As ações da Intel fecharam em queda de 6,4% na sexta-feira 27 de janeiro, um dia depois que a empresa divulgou os péssimos resultados que obteve no 4º trimestre de 2022 e no último ano como um todo. O preço das ações é 46% menor que o mais alto registrado nas últimas 52 semanas, tendo a queda do dia 27 feito o valor de mercado da empresa diminuir cerca de US$ 8 bilhões.
Vivaldo José Breternitz (*)
A receita da empresa caiu 32% no último trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, ajudando a gerar prejuízos da ordem de US$ 664 milhões no quarto trimestre de 2022; esses números surpreenderam analistas e investidores.
Os problemas da Intel, especialmente estoques elevados e queda na demanda, foram gerados por uma gestão não muito brilhante e por questões de natureza geopolítica que impactaram seus negócios com empresas chinesas.
É um período difícil também para Pat Gelsinger, que está na empresa desde 1979 e tornou-se seu CEO em 2021. Gelsinger atribuiu os maus resultados a fatores fora do controle da Intel, dizendo que o mercado de PCs em desaceleração pressionou as margens da empresa e forçou os varejistas a reduzirem seus estoques.
Também afirmou acreditar na reversão da situação, embora considere difícil prever quando isso ocorrerá.
É mais uma big tech em dificuldades.
(*) É Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.