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Tecnologia 30/06/2016

em Tecnologia
quarta-feira, 29 de junho de 2016

O código não tem que ser secreto

Há três anos,  a possibilidade de que a EMC um dia ofereceria um código aberto livremente para o mundo seria considerada uma heresia

codificando temporario

Marcio Sanchiro (*)

Até então, a ideia era a de que apenas compartilharíamos nosso próprio código fonte sobre nosso cadáver. Reconhecemos, naquela época, que para ganharmos no mundo da nuvem nativa era preciso fazer uma mudança radical de atitude em relação a código aberto. Por quê?

Em primeiro lugar, porque o sucesso como fornecedor neste mercado tem a ver com ter o apoio da comunidade sobre aquilo que você faz. Segundo porque o código aberto nos permite avançar mais rápido no desenvolvimento feito por comunidades de desenvolvedores. E em terceiro lugar, queremos eliminar as preocupações em torno de lock-in (obrigaçãoem alterar o preço de um produto de acordo com diferentes clientes).

Esta mudança de paradigma levou alguns anos para se manifestar, mas recentemente aceleramos o passo. Ao fazer essas contribuições, aprendemos detalhes importantes sobre a participação no mundo do Open Source que valem a pena compartilhar:

1. Quando você sente que está quase pronto para compartilhar seu código, você já está.
Tradicionalmente, quando imaginamos o lançamento de um produto, pensamos: “Temos que deixá-lo perfeito e resolver tudo antes de colocá-lo no mercado”. Mas quando o assunto é código aberto é muito menos importante obter coisas perfeitas inicialmente e mais importante lançá-lo como domínio público para que a comunidade possa trabalhar, crescer junto com ele e, aí sim, deixá-lo perfeito.

O que aprendemos com os lançamentos recentes é que você tem mais credibilidade lançando o software e assumindo esta condição de aperfeiçoamento ao invés de vez de fingir que tudo está impecável e tratar o lançamento como um produto acabado.

2. Você não precisa da comunidade para começar o projeto, mas precisa do seu comprometimento para finalizá-lo.
Você pode pensar que ao liberar o código aberto de algum projeto, será necessário ter mais 50 parcerias engatilhadas para compensá-lo. Na verdade você não precisa. A chave para a condução de uma iniciativa colaborativa está em apenas ter comprometimento em desenvolver um trabalho de qualidade. Se ele tiver de fato valor, a própria comunidade vai sustentar seu desenvolvimento.

3. Sua comunidade é auto seletiva
Você não consegue sempre escolher seus parceiros – a comunidade sim, os seleciona. A Intel é um dos nossos grandes parceiros, mas não antecipamos as principais contribuições que, em conjunto, fizemos com a Oregon State University. A universidade já usa um código aberto iniciado pela EMC e Intel para desenvolver um novo plug-in.

E por quê a universidade se envolveu numa iniciativa dessas? A participação em projetos de código aberto são uma ótima maneira para os alunos projetarem seus talentos e nomes na sociedade e no meio científico.

4. Nem todas as licenças de código aberto são iguais
Existem muito tipos de licenças diferentes para códigos abertos. As diferenças entre as licenças são extremamente importantes para entender como elas podem afetar a contribuição da comunidade. Considerando-se que é possível garantir que todo o código desenvolvido como resultado do projeto continua a ser um “open source”, os outros desenvolvedores podem ter ainda mais interesse com diferentes projetos. Nosso próximo lançamento sairá inicialmente sob uma licença pública do Mozilla e, em seguida, migrará para o Apache License 2.0, beneficiando a comunidade de maneira única.

E quais os próximos passos? Achamos que muito do desenvolvimento de software e da nossa própria natureza vai trilhar pelo caminho do open source. Isso é comprovado de diversas formas e acontece cada vez mais. Parte de nossos códigossão inclusive compartilhados publicamente em nosso site, na comunidade de desenvolvedores: EMC{code} community.

Conheça os nossos códigos, nos diga o que pensa e contribua em sua programação. Seus comentários vão nos ajudar a nos tornar melhores membros da comunidade do código aberto e a sua contribuição vai fazer um melhor software para todos.

(*) É especialista Sênior em Cloud e Storage no Brasil e Cone Sul da EMC.

PROTESTE pede à Microsoft para suspender imposição de atualização para o Windows 10

A PROTESTE Associação de Consumidores notificou a Microsoft, no último dia 20, para suspender a imposição da atualização do sistema operacional para o Windows 10. Usuários relataram terem recebido diversas notificações em forma de pop-ups para fazer a atualização e outros foram surpreendidos com o início do processo. Outros disseram não conseguir nem mais utilizar o equipamento se não fizessem a atualização.
Na avaliação da PROTESTE, a atualização deve ser escolhida de forma consciente pelo consumidor, não devendo ser imposta como está ocorrendo. Houve casos em que por algum motivo a atualização danificou o programa responsável pelo suporte básico de acesso de entrada e saída do sistema operacional.
Quando do lançamento do Windows 10, alguns usuários do Windows 7, 8 e 8.1, foram informados pela Microsoft que este novo sistema operacional poderia ser obtido gratuitamente até 29 de julho próximo.
Mas ocorre que o sistema lança avisos com a data marcada, que é possível adiar, mas que reaparecem posteriormente. Os usuários que não veem estes avisos podem ser pegos de surpresa por um novo sistema operativo ao iniciar o computador.
Na notificação, foi pedida para a Microsoft reparar imediatamente os danos ocorridos em alguns programas dos consumidores e adotar providências para que pare de impor a atualização do sistema operacional.
A conduta da empresa Microsoft configura prática abusiva nos termos do artigo 39, incisos I, III e VI do Código de Defesa do Consumidor, que ocorre nos casos em que o fornecedor condiciona produtos ou serviços ao fornecimento de outros produtos ou serviços, também quando há a entrega ou execução de produto/serviço sem solicitação prévia do consumidor (www.proteste.org.br/institucional).

Facebook no Chrome

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Todos que utilizam o Chrome para navegar na internet podem agora salvar e compartilhar itens da web facilmente no Facebook, apenas clicando em um botão. Algumas atualizações também foram feitas nos botões de Curtir, Compartilhar, Enviar, Recomendar e Salvar, com os quais as pessoas interagem em um site da web ou em um app mobile.

Confira abaixo mais detalhes sobre as novidades:
Novos botões para o navegador Chrome
Salvar no Facebook: permite que as pessoas salvem para ver depois coisas interessantes que elas encontram pela web de maneira fácil – um artigo, um vídeo, uma receita ou um produto. As pessoas podem acessar conteúdos que salvam a qualquer momento, a partir de qualquer dispositivo, em um marcador privado e dedicado no Facebook. Mais de 300 mil pessoas usam a ferramenta Salvar no Facebook todos os meses e, agora, elas possuem mais uma opção quando estiverem no Chrome.
Compartilhe no Facebook: ajuda as pessoas a compartilhar conteúdos no Facebook, em Grupos e no Messenger, enquanto elas estiverem navegando fora do Facebook.
Os dois botões são gratuitos e estão disponíveis para download no Chrome Web Store.

Nova aparência para os botões sociais do Facebook
O botão curtir ganhou um novo design com o sinal de positivo com o dedão para cima, no lugar do logo do Facebook apenas com o ‘f’. O Facebook fez testes quantitativos com os dois formatos e o sinal de ‘curtir’ mostrou um aumento de 6% no engajamento,
O Facebook também modernizou todos os outros botões sociais usados na web com ícones atualizados (Compartilhar, Enviar, Seguir, Recomendar e Salvar) que refletem melhor a marca, seguindo um novo padrão de design. Isso inclui mais consistência na cor, botões planos e contadores de curtidas e compartilhamentos sem o botão, para um visual mais limpo e refinado.

Integração com Instant Articles
Nas próximas semanas, os editores do Instant Articles poderão adicionar botões de Curtir, Comentar e Compartilhar ao fimde seus artigos e as interações com esses botões serão incluídas na contagem de Curtidas e Compartilhamentos da página. Os comentários também serão replicados do Instant Articles para o site, caso o Plugin de comentários seja utilizado.

Efetividade Clínica: A evolução da medicina baseada em evidência

Denise Basow, MD (*)

De acordo com o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, Efetividade Clínica pode ser definida como “a aplicação dos melhores conhecimentos, obtidos com base em pesquisa, experiência clínica e nas preferências do paciente, visando sempre alcançar excelência nos processos e resultados positivos no cuidado”

A efetividade clínica compreende entre outros pontos, a obtenção de evidências, mudança de condutas e o impacto proporcionado pela alteração de alguma prática, o que normalmente ocorre por meio de auditorias clínicas e feedbacks de pacientes. Além disso, está diretamente relacionada ao atual momento das instituições de saúde, inclusive no Brasil, que buscam cada vez mais adotar políticas de governança clínica, equilibrando os valores clínicos e econômicos.
O setor está em uma fase de assimilação dos novos modelos de pagamento e de entrega dos serviços médicos. Por outro lado, está cada vez mais animado com as mudanças e inovações tecnológicas capazes de proporcionar um aumento da eficácia clínica. Esse foco intensificou-se na medida em que os sistemas de saúde em todo o mundo têm realizado esforços para reduzir custos e, ao mesmo tempo, aprimorar a qualidade e a segurança do atendimento, assim como facilitar o acesso aos tratamentos e melhorar a experiência dos pacientes. Para alcançar objetivos, é preciso incrementar processos e fazer uso de ferramentas capazes de otimizar a tomada de decisão clínica. Assim como, é necessário estar preparado para lidar com esses novos modelos de atendimento.
Além disso, nos últimos anos, o volume de informações geradas tem sido impressionante. As possibilidades de aproveitamento desses dados clínicos também estão aumentando, e em muitos casos, de uma maneira mais rápida que o sistema de saúde consegue absorver. Desta forma, não é surpresa que o setor de saúde não tenha avançado substancialmente rumo a uma maior padronização do atendimento, reduzindo a indesejável variabilidade entre regiões e provedores e, mais do que isso, que continue lutando com uma série de desafios que impedem de disponibilizar cuidados médicos de alta qualidade, com segurança e preços acessíveis.
A resposta para esses desafios é encontrada no conceito de soluções integradas, que funcionam em total sincronia com tecnologias pré-existentes e entregam o que realmente foi prometido. As organizações de saúde não deveriam ter que alcançar seus objetivos reaproveitando soluções tecnológicas na esperança que funcionem bem com os investimentos já realizados.
Essa responsabilidade de integração recai, ao final, sobre os provedores de recursos de suporte à decisão e conteúdo clínico, que tem o compromisso de entregar soluções de ponta a ponta capazes de ajudar médicos e organizações de saúde a melhorarem a efetividade do tratamento; apoiar todo o ecossistema – médicos, farmacêuticos, farmácias e pagadores; ao mesmo tempo se comprometendo com a prestação de cuidados eficazes e promovendo o melhor valor e tratamento possíveis. É crucial que o conteúdo médico entregue por meio dessas soluções seja harmonioso e consistente, para atender todos os ambientes de cuidado. Isso se torna perfeitamente possível com essas soluções que suporte a decisão clínica, melhoram o fluxo de trabalho, são fáceis de implementar, intuitivas e de grande impacto.
Conhecimento e tecnologia isoladamente não permitem melhorar a qualidade e os custos com a saúde. Eles devem sempre vir combinados e implementados de maneira atraente para os usuários, provocando um impacto mensurável. Investir em tecnologia para a área de saúde melhora significativamente os cuidados com o paciente e, ainda, colabora para que as pessoas vivam de forma mais saudável e com a garantia de que terão cuidados primorosos quando adoecerem.
Em suma, efetividade clínica trata-se de fazer a coisa certa, do modo certo, no momento certo, para cada paciente.

(*) É presidente e CEO da Unidade de Negócios de Efetividade Clínica da Wolters Kluwer, líder mundial em fornecimento de informações para profissionais e estudantes da área da saúde, que desenvolveu o solução para suporte a decisões médicas UpToDate®.