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Vagas de reposição: como substituir executivos com assertividade?

em Tecnologia
quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Todo executivo possui um papel estratégico para alavancar a empresa em seu segmento e transportá-la para uma posição de destaque frente a seus concorrentes. Contudo, quando este papel não está sendo performado conforme o que foi previamente acordado, a substituição deste profissional se torna algo inevitável – e deve ser conduzida com extremo cuidado, para que não gere impactos negativo ao negócio e as pessoas.

De acordo com dados colhidos pela Wide, empresa de recrutamento e seleção de alta e média liderança, mais de 70% das posições neste ano foram originadas pela demanda de substituição de profissionais. Em um cenário de mercado repleto de incertezas e grandes mudanças, essa decisão se torna fortemente corriqueira, na busca por um perfil que saiba conduzir o empreendimento nesse caminho e, principalmente, se antecipe a esses momentos estrategicamente, se preparando para possíveis ameaças e como aproveitar as oportunidades do segmento a favor do negócio.

Assim, assumindo que essas expectativas foram transmitidas em sua contratação e, por razões diversas, este profissional não está conseguindo atendê-las, a empresa precisará tomar a decisão de buscar por alguém que tenha um perfil aderente ao seu momento – seja ele de transformação, evolução, ou outro que traga sua prosperidade.

Por sua vez, antes de iniciar a contratação deste talento, a empresa precisa entender, com clareza, o que motivou essa reposição e, a partir destes pontos que não deram certo, se preocupar em transmiti-los com a maior nitidez ao novo executivo. Ele deve compreender qual o seu compromisso de entrega a médio e longo prazo, bem como fazer um diagnóstico sobre as expectativas de sua entregava e sua autoavaliação de tal cenário. Este é o melhor momento para realinhar as expectativas caso algo não esteja dentro do que ele observou.

Como próximo passo, há o processo de onboarding completo com todas as equipes (diretas e indiretas), para o profissional estabelecer os “acordos de convivência” e modus operandi mútuo entre eles. Ele deve ter aptidão para conduzir a empresa nestes momentos de incertezas que visitam as companhias de todos os portes e segmentos constantemente, de forma que estejam o mais preparado possível para lidar com eles e não precisem tomar decisões às pressas.

Mesmo em situações mais inesperadas, será sua capacidade de “se arriscar”, de forma responsável e priorizando sempre pela máxima performance organizacional, que demonstrará seu potencial para assumir essa posição. Tudo isso, com base em uma comunicação clara, objetiva e transparente com os membros da empresa.

Nem sempre os executivos terão todas as respostas para eventuais cenários antecipadamente, o que é completamente normal em qualquer empresa. Por isso, ao contratar este novo profissional, é preciso assegurar pontos de confiança, processos bem definidos e, acima de tudo, uma comunicação clara constante, sempre prezando pelos ajustes de rotas necessários em momentos incertos para que todos os alinhamentos necessários sejam feitos, em prol do melhor desempenho possível da empresa.
Quanto mais claros e assertivos esses pontos forem tratados, menor será o tempo necessário para sua adaptação internamente e, maior será a chance de realizar uma contratação assertiva.

(Fonte: Thiago Xavier é sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção).