproario

Secretario temproario

Temer: decreto não visa privilegiar empresa “tal ou qual”.

Foto: Alan Santos/PR

O presidente Michel Temer deve assinar nos próximos dias um decreto que regulamentará a relicitação dos contratos de infraestrutura previstos no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). A medida, que está em estudo há mais de um ano no governo, visa à devolução amigável de concessões de aeroportos, ferrovias e rodovias em caso de dificuldade de pagamento das obrigações contratuais
Em reunião na manhã de ontem (13) com representantes de concessionárias, ministros, representantes de agências reguladoras e o presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, o presidente disse que já está “pré-convencido” da importância da medida, que está em estudo no governo há mais de um ano. Temer fez questão de esclarecer que a edição de um decreto com esse tema não visa privilegiar empresa “tal ou qual”. E que a população é que irá se beneficiar da medida. “Estou pré-convencido de que [o decreto] será útil e é o caminho inafastável que nós temos que tomar”, ressaltou no encontro.
Em defesa da proposta, a subchefe de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, Natália Marcassa, citou vários argumentos. “O decreto não traz inovações. Só relaciona e procedimentaliza o que está na Lei. Não perdoa multas”, ressaltou. Natália acrescentou que União e Estado não são obrigados a aceitar a relicitação, mas que a medida evitará que o contrato termine de forma abrupta sem ser cumprido.
Outro ponto destacado por Natália é que a fase de transição é supervisionada pela agência reguladora responsável por aquele setor e que as dívidas serão assumidas pela nova concessionária. O presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias, César Borges, explicou que, sem o decreto, a Lei 13.448/17, sancionada há um ano e dois meses, fica sem regulamentação e inóqua. Para ele, esta é a melhor saída para as empresas que já se manifestaram em devolver as concessões, como as responsáveis pela chamada Rodovia do Aço, a 040 e pelo Aeroporto de Viracopos (ABr).