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Vendas de computadores pessoais voltam a cair

em Tecnologia
segunda-feira, 16 de outubro de 2023

As vendas globais de PCs, notebooks e desktops caíram 9% no terceiro trimestre de 2023.

Vivaldo José Breternitz (*)

Essa informação vem do grupo Gartner, empresa de consultoria que, entre outras, atua na área de estudos do mercado de computadores e equipamentos similares.

O Gartner disse que naquele trimestre foram vendidas cerca de 64,3 milhões de unidades – foi o oitavo trimestre consecutivo de queda do setor, o ponto mais baixo em dois anos de crise. Dos grandes players do mercado, a Apple foi o que apresentou os piores resultados.

A consultoria prevê uma ligeira recuperação nos últimos três meses do ano, em função do Black Friday e das compras de Natal. “O cenário deve voltar ao normal até o final de 2023, desde que as vendas de fim de ano não entrem em colapso”, disse Mikako Kitagawa, analista-chefe do Gartner para essa área.

Vários fatores podem gerar o colapso mencionado pela analista, um deles talvez o massacre perpetrado pelos terroristas do Hamas, que pode desencadear novos conflitos e a consequente retração no ambiente de negócios.

O ranking dos fornecedores manteve-se praticamente inalterado, com a Lenovo mantendo o primeiro lugar com 25,1% do mercado, mas com perda de 4,4%. Em segundo lugar está a HP, única marca que conseguiu aumentar suas vendas no trimestre – elas cresceram 6,4% no período e em terceiro lugar está a Dell, que viu suas vendas caírem 14,2%. O pior resultado foi o da Apple, que perdeu 24,2% e passa a deter 9,7% do mercado, longe das primeiras posições.

Para 2024, o Gartner prevê um crescimento de 4,9% para o mercado global de PCs. Segundo a empresa, o mercado empresarial puxará esse crescimento, especialmente pela necessidade de substituir máquinas mais antigas em função da disseminação do Windows 11, que exige computadores com mais capacidade.

O Gartner também acredita que a demanda de máquinas para uso pessoal deve começar a crescer, à medida que as pessoas começarem a substituir os modelos adquiridos na fase inicial da pandemia.

(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da FATEC SP, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.