Logística de importação: processo ou projeto?A importação de produtos – mesmo com a recente alta do dólar – provenientes de países como China, Índia, Bangladesh e Indonésia continua a ter um papel fundamental para composição da diversidade do varejo nacional Foto: Reprodução Philippe Minerbo (*) A importação atende a dois objetivos fundamentais do varejo: oferecimento de um mix diferenciado a um consumidor que está cada vez mais ávido por novidades e preços; e a possibilidade do aumento da margem bruta da categoria em relação a uma operação 100% nacional. Não por acaso, novas marcas continuam a chegar ao País baseadas neste modelo, seja na área de casa & decoração, presente & papelaria e moda. No entanto, um processo de importação pode trazer grandes riscos aos resultados orçados em um varejista, especialmente aquele que trabalha com necessidade de coordenação como o varejo de moda. Então, como fazer a gestão da importação de modo que essa gere e não subtraia valor dentro do Supply Chain de um varejista? O primeiro ponto que é necessário entender: a importação para esse varejo é um processo ou um projeto? O que isso quer dizer? Para um varejo de fluxo contínuo como um supermercado ou hipermercado que precisa compor sua variedade continuamente com itens de alimentos secos e bazar, por exemplo, a importação é um processo. Ou seja, a importação acontece o ano todo com base em um processo de strategic sourcing que se renova anualmente. Uma característica adicional é que são produtos industrializados e comoditizados – “make to stock”. Não existe desenvolvimento específico. Já para um varejo de moda, a importação é um projeto, pois cada coleção concebida tende a produzir um resultado único em um determinado prazo. É a essência da definição do que é um projeto do PMBOK. Ou seja, tem que ser tratado como um projeto desde a análise de tendência até a venda dos produtos de moda nas lojas. Por isso, são necessárias as ferramentas típicas de um projeto como cronograma com atividades, responsáveis e prazos; e uma figura análoga a de um PMO, para fazer a gestão das frentes que compõe um projeto, como escopo, prazo, recursos financeiros, humanos, suprimentos, etc. Recentemente, tive a experiência de auxiliar um grande varejista de moda a estruturar sua importação com base no conceito de projeto. No fim, de maneira quase paradoxal, foi um projeto para organizar um processo: Desta forma, foi criado um cronograma gerencial para as reuniões de acompanhamento e um detalhado para gestão da rotina. Também foi estruturado um gráfico “waterfall” para controle dos diferentes status desde a produção até a chegada do produto no Brasil. Tudo isso com um “war room” em paralelo para garantir o desempenho do “projeto” vigente. Exemplos desses produtos estão a seguir: Como resultado, a empresa conseguiu ter um controle muito melhor das etapas de importação, permitindo uma melhoria sensível no atendimento do seu planejamento comercial. Isso tem claramente reflexo nas lojas onde, por exemplo, uma calça jeans estilizada nacional precisa combinar, em um determinado momento, com uma blusa de malha importada desenhada para a estação de inverno e que é muito mais valorizada quando exposta junto à calça. Finalmente, essa abordagem permitiu um aumento de vendas “same store sales”, ou seja, aumento de vendas por loja, com incremento de margem em bases comparáveis ano a ano. Concluindo: estamos certos de que a importação é uma atividade que, cada vez mais, ganha importância no varejo nacional, seja ela de produtos industrializados, seja de vestuário e moda. O grau de valor que essa atividade pode trazer passa em reconhecer inicialmente qual a natureza dela dentro do seu Supply Chain e gerenciá-la apropriadamente. Em tempos de crise, uma parte importante das vendas e margem pode estar escondida dentro da sua importação. E substituir a importação não é o caminho que os varejistas têm adotado. (*) É diretor da Cosin México e da Cosin Consulting Brasil, consultoria de negócios e TI. Grupo Bitcoin Banco inaugura agência física para negócios com criptomoedas em São PauloO Grupo Bitcoin Banco abriu nesta semana a primeira agência física para atendimento ao público na cidade de São Paulo. A equipe tem cinco consultores, dois administradores e um gerente dedicados a oferecer negócios em criptomoedas. No dia 3 de outubro, um evento fechado para convidados marcará a inauguração oficial do espaço. | Inteligência Artificial ganha espaço no mercado globalFoto: Reprodução A Inteligência Artificial vem ampliando seu espaço entre as empresas globais, aponta a Fortune 1000, pesquisa realizada pela revista Forbes, em 2018. Participaram do estudo empresas como American Express, Ford Motors, Goldman Sachs, MetLife, Morgan Stanley e Verizon. Os resultados mostram que os executivos agora veem uma correlação direta entre os recursos de big data e da inteligência artificial. Pela primeira vez, grandes corporações relatam que têm acesso direto a volumes significativos de dados que podem alimentar algoritmos de inteligência artificial para detectar padrões e entender comportamentos. O estudo aponta que empresas como American Express e Morgan Stanley já compartilham publicamente histórias de seus sucessos. Segundo o IDC (Internacional Data Corporation), empresa global de inteligência de mercado, as receitas mundiais com big data e business analytics ultrapassarão os US $ 200 bilhões em 2020, e devem registrar taxa de crescimento anual de 11,7%. O setor bancário liderará os investimentos no setor. Bilhões de dados são analisados em busca de padrões que estejam dentro do escopo da empresa. Através do cruzamento de data points, é possível facilitar a rotina dos profissionais de vendas, usando para isso a automatização e análise preditiva. De acordo com um relatório da Grand View Research, Inc., estima-se que o mercado global de inteligência artificial fornecerá enormes oportunidades para empresas, firmas de investimento e consultores em busca de fusões e aquisições, até 2025. (Fonte: Guilherme Loureiro é diretor comercial da Speedio, especializada no uso de tecnologia para prospecção de novos clientes). A era dos smartphones: quando o virtual se torna o principal ambienteDanielle Denys (*) Uma pesquisa apresentada no início desse ano pela We are Social, em parceria com a Hootsuite, revelou que há cerca de quatro bilhões de pessoas usando internet no mundo E que essa amplitude se deve, principalmente, ao uso dos smartphones. Este cenário é resultado da quantia expressiva de pessoas que compraram seu primeiro smartphone em 2017: mais de 200 milhões. (*) É gerente de marketing do Grupo Acerte Franchising, grupo há mais de 20 anos no mercado e detentor das marcas Laundry 4 You – Lavanderia em Condomínios, Quality Lavanderia, Prima Clean Lavanderia Express, Linha e Bainha Costuras e Inova Lavanderia Industrial. |
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