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Tecnologia 30/03/2017

em Tecnologia
quarta-feira, 29 de março de 2017
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Três maneiras da Internet das Coisas transformar o serviço em campo

Juntos, a Internet das Coisas (IoT) e o Big Data estão remodelando a maneira como fazemos compras, interagimos com os dispositivos e trabalhamos. Não consegue encontrar suas chaves? Isso não é mais um problema. Acabaram as toalhas de papel? Basta gritar com Alexa, e elas aparecem em sua porta

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Wagner Tadeu (*)

Mas o que exatamente “Internet das Coisas” significa? O Wikipedia define IoT como a interligação de dispositivos físicos, veículos, edifícios e outros objetos eletrônicos que contêm sensores, software ou acionadores, que lhes permitam trocar dados por redes sem fio. Os dispositivos inteligentes mais notáveis e populares incluem o Apple Watch, o Termostato Nest Smart e o Echo, da Amazon.

De acordo com o Gartner 6,4 bilhões de “coisas” conectadas estiveram em uso em todo o mundo em 2016 – um aumento de 30% em relação a 2015 – e chegarão a 20,8 bilhões até 2020. Os dados sobre a IoT no Brasil também impressionam. De acordo com estudo da consultoria Tendências, estima-se que a IoT gere um crescimento de produtividade de cerca de 2% ao longo da próxima década, podendo adicionar cerca de R$ 122 bilhões ao PIB brasileiro até 2025. Serão criados entre 1,9 milhão e 2,6 milhões de novos postos de trabalho diretos, indiretos ou emprego efeito/renda até 2025. Diante desse cenário, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) já trabalha na elaboração de um Plano Nacional para a Internet das Coisas (IoT). A iniciativa prevê regulamentações, políticas públicas e o posicionamento do Brasil como uma referência mundial no segmento.

A IoT está impactando fortemente os setores industriais e de consumo. No setor industrial, a IoT é aplicada frequentemente com o termo “Indústria 4.0” ou IIOT, referindo-se aos principais estágios transformacionais da economia industrial. Exemplos de IIoT variam de monitoramento de sistemas de gerenciamento de edifícios e redes de energia, até o rastreamento de produtos manufaturados à medida que são enviados. Já no setor de consumo, o CIoT (The Consumer Internet of Things) consiste em tecnologias que visam o mercado doméstico e aparelhos eletrônicos. Segundo pesquisa do IDC, mais de oito milhões de lares norte-americanos já utilizam algum tipo de automação e controle residencial. Já uma pesquisa realizada pela consultoria GfK, revela que 57% dos brasileiros consideram que a automação residencial terá impacto em suas vidas nos próximos cinco anos.

Essa visão interconectada do mundo possibilitada pela IoT proporcionará uma riqueza de oportunidades para as organizações de serviços. Por isso, para todos aqueles do setor de serviço em campo dispostos a abraçar a nova tecnologia, a IoT também chega para transformar o papel dos técnicos, melhorar a eficiência do serviço e reforçar a segurança tecnológica. Aqui estão três maneiras de como a IoT e os dispositivos inteligentes estão transformando o serviço em campo:

1 – Aumentando a eficiência na solução do problema
Executar os trabalhos de forma eficiente e rápida é fundamental para conquistar rentabilidade no serviço de campo. Mas, muitas vezes, a pessoa que despacha a equipe, ou mesmo os técnicos de campo, não consegue obter todos os detalhes necessários antes de uma visita técnica, de forma a solucionar o problema de uma vez por todas. Qual o resultado disso? Eles retornam ao mesmo local mais de uma vez.
A Internet das Coisas está eliminando completamente a necessidade de revisitas ao melhorar drasticamente a eficiência na solução do problema. Como? Incorporando dispositivos inteligentes no campo, registrando o desempenho em escala e processando esses dados para descobrir dados analíticos, as organizações mais experientes estão embarcando em uma era mais inteligente do gerenciamento do serviço em campo. Equipamentos de campo agora podem enviar sinais de serviço imediatamente e registrar dados de desempenho em tempo real. Isso significa que, em breve, a necessidade de realizar chamadas de serviço desaparecerá completamente. Em seu lugar, as máquinas informarão diretamente os técnicos sobre qualquer ocorrência, mesmo que o cliente ainda não tenha se inteirado do problema.
Sua equipe de gerenciamento de serviços de campo está pronta para a Internet Industrial?

2 – Oportunidades crescentes para a manutenção preditiva
É claro que diagnosticar e resolver problemas antes que eles aconteçam é fundamental para economizar tempo e dinheiro em chamados de serviço. E à medida que mais equipamentos de clientes forem incorporados aos sensores, as oportunidades de manutenção preditiva também aumentarão.
Mas há uma distinção importante a ser feita entre manutenção preventiva e preditiva. Manutenção preventiva significa executar tarefas de serviço em intervalos regulares para garantir que não ocorram grandes avarias. Por outro lado, a manutenção preditiva utiliza insights baseados em dados para entender melhor o equipamento e prever exatamente quando peças específicas podem falhar ou o equipamento deve ser substituído. Ao usar sensores de IoT e dados, a manutenção preditiva pode revolucionar completamente o trabalho de uma equipe em campo fornecendo relatórios mais precisos de desempenho de peças, ciclos de vida de equipamentos, entre outras possibilidades.

3 – Obtendo técnicos focados na satisfação do cliente
O aspecto final e mais importante que a IoT pode oferecer é ajudar os técnicos a concentrarem-se em melhorar a satisfação do cliente através de novos dados. Apesar de muitos ainda utilizarem métricas como benchmarks para medir a satisfação e lealdade dos clientes (NPS – Net Promoter Score), esses indicadores-chave de desempenho do velho mundo (KPIs) contêm uma falha importante: são alimentados por pesquisas e, infelizmente, cada vez menos clientes respondem a pesquisas todos os anos.
Com o cliente opt-in, novos fluxos de dados podem fornecer insights detalhados sem a necessidade do cliente responder a qualquer pesquisa. Ao abrir um fluxo de dados entre os dispositivos dos clientes e um IoT Complex Event Processor, as empresas de serviços em campo podem analisar produtos conectados, dispositivos móveis, acessos aos sites, postagens em mídias sociais e mensagens de texto para celular. Por meio de algoritmos de inteligência artificial, o software pode comprimir dados de diferentes fontes para determinar a satisfação do cliente com base em múltiplos comportamentos digitais. Ao entregar esse conhecimento aos técnicos antes do serviço, eles podem vir preparados para satisfazer os clientes com base em dados específicos. Uma estratégia completa de IoT possibilita decisões melhores e mais rápidas ao longo do ciclo de vida da prestação de serviços.
Parece ficção científica? Não é. Trata-se de realidade não muito distante.

(*) É gerente Geral da ClickSoftware para América Latina, líder no fornecimento de soluções para a gestão automatizada e otimização da força de trabalho e serviços em campo.

Cinco motivos para adotar um software de gestão de Notas Fiscais Eletrônicas

nfe tempoorario

Cinco anos é o prazo determinado por lei para as empresas arquivarem suas notas fiscais eletrônicas (NFe), e quem falha pode pagar multas salgadas. Mas, além da obrigação legal, há diversos outros motivos para adquirir e usar um software de gestão de NFes. Conheça cinco:

1. Aumento da produtividade
Os dados presentes nas NFes são utilizados por vários departamentos dentro de uma companhia, como financeiro, contábil, fiscal e almoxarifado. As ferramentas de gestão de documentos fiscais eliminam o tempo gasto na digitação, formatação e preparação manual de relatórios, Com o software todas as informações fiscais são importadas para o sistema e os colaboradores conseguem se dedicar às tarefas mais estratégicas.

2. Informações precisas e seguras
Protocolos de proteção que não existem em planilhas eletrônicas garantem a segurança dos dados, que são importados e alocados em ambientes preparados para o recebimento e armazenamento. Além disso, sem a inserção manual de dados, eliminam-se os erros como a duplicação de dados, digitação incorreta e exclusão involuntária de informações. O resultado é uma base de dados confiável e precisa. Ao contar com sistemas automatizados garantimos que as rotinas de backup sejam realizadas, independentemente do fator humano.

3. Melhora na comunicação com a contabilidade
Um dos maiores problemas na gestão fiscal das empresas é não ter uma comunicação eficiente com a contabilidade. Com sistemas automatizados, o contador tem acesso em tempo real à documentação da empresa, eliminando a necessidade de e-mails ou de deslocamento físico. Arquivar os documentos eletrônicos em nuvem permite também que as obrigações acessórias sejam preparadas e entregues no tempo ideal.

4. Economia e redução de custos
Uma das formas de gerir documentos fiscais é ter servidores online próprios. Porém, além de não ser barato, são suscetíveis a danos físicos, roubos e falhas. Automatizar a gestão de NFes custa menos do que implementar uma infraestrutura em nuvem. A assinatura mensal tende a ser menor do que a manutenção de servidores internos. Adquirir um software é a decisão mais econômica disponível para atender às exigências legais de armazenamento dos documentos fiscais.

5. Decisões mais rápidas e melhores
Com a entrega de relatórios com informações atualizadas em tempo real, o gerenciamento das notas fiscais eletrônicas fornece subsídios para melhorar a tomada de decisões estratégicas. A confiabilidade das informações fornecidas deixa os gestores seguros e agiliza mudanças promissoras.

(Fonte: Alison Flores é diretor executivo da NFe Cloud, empresa de armazenamento de Notas Fiscais eletrônicas, que conta com uma infraestrutura baseada em “Nuvem” com a tecnologia Amazon WebServices).

Sala de estar sobre quatro rodas

Ingo Pelikan (*)

Eles prezam pela experiência em detrimento da posse

Em vez de comprar aquele lançamento do ano, a geração Y prioriza o serviço que oferece acesso ao produto com total praticidade. Os jovens nascidos entre 1980 e 1999, os chamados millennials, estão redefinindo as relações de consumo ao seguirem rotas alternativas aos padrões que foram estabelecidos por décadas.
Fica a pergunta: a paixão pelo carro mudou? Na hora de comprar um veículo, este público espera que os modelos ofereçam as mesmas comodidades que são encontradas numa sala de estar, afinal eles conseguem trabalhar, conversar com amigos no smartphone e ouvir músicas, tudo isso ao mesmo tempo. Além de serem multitarefas, são multiconectados.
Diante de tantos desafios, empresas investem cada vez mais em pesquisas de mercado para identificar tendências como o atual peso da conectividade nas decisões de compra. Hoje ao entrar numa concessionária o jovem costuma olhar primeiro o carro por dentro – aqui, leiam-se as modernas tecnologias do painel – para depois checar outros aspectos do veículo.
Talvez a paixão por dirigir também não seja tão latente entre esses jovens, que valorizam a mobilidade e a sustentabilidade. Este cenário tem estimulado empresas a apostarem fortemente em veículos autônomos, nos quais as pessoas podem se locomover e usar o tempo em que estão livres da direção para usufruir da conectividade e fazer outros trabalhos.
Uma característica observada é a economia. Os millennials avaliam muito bem os seus recursos, a qualidade e aspectos ambientais. Se para gerações mais antigas o carro representa símbolo de status, para eles alternativas de transporte podem suprir a necessidade de ter um veículo. Em virtude deste cenário, o mercado também trabalha para que o carro seja o mais econômico possível.
Quando deseja comprar um veículo, independentemente das novas opções de mobilidade, a geração Y não se dirige à concessionária logo de cara, mas faz uma análise profunda, conversa com amigos e pesquisa em todos os meios que sejam possíveis para depois tomar uma decisão. O novo comprador vai à loja com uma ideia muito clara do que deseja.
Na reparação, esses jovens também prezam muito pelo atendimento multicanal, sem deixar de lado a qualidade do serviço e o rápido atendimento. Nesta linha, as empresas precisam estar muito atentas aos diferentes meios de interação, como aplicativos de serviços, redes sociais e sites, para manter proximidade com esse público.
É inegável que o mercado esteja mais complexo com o avançar das gerações, cada uma com suas demandas específicas. São diferentes os requisitos que norteiam uma decisão de compra e as percepções de utilização do veículo. Cabe à indústria buscar estratégias para atrair cada vez mais a geração Y, que já nasceu pronta para novas experiências aliadas à tecnologia.

(*) É presidente do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva.

(*) É Vice-Presidente Sênior de Tecnologia e Inovação da SAP Brasil.