Blockchain em logística, como aplicar?Diante do boom de bitcoin, criptomoeda validada pelo blockchain alguns parceiros da Cobli me perguntam se poderia aplicá-lo nas empresas e como isso nos ajudaria na missão de tornar a logística mais eficiente Rodrigo Mourad (*) Fazendo um overview rápido, o Blockchain é uma grande inovação que permite descentralizar o processo de validação em uma transação. Neste caso, um conjunto independente, sem interesse direto naquela troca, autentica todos os esses trâmites. Em uma transação comum usando, por exemplo, um cartão de crédito, quem ratifica esse processo é a operadora do cartão que ganha uma porcentagem da compra por esse serviço. No caso do bitcoin, quem analisa e aprova as transações são grupos que “emprestam” poder computacional em troca também de uma pequena taxa, que idealmente seria menor que as alternativas. O sistema de blockchain funciona a partir de quatro princípios: imutável – as transações do passado não podem ser alteradas; transparente – todas as transações são visíveis para todos; robustez – nenhum “nó” (imagine um computador processando as informações) é necessário para o funcionamento, o que significa que na prática, qualquer computador pode ser retirado sem comprometer o funcionamento e sem intermediação – cada transação possui validade pela rede, sem necessidade de um órgão central para fazer a validação. Um dos grandes ganhos do blockchain, é que ele pode aumentar a confiabilidade na troca de informações de maneira rápida e confiável. E como é possível aplicá-lo no setor logístico? Alguns dos seus potenciais são: 1. Garantir a rastreabilidade e qualidade de produtos finais – bens para consumo humano como alimentos, precisam ter informações como prazo de validade, ingredientes, produção, modo de armazenagem e transporte para seus consumidores. Imagine o consumidor final ter a possibilidade de averiguar toda a procedência de um alimento no supermercado: onde foi plantado, como foi o transporte, há quanto tempo está em estoque? Wal-Mart e IBM já trabalham com uma solução piloto que aplica blockchain para melhorar a segurança alimentar. Na prática, não só o consumidor final, mas todos os elos da cadeia logística de um produto conseguiriam aumentar sua visibilidade dos passos anteriores. A cadeia permitiria que todos vissem a precedência, lotes e interações que todos os itens passaram. Com essa informação em posse, a priorização de transportes, por exemplo, poderia ser muito mais eficiente. 2. Compartilhamento de caminhões – diversas empresas poderiam dividir uma frota de caminhões. As principais dificuldades para as empresas fazerem isso são a falta de confiança na cadeia e as maneiras de ratear o custo de forma justa. Há receio que as empresas parceiras tomem vantagem e alguém acabe pagando um valor desproporcional. Com blockchain, seria possível garantir a veracidade de toda a informação trocada como quilometragem, modo de condução, manutenções, acidentes e outros. Essas informações viriam diretamente de uma rede de dispositivos de IoT e poderiam ser validadas automaticamente dentro da mesma, o que permitiria um rateio muito mais eficiente e um menor investimento em ativos. 3. Compartilhamento da ociosidade de caminhões – um caso semelhante, seria dividir a ociosidade dos veículos e não a sua propriedade. O blockchain também garantiria as informações pertinentes para todas as partes envolvidas e seria de grande ajuda na solução de conflitos como atrasos e roubos. 4. Precificação de usados – guardar informações de todo o período de uso do veículo como manutenções, modo de condução, tempo de motor ligado e acidentes por meio da rede, permitiria ao comprador ter uma visibilidade muito maior do seu potencial de custos sendo possível incorporar isso na precificação, seja para aumentar ou diminuir o preço dos veículos conforme seus hábitos. Na prática, os ganhos de blockchain estão associados com a confiabilidade da informação em sua rede. A Cobli, por exemplo, já está em discussões com grandes parceiros do setor e espera em breve trazer casos reais de aplicação do blockchain no Brasil. (*) É sócio da Cobli, startup especializada em controle de frotas, telemetria e roteirização. | Como está mudando o consumidor de e-commerce no Brasil e no mundoA Nuvem Shop, plataforma de e-commerce com mais de 18 mil lojas online ativas, responsáveis por mais de $120M USD em vendas por ano, fez um estudo baseado no comportamento de mais de 1 milhão de consumidores. Estes clientes das lojas da plataforma realizaram mais de 120 milhões de visitas nestes e-commerces, e o resultado desta análise diz bastante sobre os caminhos do mercado. Tendências Segundo recente pesquisa do Google, considerando pessoas com capacidade de compra, acima de 16 anos, Coreia e China apresentam os números mais altos no cenário de 2017, com as impressionantes marcas de 92% e 83% dos habitantes, respectivamente, fazendo uso de dispositivos móveis. No mesmo relatório, Brasil e Argentina, países de grande expressão no Mercosul e territórios de forte atuação da Nuvem Shop, apresentaram notável evolução nos índices, fechando o ano passado com um crescimento acima de 150%, em relação ao ano de 2013. Essa tendência afeta diretamente os e-commerces, que precisam adaptar-se aos novos hábitos de consumo. Na Nuvem Shop, por exemplo, não há mais lojas que realizam vendas exclusivamente via desktop. Já o oposto tem acontecido: 14% das lojas da plataforma concretizam mais de 80% das suas vendas através de um dispositivo móvel. Vistas e vendas por dispositivo móvel Os consumidores estão comprando por dispositivos móveis? Uma das razões para o ticket médio ser menor via dispositivos móveis, logicamente, é a questão da confiança do consumidor em fazer compras de maior porte através esse tipo de dispositivo. Um consumidor com hábitos mais conservadores ainda tende a querer ver fotos e conferir detalhes do pedido em uma tela maior, antes de concretizar as transações. Porém, com as mudanças observadas no perfil do cliente online e a tendência à fabricação de dispositivos móveis cada vez mais sofisticados e repletos de novos recursos, esta realidade está prestes a se transformar. Soma-se a isso o fato de que o cliente ainda está começando a experimentar e se sentir à vontade com esse tipo de transação. Nas primeiras experiências, o consumidor compra volumes menores, o que somado ao baixo valor de risco de investimento adotado por ele, resulta em um ticket médio inferior ao alcançado no desktop. A reversão desse quadro seguirá com o aumento da confiança em suas experiências positivas em transações online. “As compras em mobile costumam ter menos quantidade de produtos e por isso a diferença em ticket médio. Mais um motivo para seguirmos trabalhando para oferecer uma experiência de compra ainda mais positiva nestes aparelhos.”, relata Santiago Sosa, CEO da Nuvem Shop. É o fim do mundo que conhecemosRicardo Lozano, (*) Sim, o nosso “Velho mundo”, que não é nem tão ancião assim, durou uns 60 anos A Gibson, fabricante daquelas lendárias guitarras, está falindo. A RadioShack faliu em 2017. (*) – É Lead Advisor & Board member, na Pontal Partners, e foi CEO de multinacionais em 4 países. |
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