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Tecnologia 16/03/2018

em Tecnologia
quinta-feira, 15 de março de 2018
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Tecnologia do futuro? Inteligência Artificial gera vantagem competitiva hoje

A Inteligência Artificial (IA) foi, por muito tempo, vista como uma tecnologia inovadora e moderna, porém um investimento desnecessário do ponto de vista dos negócios. Hoje não mais. A IA emerge como um elemento chave para as estratégias de negócio em todas as indústrias. Em um recente relatório, a Forrester previu um aumento nos investimentos em IA de mais de 300% em 2017, em comparação com 2016

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Oscar Salazar (*)

No Brasil, a inteligência artificial já começa a ganhar orçamento próprio dentro das organizações. A busca pela redução de custos e aumento de produtividade vêm alavancando o uso de soluções que envolvem robôs capazes de conversar com os clientes e de sistemas que analisam milhares de dados em poucos segundos. O volume de recursos destinado a esse segmento no país vai aumentar mais de cinco vezes em 2018 em relação ao ano passado.

O mais importante no momento é entender como essa tecnologia inovadora está permitindo que as empresas aproveitem seus dados para melhorar a eficiência e a produtividade no local de trabalho, ao mesmo tempo em que oferece resultados tangíveis do ponto de vista do negócio.

Inteligência Artificial na área de Recursos Humanos
Os recursos humanos não são tipicamente uma área que nos vêm à mente quando pensamos em onde podemos aplicar inteligência artificial. Mas a tecnologia baseada em IA pode ajudar as organizações a classificarem muito mais rapidamente milhares de candidatos a emprego, em uma fração do tempo que levaria um ser humano. Especialmente nos dias de hoje, quando ferramentas de trabalho online permitem o disparo de aplicações de candidatos mais rapidamente do que nunca, as equipes de RH beneficiam-se dessa assistência da IA para triar algumas dúzias certeiras de candidatos a partir de um conjunto de centenas ou mesmo milhares de pessoas.

Claro que a inteligência artificial não pode tomar a decisão final da contratação – algumas etapas do processo requerem instinto humano inato. Dito isto, a IA pode sim ampliar e otimizar o tempo disponível da equipe de recursos humanos, para que se concentrem em recrutar os profissionais mais adequados para uma entrevista, ao invés de perderem tempo selecionando e filtrando centenas de currículos de candidatos que definitivamente não se enquadram no perfil da vaga.

Inteligência Artificial e a vantagem competitiva
A vantagem competitiva é provavelmente o maior (e mais óbvio) benefício que a inteligência artificial traz para as empresas. Uma recente pesquisa da Infosys com 1.600 executivos de negócios e de TI revelou que IA é uma prioridade de longo prazo, com 76% dos entrevistados concordando que essa tecnologia é “fundamental para o sucesso da estratégia de sua organização”. Veja a Ford Motors, por exemplo. No início de 2017 a empresa anunciou um plano para investir US$ 1 bilhão nos próximos cinco anos na Argo, uma startup de inteligência artificial focada em desenvolver tecnologia de veículos autônomos. A Bosch é outra companhia que coloca a IA na vanguarda dos negócios com sua “fábrica do pensamento”, que habilita as máquinas alimentadas por IA a autodiagnosticar falhas técnicas, desencadear automaticamente o pedido de peças de reposição e antecipar as necessidades de manutenção. O ponto principal aqui é que, hoje, as empresas já estão enxergando valor no investimento em inteligência artificial. E aquelas que hesitarem a abraçar essa tendência correm o risco de nunca se recuperarem.

A inteligência artificial não é portanto a tecnologia do amanhã, pois já impacta na maneira como as empresas operam. A IA permite que as organizações tenham acesso a dados históricos em tempo real e tomem as melhores decisões em relação ao gerenciamento da força de trabalho, às estratégias de marketing, retenção de clientes, entre outras possibilidades, o que as torna mais aptas a atuarem nesse mundo cada vez mais complexo e competitivo.

(*) É vice Presidente de Vendas da ClickSoftware para América Latina, líder no fornecimento de soluções para a gestão automatizada e otimização da força de trabalho e serviços em campo.

Sensorweb/Fanem discute a importância da IOT na evolução dos processos de medição e inspeção

O advento da Indústria 4.0 e o impacto da IOT (Internet das Coisas) na melhoria e na conquista de maior transparência nos processos industriais, incluindo nas medições e inspeções, será discutido pelo CEO da Sensorweb, Douglas Pesavento, durante evento que celebra a modernização dos laboratórios do IPEM-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo), no próximo dia 16 de março. A Sensorweb é uma startup que desenvolve soluções em IOT e é responsável pela unidade de conectividade da Fanem, multinacional brasileira que fabrica produtos inovadores nas áreas de neonatologia e de laboratórios.
A explanação será o tema inaugural da “Sala do Conhecimento”, criada para discutir e difundir novas práticas na área da metrologia e que está inserida dentro do contexto do novo Laboratório Multifuncional de Ensaios e da reformulação dos Laboratórios de Massa, Pressão, Temperatura, Volume e Etilômetros. “A IOT está cada vez mais em pauta, em todos os setores da economia. O número de sensores fazendo parte do nosso dia a dia cresce consideravelmente e os processos precisam evoluir pra acompanhar essa quantidade informações que surgem nesse cenário. Logo, as metodologias de medição e inspeção também necessitam evoluir para acompanhar essa nova revolução que emerge. Isso não é algo para daqui uns anos e sim para agora”, ressalta Pesavento.
O objetivo de levar o tema IOT para os servidores e convidados é transmitir uma nova visão de gestão focada na melhoria das condições de trabalho; nas pessoas e em novas tecnologias para instituir uma cultura de inovação e modernidade. Na visão da autarquia vinculada à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Governo do Estado de São Paulo e órgão delegado do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), a metrologia exercida pelas entidades públicas carece de novos conhecimentos para recuperar seu lugar na sociedade (http://www.sensorweb.com.br/).


Tecnologia: uma aliada para a contabilidade

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Empreender no Brasil não é um processo tão simples como pode parecer para alguns. Não basta somente ter uma ideia inovadora. É preciso ter disposição de sobra para, inclusive, enfrentar toda a burocracia que existe no Brasil, principalmente quando falamos em tributação e leis fiscais. Não é suficiente que o empreendedor foque apenas no seu mercado, produto ou serviço. Além de conhecer demais do seu setor de atuação, é preciso também ter um bom conhecimento sobre gestão de outros departamentos, inclusive, o administrativo e o financeiro, já que seria desastroso descuidar do fluxo de caixa.

O setor contábil de uma empresa, por exemplo, é um departamento que necessita de uma atenção rigorosa, caso contrário, em vez de se manter constantemente em dia com o fisco, pode se tornar um amontoado de papéis, notas fiscais perdidas e pastas desorganizadas, gerando uma grande grande bola de neve.

Assim como a tecnologia ajuda as pessoas a pegarem um táxi em um click ou a pedirem comida com o apertar de um botão, a contabilidade de uma empresa também se beneficia da tecnologia quando o assunto é organização e dinamismo. Isso traz um departamento fiscal mais saudável, evitando dores de cabeça com os órgãos gestores desta questão.

O certificado e as plataformas digitais, por exemplo, são grandes avanços para isso, já que a automatização de processos como organização de notas fiscais proporciona economia de tempo e dinheiro para os escritórios especializados e os setores contábeis das empresas. Além disso, são recursos que ajudam a manter a segurança de dados e documentos sigilosos, uma das maiores preocupações de todos os envolvidos.

Pensando além, é preciso lembrar também do papel da automação de processos e da tecnologia blockchain (a mesma usada para fazer transações de moedas digitais como o Bitcoin), que possibilitam uma gestão mais eficaz e menos burocrática das demandas contábeis, incluindo controle de comprovantes e prazos, movimentações financeiras e atendimento ao cliente. Livre do excesso de funções puramente “operacionais”, nesta hora, o empreendedor já consegue dedicar-se a questões mais estratégicas para seu negócio, por exemplo.

E este é um ponto importante. O contador não perdeu sua relevância. Pelo contrário, agora ele conta com novas ferramentas para apoiar a execução do seu trabalho e contribuir com o sucesso de sua empresa. São transformações irreversíveis que devem ser incorporadas ao dia a dia de todo profissional, a fim de que esteja em sintonia com as exigências do mercado. Nesse sentido, a tecnologia é mais do que aliada. É questão de sobrevivência.

(Fonte: Christian de Cico é engenheiro de produção com foco em otimização de processos e redução de custos, fundou o Arquivei inicialmente para resolver problemas contábeis e fiscais de sua construtora civil.

Como e quando levar minha empresa para o universo digital?

Marcos Guglielmi (*)

A automatização, ou migração para o digital, já é uma realidade para empresas de todos os portes e segmentos

No entanto, sabemos que nem todas se adequaram a isso ainda, embora não faltam motivos para que se migre. Basta ver que hoje, no Brasil, temos 139 milhões de usuários de internet, 122 milhões de usuários ativos de redes sociais e 239 milhões de usuários de dispositivos mobile. Qualquer negócio depende do mercado, e este já está na era digital.
Ficar de fora é condenar sua empresa à morte, de forma progressiva, e acelerada exponencialmente. Mas por onde começar? Muitas empresas nasceram e viveram por décadas, antes da revolução digital, e isso pode criar certas ilusões de que mudar não é necessário. Quando analisados os fatos, percebemos que os custos já não são tão altos. As vantagens são imensas. Podem existir até barreiras de conhecimento e qualificação, mas não existem desvantagens. Só que há, certamente, a relutância de alguns empresários, algo de caráter muito mais comportamental do que prático.
Respondendo à pergunta do título, o quando, pode ser respondido simplesmente com: agora! Já não vale protelar a migração. É tudo muito rápido e muito mais simples se tirarmos o medo de mudança da nossa frente. Entretanto, podem faltar recursos. Pode haver fatores que atrasam o processo. O que mais determina isso como imprescindível, a meu ver, é seus concorrentes já terem migrado e seu mercado não aceitar mais o analógico.
Se houver concorrentes grandes atuando no digital, o segmento deve estar demandando a digitalização – e isso quer dizer que em breve você perderá clientela. É bom estar em grupos de discussão, acompanhar notícias, inclusive as de tecnologia. Isso permite que, como empresário, se tenha insights do que o mercado está pedindo.
A digitalização está dividida em dois grandes grupos, o interno, que inclui a parte de operações e gestão, e o externo, que inclui marketing e vendas, quem faz a ponte com o cliente. Se a venda da empresa não está boa, não vale a pena investir em operação. Porém, se as vendas estão estáveis, mas o volume de dados está tomando tempo e dinheiro, não vale se focar em automação dos fatores externos, por exemplo.
O interno cobre processos do dia a dia. Automatização de softwares de gestão, de contabilidade, de pagamentos, digitalização de documentos e até de processos cotidianos. Informatizar a empresa permite maior controle sobre o que acontece nela, seja no aspecto financeiro ou mesmo na operação. É algo que oferece agilidade para lidar com mais clientes e deixa a empresa pronta para se desenvolver e melhor aproveitar o que já possui. Melhor ainda, vai fornecer dados para tomar boas decisões em gestão.
O externo cobre um site responsivo, campanhas de divulgação na internet, automação de marketing, CRM, e-commerce, dentre outras coisas que irão modernizar a parte de contato com o cliente. Seu maior objetivo é expandir o alcance da sua mensagem, ampliando potencial de vendas e permitindo maior entrada de caixa. É tão crucial e estratégico quanto a digitalização interna.
Se antes era preciso contratar empresas de softwares e desenvolver programas específicos para cada necessidade, demandando grandes investimentos, hoje já é possível encontrar sistemas padronizados, que atendem as demandas de uma boa parte das empresas, por preços que partem de R$ 20,00 / mês. Ou seja, falta de recurso não serve mais como desculpa para não digitalizar processos.
Se dinheiro não é o problema, a dificuldade maior talvez esteja na barreira psicológica. Aquela velha máxima de que “sempre foi assim e deu certo”, simplesmente não pode mais ser aceita. Por mais que os colaboradores, e até mesmo os empresários, tenham dificuldades para lidar com a tecnologia, é preciso que todos estejam abertos a aprender e incluir o uso desses sistemas no dia a dia.
Cabe ressaltar que, se esses programas não forem adotados e alimentados corretamente por todos, certamente não serão eficazes. Para vencer a resistência e dificuldades, além de cursos e treinamentos, pode-se lançar mão de abordagens como o coaching, que tende a trabalhar questões de cunho comportamental.
Independentemente de qual for a maior necessidade de digitalização da sua empresa, os recursos que ela tem disponível ou o empenho da equipe em adotá-los, já deu para perceber que trata-se de um caminho sem volta. O mundo já é digital e, ficar de fora significa perder mercado e, talvez, nem sobreviver. Cabe ao responsável pela empresa, seja ele o dono ou presidente, buscar alternativas para fazer essa transição de modo tranquilo e eficaz. Felizmente, opções não faltam. Basta foco e uma boa dose de empenho de todos para que os benefícios logo apareçam.

(*) É treinador de empresários, empresário e sócio fundador da ActionCOACH São Paulo.