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Economia 20/06/2018

em Economia
terça-feira, 19 de junho de 2018
Na lavoura, o que apresentou o maior aumento do valor da produção em relação ao ano passado foi o algodão.

Valor da Produção Agropecuária de 2018 é de R$ 552 bilhões

Na lavoura, o que apresentou o maior aumento do valor da produção em relação ao ano passado foi o algodão.O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2018 está estimado em R$ 552 bilhões, 2,3% abaixo do montante de 2017

As lavouras participam com R$ 377 bilhões e a pecuária, com R$ 174,9. As lavouras tiveram queda de 0,5% e, a pecuária, de -6 %. O valor da pecuária (31,7% do VBP) é o menor dos últimos seis anos, e as lavouras (68,3% do VBP) apresentam o segundo maior valor desde 1989.
Entre vinte produtos das lavouras os que apresentam os maiores aumentos do valor da produção em relação ao ano passado, são: algodão, 32,3%; cacau, 27,6%; café, 9,1%; soja, 8,9%, Nesse grupo, o algodão é um destaque pelo aumento de produção e também pelos preços recebidos pelos produtores. O café tem desempenho determinado especialmente pelo aumento de 24,2% (café arábica) da safra deste ano.
Os maiores decréscimos do valor da produção vêm ocorrendo no arroz, -21,1%; feijão, -26,3%, laranja, -20,8% e uva, -31,3%. Em percentuais menores de queda podem ser relacionados, banana, cana de açúcar, mandioca e milho. Para o feijão, arroz e laranja, as quedas de preços são a principal causa do decréscimo no faturamento neste ano, observa José Garcia Gasques, Coordenador Geral de Estudos e Análises do Ministério da Agricultura.
Todas as atividades que fazem parte da pecuária apresentam valor menor que em 2017. Suínos e aves apresentam as maiores quedas, -13% e -11,3%, respectivamente. Os resultados regionais mostram como tem sido observado, liderança da região Centro-Oeste, com valor de R$ 158,82 bilhões, seguida por Sudeste, R$ 138,12 bilhões, Sul, R$ 133,68 bilhões, Nordeste, R$ 51,49 bilhões e Norte, R$33,24 bilhões, lembra Gasques (Mapa).

PIB caiu 0,4% no trimestre finalizado em abril

A principal queda foi observada na indústria da transformação (0,9%).

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve uma queda de 0,4% no trimestre encerrado em abril deste ano, em relação ao trimestre anterior (encerrado em janeiro). Na comparação com abril do ano passado, no entanto, o PIB, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 1,3%. Os dados são do Monitor do PIB, da Fundação Getulio Vargas (FGV). Considerando-se apenas o mês de abril, o PIB cresceu 0,1% na comparação com março deste ano e 2,9% na comparação com abril do ano passado. Em 12 meses, o PIB acumula crescimento de 1,6%.
Na comparação do trimestre encerrado em abril com o trimestre encerrado em janeiro, apenas a agropecuária teve alta (0,1%). A indústria recuou 0,4% e o setor de serviços caiu 0,1%. A principal queda foi observada na indústria da transformação (0,9%). Nos serviços, os maiores recuos foram nos transportes, serviços de informação e serviços de intermediação financeira (todos com quedas de 0,4%).
Sob a ótica da demanda, tiveram crescimento o consumo das famílias (0,1%) e as exportações (3,8%). Por outro lado, caíram o consumo do governo (0,3%) e formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos (0,2%). O PIB calculado mensalmente pela FGV não é o indicador oficial para medir o ritmo econômico brasileiro, mas serve como uma prévia do índice oficial, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é divulgado trimestralmente (ABr).

Intenção de Consumo das Famílias caiu 0,5% de maio para junho

Houve quedas com destaque para a perspectiva de consumo.

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) recuou 0,5% de maio para junho, segundo dados divulgados ontem (19) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Com a queda, o indicador alcançou 86,7 pontos em uma escala de zero a 200 pontos.
Há 38 meses, o indicador está abaixo do patamar dos 100 pontos, o que demonstra insatisfação persistente das famílias em relação às condições de consumo. Na comparação com junho de 2017, no entanto, foi registrada uma alta de 12,4%. Segundo o economista da CNC, Antonio Everton Chaves Junior, as perspectivas de consumo das famílias foram afetadas pelas “perturbações na economia com a greve dos caminhoneiros, a escassez na distribuição de produtos e a disparada do dólar”.
Na comparação com maio, houve quedas em cinco dos sete componentes do indicador, com destaque para a perspectiva de consumo (2,5%) e para o momento ser considerado adequado para a compra de bens duráveis (1,1%). Apenas dois componentes tiveram alta: as avaliações sobre o emprego atual (0,5%) e sobre a renda atual (0,2%).
Por outro lado, na comparação com junho do ano passado, todos os componentes tiveram alta, em especial perspectiva de consumo (20,5%) e nível de consumo atual (19,9%) (ABr).

IGP-M acumula inflação de 6,8% em 12 meses

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel, registrou inflação de 1,75% na segunda prévia de junho. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), a taxa é superior ao 1,2% registrado na segunda prévia de maio. Em 12 meses, o IGP-M acumula taxa de 6,8%.
Na passagem de maio para junho, os três subíndices que compõem o IGP-M tiveram alta na taxa. O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que analisa o atacado, avançou de 1,71% na segunda prévia de maio para 2,24% na segunda prévia de junho.
O Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, passou de 0,2% em maio para 0,99% na prévia de junho. Já a inflação do Índice Nacional de Custo da Construção subiu de 0,44% para 0,48% no período (ABr).