171 views 21 mins

Tecnologia 28/08/2015

em Tecnologia
quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Em tempos de crise, não dá para contar com a sorte

A automação de marketing e o Novo Momento dos negócios na internet

automacao-de-marketing1 temporario

Daniel Palmieri (*)

Talvez você já saiba, mas o e-mail marketing não está mais nos seus dias de glória. Na verdade, ele está longe disso.

A maioria dos negócios que faz e-mail marketing está comprometendo tempo e dinheiro. Eu arrisco dizer que, utilizando o e-mail marketing tradicional, apenas 20% do potencial para vender e alcançar mais pessoas com a internet é utilizado.

Eu digo isso porque eu já usei muitas ferramentas promissoras. E também já gastei muito dinheiro testando aplicativos que não me trouxeram nenhum resultado real. Inclusive, alguns deles eram bastante complicados e caros, já outros não tinham nenhum suporte… E acredite, alguns até faliram e me deixaram na mão.

Na minha jornada eu perdi muito tempo para descobrir o que realmente é preciso ter e fazer para um negócio na internet decolar de uma vez por todas.

Depois de me estressar muito e quase desistir, eu percebi que não basta enviar um e-mail atrás do outro e esperar que as pessoas se interessem e comprem. Acontece que o Gmail, Yahoo, Live e todos os provedores de e-mail estão cada dia mais complexos e exigentes. No final das contas, quem se aventura corajosamente para trazer o seu negócio para o mundo online precisa de muito mais dedicação e qualidade; só assim a mensagem chegará ao público de forma relevante, para que eles se engajem de verdade com a causa.

Eu realmente acredito que todo negócio na internet precisa trabalhar a automação de marketing para permanecer vivo e lucrativo. Nós vivemos em um novo momento, em que o e-mail marketing evolui para Marketing Automation. Uma volta por cima após anos de mensagens sem relevância chegando todos os dias nas caixas de entrada. Lutamos por uma nova frente contra a tonelada de inconvenientes e irritantes spams.

Isso tudo nos trouxe até aqui, no início de um Novo Momento. O que era conseguido ontem com o e-mail marketing já não se consegue mais utilizando as mesmas técnicas.

Fazer automação de marketing significa entregar conteúdo e ofertas extremamente relevantes, de forma automática para pessoas que estão realmente interessadas e segmentadas na base de contatos. Quando a parte operacional está resolvida por uma ferramenta brilhante – Na minha opinião, o ActiveCampaign é a campeã –, você consegue trabalhar com mais produtividade e com certeza ganha tempo para focar na parte estratégica do negócio.

Depois de criar várias automações eu descobri que é fácil deixar as pessoas interessadas no que você tem a dizer, desde que você entenda o comportamento delas, antecipe os próximos passos que ela já deseja e crie um caminho, ou o famoso “funil”, para que elas sigam no seu próprio tempo, ação por ação. Afinal, já dizia a máxima: se os seus clientes são diferentes, por que tratá-los de maneira igual?

A verdade é que o e-mail marketing sozinho já não tem mais força. Hoje, é preciso criar uma espécie de termômetro de engajamento, onde os contatos consomem os conteúdos que eles escolhem e, por fim, acabam comprando produtos e serviços que sejam ideais para cada um deles. Tudo gerenciado de forma automática.

Simplesmente não dá para pensar mais em um negócio na internet que não se preocupa em transformar leads frios em clientes recorrentes; ou que não monitora o engajamento deles; que não segmenta e cria sequências automáticas que possuem vida própria e se tornam cada vez mais relevantes e personalizadas para cada pessoa.

Eu espero que você esteja verdadeiramente atento ao Novo Momento e não seja apenas mais um na multidão, enviando um e-mail após o outro e esperando conseguir grandes resultados. Porque assim você dependerá da sorte e esse é um luxo que não temos mais direito em tempos de crise. Cada investimento deve ser milimetricamente medido e mensurado quanto à perspectiva de resultado. O nível de exigência agora é outro – tanto para o futuro cliente como para o empreendedor.

A frase mais verdadeira que eu ouvi durante os meus 8 anos no marketing digital é essa: quem não se adapta está fadado à falência. E a sensação de ter se adaptado ao Novo Momento e de começar a colher os resultados disso é realmente incrível… e você deveria experimentar também.

(*) Tem 8 anos de atuação no mercado digital e é especialista em conversão e automação de marketing (www.cursoactivecampaign.com.br).


2° Encontro de Tecnologia está com inscrições abertas

Estão abertas as inscrições para o 2° Encontro Metropolitano de Tecnologia da Baixada Santista, que este ano ocorre em Praia Grande, de 31 de agosto a 2 de setembro, no Palácio das Artes (PDA), localizado na Avenida Presidente Costa e Silva, n°1600, Bairro Boqueirão. São esperadas mais de 5 mil pessoas durante os três dias de evento.
O Encontro Metropolitano de Tecnologia da Baixada Santista é um evento itinerante da Câmara Temática de Tecnologia da Informação e Comunicação (CT TIC) ligada a Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb) realizado em parceria com a Prefeitura de Praia Grande e a Agência Metropolitana de Desenvolvimento (Agem).
O evento reúne os melhores especialistas na área, apresenta novas tendências e incentiva a troca de experiência nas áreas de tecnologia, de além de apresentar o que há de mais moderno no mundo tecnológico.
Este ano o encontro contará com 67 palestras nas diversas áreas de tecnologia 26 estandes de empresas de tecnologia e de instituições públicas. Dentre as empresas que participarão do evento estão: Microsoft, Dell, McAfee, SmartBoard e VMWRE.
Segundo o titular da Sedettra, Nilson Carlos Duarte da Silva, a Cidade está se preparando para receber o evento. “Estamos trazendo temas específicos da área de tecnologia para que possam ser discutidos pelos participantes durante os três dias do evento.
Inscrição – Para participar do evento é necessária a inscrição no sitewww.praiagrande.sp.gov.br/encontrotecnologia . O participante receberá um número que deve ser trocado pelo ingresso, juntamente com 1 pacote de fralda geriátrica e ou 1 lata de leite em pó que será doada para Fundo Social de Solidariedade (FSS) de Praia Grande, que repassará aos abrigos do Município.
O ingresso será um cartão com um código e o participante tem sua presença confirmada no evento ao passar pela catraca eletrônica. No primeiro dia, os participantes serão recepcionados a partir das 9 horas para a troca de ingresso e a primeira palestra acontece às 10 horas. Haverá sorteio de brindes e cursos durante o evento.

LogMeIn lança join.me no Brasil

Trabalhar de forma virtual com pessoas em outros estados ou países deixou de ser algo incomum no Brasil. Seja pela globalização, pela velocidade do mundo moderno ou pelo trânsito nas cidades, cada vez mais os brasileiros buscam formas de resolver assuntos diversos sem precisar se locomover. As ferramentas que facilitam a rotina de forma remota se tornaram grande aliadas e, por isso, a LogMeIn lança no país a plataforma join.me, voltada para aqueles que colaboram, trabalham e estudam online. De forma fácil, rápida, segura e gratuita, os usuários podem compartilhar a tela do computador em poucos cliques com outra pessoa em qualquer lugar do mundo, sem a necessidade de baixar um software. 

O acesso, além de permitir visualização de tudo que acontece na tela do usuário, permite também trabalhar em conjunto, incluindo a possibilidade da outra pessoa controlar o computador do apresentador remotamente ou também compartilhar a tela dela com os demais participantes (https://www.join.me/pt).

2G, 3G ou 4G? Como será o futuro para M2M (IoT)?

Sérgio Souza (*)

Para quem busca se posicionar no mercado M2M (ou IoT) é importante avaliar o projeto do ponto de vista técnico e de negócios para determinar sua estratégia: há necessidade de velocidade na conexão? Qual o tempo do projeto?

Agosto de 2015 – A data é 3 de agosto de 2012. Depois de alguns meses cheios de rumores, finalmente o gigante de telecomunicações americano, ATT, comunica formalmente à SEC (órgão regulador da bolsa de valores americana) que irá desligar sua rede 2G e anuncia uma data firme: 2017. E logo após, inicia o processo de “refarming” de sua rede, desligando paulatinamente sua infra estrutura 2G e reaproveitando aos poucos as frequências para outras tecnologias mais avançadas como LTE e 3G.
Quais foram as consequências? Os clientes M2M da ATT imediatamente perceberam que teriam uma despesa adicional para trocar os SIM Cards e contratar outra operadora ou atualizar os equipamentos por algo que pudesse utilizar a rede 3G, o que significava trocá-los. Despesa não prevista, pelo menos não para o mesmo ano, reduzindo os resultados das empresas prestadoras de serviços M2M como rastreamento, telemática de forma mais genérica, por exemplo. Uma má notícia, mas não para todos. Os fornecedores de equipamentos viram enorme oportunidade para aumentar suas vendas, o que realmente aconteceu, agora com equipamentos capazes de se comunicar em 3G.
Os mesmos motivos que levaram a ATT a se afastar da rede 2G, levaram outras operadoras no mundo a tomar decisões diferentes e manter essa rede por muito mais tempo. As operadoras convivem hoje com três tecnologias diferentes, 2G, 3G e 4G (LTE), o que exige um custo elevado. A rede 2G, com suas limitações de banda (ou velocidade), pode ser ideal para a maioria das aplicações M2M, com baixo tráfego, porém é incompatível com os usuários de smartphones, ávidos por banda, que migram em massa para as redes 3G e 4G.
Para operadoras como EE, KPN, Vodafone e Orange, a lógica é diferente da seguida pela ATT. O vice-presidente de desenvolvimento de produtos da Orange (operadora celular francesa e líder na Europa), Pierre Francois Dubois, declarou durante evento sobre LTE (4G), que o 3G será o primeiro candidato a ser abandonado, embora ainda não tenha anunciado uma data. Essas operadoras europeias parecem muito mais cuidadosas e preocupadas em manter os clientes 2G, preferindo migrar de 3G para LTE e manter o 2G por mais tempo. Boa notícia para os clientes M2M, pelo menos na Europa.
De acordo com um relatório GSMA Intelligence recente, a tecnologia 2G ainda conta com 58,5% das 7,11 bilhões de conexões mundias, comparado com 32,5% de 3G e 9% 4G. O mesmo relatório aponta dominância da tecnologia 2G até o começo de 2019. Esses números incluem, tanto equipamentos M2M como celulares pessoais.
As mesmas pressões na Europa e EUA são sentidas aqui no Brasil. Custa caro para operadoras, já sujeitas a pesada carga tributária, manter 3 redes simultaneamente. Além disso, as frequências usada pelo 2G podem ser necessárias para expansão de outros serviços, o que pode justificar decisões parecidas com a tomada pela ATT.
Os aspectos regulatórios também estão sendo analisados, e ainda não foi anunciada nenhuma decisão publicamente. A Claro, de acordo com Rogério Guerra, Diretor Nacional de Vendas, preserva os clientes M2M e mantém a rede disponível e com a mesma cobertura provendo um serviço de maior qualidade, uma vez que os celulares deixam de usar esta tecnologia migrando para 3G ou 4G. Não há, no momento, nenhum plano para desligar a rede 2G.
Fontes da VIVO confirmam que há grande esforço em migrar os usuários de voz para telefones 3G e 2G, deixando a rede 2G para uso cada vez mais exclusivo do equipamentos M2M. Manter a rede está se tornando mais difícil, porque os fornecedores de tecnologia começam a dar menos suporte e, recentemente, são enfrentados casos de paralização de ERBS (Estação Rádio Base) por roubo das peças 2G. Aparentemente vem aumentando o mercado paralelo de peças para outros países menos atualizados. De qualquer forma, não há, na VIVO, planos de curto prazo para desligamento da rede 2G.
Enquanto isso, o mercado se prepara. Depois da decisão norte americana, para os projetos de longo prazo principalmente para segmentos comoutilities, já são elaborados a partir de equipamentos que podem se conectar a 2G ou 3G, buscando proteger o investimento feito nos equipamentos para qualquer cenário.
O custo é considerável, uma vez que o módulo 3G precisa suportar no mesmo chip as quatro bandas 2G, além das cinco bandas 3G usadas pelas operadoras. Este custo é facilmente justificado em projetos de longo prazo, como o Edital para Modernização, Otimização, Expansão, Operação e Controle Remoto e em Tempo Real da Infra Estrutura da Rede Municipal de Iluminação Pública, PPP proposta pela Prefeitura de São Paulo que estabelece contrato de 24 anos. Neste caso, é importante para o prestador de serviços manter o mesmo equipamento em operação pelo maior tempo possível e os concorrentes já consideram usar equipamentos 2G/3G desde o início da implementação.
Os grandes fornecedores de módulos já aconselham seus clientes, desenvolvedores de equipamentos conectados, a adotar os novos módulos 3G/2G ou pelo menos usar arquiteturas que permitam a troca dos módulos sem que seja necessário refazer todo o projeto do produto. As inovações e lançamentos também tenderão a se concentrar nos módulos 3G/2G, possivelmente tornando os módulos apenas 2G obsoletos com o tempo, esta foi uma afirmação do Head of Sales para a América Latina da Sierra Wireless, Márcio Fabosi.
Para quem busca se posicionar no mercado M2M (ou IoT) ou vai lançar um novo produto no Brasil, é importante avaliar o projeto do ponto de vista técnico e de negócios para determinar sua estratégia: há necessidade de velocidade na conexão? Se houver, 3G ou LTE pode ser necessário. Se não há, qual a expectativa de vida em campo do equipamento? Se for mais de três anos, talvez seja aconselhável estudar a viabilidade de um projeto 3G/2G com custo inicial mais alto, mas depreciado por mais tempo, já que o custo de troca de equipamento em campo pode ser considerável. Qual a necessidade de cobertura? Se for alta, o uso de 4G não é aconselhável em curto prazo, uma vez que essas redes ainda não possuem cobertura comparável as redes 3G/2G. De qualquer forma a opinião de um especialista para analisar as necessidades do negócio pode trazer vantagens econômicas, técnicas ou estratégicas para seu negócio em M2M (ou IoT).

(*) É especialista em M2M
e CEO da Wyless TM Data.