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Tecnologia 24/09/2015

em Tecnologia
quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Cinco considerações para um ambiente colaborativo de trabalho

Por que a colaboração é tão importante nas organizações? A inovação decorre de colaboração habitual existente em ambientes de trabalho, nas redes sociais e nas ligações informais ao longo do dia. Uma vez que as inovações proporcionam vantagem competitiva às empresas, o seu catalisador – a colaboração – torna-se atualmente o principal foco dos executivos C-level, bem como os executivos das áreas de Recursos Humanos (RH), Tecnologia da Informação (TI) e administrativo

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Mei Lin Low (*)

Atualmente, a colaboração face a face não requer presença física nos tradicionais escritórios. A vídeo colaboração transcende a barreira geográfica, possibilitando às organizações compor equipes com alto rendimento e talento para projetos e reuniões, independentemente de suas localizações no mundo. Isto significa que a colaboração é muito mais eficiente e efetiva, hoje, em relação a tempo e custos. Portanto, a nova realidade é o Ambiente Colaborativo de Trabalho, uma mescla entre os ambientes de colaboração físicos e virtuais dentro de um mesmo escritório, no home office ou em qualquer outro local escolhido pelo colaborador para desempenhar suas atividades profissionais.

As pessoas necessitam de outras pessoas e elas precisam de tecnologia, assim como requerem espaços onde possam unir ambas as necessidades. A seguir são apresentados cinco aspectos que devem ser considerados no momento em que se criam ou se transformam os espaços de trabalho interconectados, para que ofereçam liberdade de escolha e controle:

1. Aprimorar a colaboração e a inovação: Quando os espaços de trabalho são mais confortáveis e agradáveis, além de dispor da tecnologia para conexão em qualquer lugar, a qualquer hora e, praticamente, de qualquer maneira possível, a colaboração automaticamente é aprimorada. A partir de quadros brancos virtuais e ambientes imersivos a áreas comuns físicas planejadas para compartilhar ideias, muitas são as opções para promover o trabalho em equipe.

2. Atrair, Desenvolver e Engajar as pessoas: Os colaboradores têm buscado por ambientes de trabalho cada vez mais flexíveis, e os profissionais de RH entendem que as pessoas talentosas e de maior êxito trabalham melhor quando se relacionam bem com colegas que têm a mesma linha de pensamento. Os principais candidatos são atraídos para a possibilidade de trabalho em equipe e aprendizagem com outros colegas que decorre de ambientes colaborativos de trabalho.

3. Construir marca e impulsionar cultura: Os ambientes colaborativos geram melhor dinâmica de grupo, melhora a saúde dos colaboradores e reduz os níveis de emissões de carbono ao limitar viagens e diminuir os resíduos. Além disso, os ambientes de trabalho colaborativos capacitam os profissionais a trabalhar melhor, a desempenhar suas atividades com mais satisfação e a transmitir esses benefícios àqueles ao seu redor.

4. Bem-estar no trabalho: Diversos estudos de mercado mostram que permanecer sozinho o dia inteiro em um escritório é ruim para o coração, os pés, a coluna, o peso, a saúde mental e a visão. A colaboração e o movimento, juntos, podem combater anos de dano causado pelo sedentarismo e trabalho solitário.

5. Otimizar os ambientes ou os locais físicos: Quando estão bem desenhados, os ambientes voltados para equipes – escritórios, salas de reuniões ou escritórios virtuais – demandam menos espaço em vez de mais área. As economias financeira e de espaço podem facilmente se traduzir em investimento em sistemas de comunicações de voz e vídeo de alta qualidade que conectam tanto as pessoas de um único escritório como uma série de escritórios globais todos criados para o mesmo propósito.

Os ambientes colaborativos de trabalho são vistos de uma maneira cada vez melhor, tanto física como virtualmente. Os escritórios podem agora oferecer uma esteira e uma bicicleta ergométrica fixa, mesas e cadeiras ergonômicas e, ainda, estruturas construídas com o propósito específico e com espaços coletivos para grupos de todos os tamanhos. No aspecto virtual, sustentado pela disponibilidade de largura de banda, qualidade de vídeo de alta definição e uma ampla gama de tecnologia de vídeo a baixo custo, a vídeo colaboração está se tornando onipresente. Isto significa que reuniões de emergência, revisões com especialistas, treinamento de RH e, até mesmo, anúncios corporativos estão se tornando cada vez mais simples e fáceis de serem organizados, sendo muito mais acessível e melhor a todos.

Ao combinar o foco centrado nas pessoas para melhorar sua produtividade e satisfação com tecnologia e equipamentos, com os quais é possível alto desempenho nos ambientes colaborativos de trabalho, os benefícios estendem-se a todos os tipos e portes de empresas.

(*) É Diretora Global de Soluções de Funções de Negócios e Desenvolvimento de Mercado da Polycom.

Dicas de segurança digital para crianças e adolescentes

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Uma pesquisa divulgada pela London School of Economics and Political Science (LSE) mostrou que uma em cada três crianças brasileiras já utiliza internet por meio de dispositivos móveis. O número é mais do que o dobro registrado em países europeus como Romênia (15%), Irlanda (13%), Portugal (13%) e Bélgica (11%), só ficando atrás do Reino Unido, com 47%.
Esta relação íntima entre crianças e smartphones é facilmente explicável. Segundo a pesquisa, a desigualdade social no país faz com que muitas delas só tenham acesso à rede mundial via celulares, já que não possuem computadores e tablets em casa. Na Europa, este quadro é diferente.
Importante no desenvolvimento dos pequenos brasileiros, a internet representa também um desafio para os pais, que precisam proteger seus filhos das ameaças do mundo virtual. Para ajudá-los, a PSafe reuniu cinco dicas de segurança digital para crianças e adolescentes:

1 – Navegação
A internet possui muito conteúdo útil, mas também conta com materiais perigosos e ofensivos. Por isso, é importante ensinar aos pequenos como identificá-los. A mesma preocupação com a segurança da criança na vida real deve ser tida no digital. Sendo assim, crie um espaço de conversa aberta, de modo que você possa explicar os riscos e responder dúvidas.

2 – Phishing
Alguns sites contêm códigos maliciosos que conseguem roubar dados do seu aparelho, invadindo a sua privacidade. Para proteger a privacidade dele ensine-o desde cedo a respeito da importância de ter sempre a mão soluções de segurança como antivírus e antiphishing (uso de mensagens falsas para “pescar” informações pessoais, fotos e senhas).

3 – Pedofilia
O risco sempre foi grande, mas aumentou muito a partir do momento em que as crianças mais jovens tiveram acesso aos celulares. Como não é possível controlar com quem os filhos se comunicam, é importante que sempre seja reforçada algumas das mais tradicionais regras do convívio familiar, como “não falar com estranhos” e “não dar informações pessoais”. Lembre-os que a internet facilita o anonimato, devendo-se tomar todo o cuidado com informações compartilhadas com estranhos.

4 – Envio de foto íntima
É cada vez maior o número de casos de vazamento de fotos íntimas. Para não pôr em perigo a juventude do seu filho, ensine-o sobre privacidade na internet. Lembre-o que nem tudo pode ser compartilhado online e destaque o que não deve e por quais razões.

5- Redes sociais
Tratam-se dos principais meios de comunicação das crianças e adolescentes com seus amigos. É muito importante ensinar, desde cedo, como devem ser utilizadas e os riscos contidos. Também é necessário ter atenção, pois é onde mais acontece cyberbullying, perseguição e assédio entre os jovens. Para evitar que seu filho realize ou sofra ataques digitais, ensine-o que as redes sociais são espaços que devem ser usados com responsabilidade, pois, uma vez publicado um conteúdo ou foto, perdemos totalmente o controle sobre ele.
É muito difícil, e até pouco recomendável, impedir que a criança tenha acesso ao mundo digital. Neste ponto, ter um canal aberto entre filhos e pais é a chave para manter uma relação sadia e incentivar a reflexão. Isso porque a criança ou adolescente precisa ter nos seus pais uma fonte segura para levar suas preocupações, dúvidas ou pedidos de conselho.

Reduzindo a energia – como gerenciar a pegada de carbono das TICs

José Renato Gonçalves (*)

Estudos recentes estimam que a Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) é responsável por mais de 10% do consumo de energia do mundo – e à medida que evolui, é provável que passe a usar cada vez mais

O consumo varia – recarregar um smartphone ou um tablet requer pouquíssima eletricidade, porém assistir a uma hora por semana de vídeo em um aparelho móvel consome mais eletricidade que o uso de dois refrigeradores por um ano. Isso se deve à energia dispensada para ligar e depois desligar os servidores de vídeo de um datacenter, além do consumo do equipamento de rede.
No entanto, graças aos avanços em eficiência energética para as TICs – que dobraram a cada um ano e meio, pelos últimos seis anos – os telefones e tablets de hoje, reconhecidos pelo baixo consumo, usam cada vez menos energia – 2kWh e 12kWh, respectivamente. Por outro lado, há milhões deles em uso todos os dias.
O datacenter é a área das TICs mais faminta por energia – estima-se que eles consumam entre 1 a 2% da energia do mundo – e uma pesquisa recente mostrou que o custo com energia e disponibilidade são as principais preocupações entre os operadores de datacenter. As TICs, como um todo, respondem por mais de 830 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), colocando-as junto à indústria de aviação para emissões de CO2 globais.
Por isso, a pegada de carbono das TICs não pode ser ignorada e deve ser vista como um desafio. O Bell Labs conduziu uma pesquisa de tendências energéticas para o mundo sempre online de hoje e previu que, em 2017, teremos mais de 3,9 bilhões de usuários de internet, levando a um crescimento de 400% em tráfego de dados e de 720% para vídeos. Com isso, a eficiência energética das TICs nunca foi tão importante.

Como podemos, neste contexto, torná-las mais eficientes?
As soluções existem e, à medida que as companhias de tecnologia se conscientizam sobre a importância deste problema, elas adotam as medidas apropriadas. Já foi dito, por exemplo, que uma grande economia de energia pode ser alcançada trocando as aplicações de negócios para ambientes em nuvem. A realocação de espaços de servidores pequenos e ineficientes e dos serviços hospedados localmente para a nuvem pode reduzir os custos com energia em 87%. O uso de servidores compartilhados e baseados na nuvem permite o uso compartilhado de energia e, como efeito, faz para a energia usada na computação o que a carona compartilhada faz para as emissões da indústria de automóveis.
Outras maneiras de fazer com que os datacenters se tornem espaços mais eficientes e que têm impacto direto sobre a pegada de carbono são a gestão do fluxo de ar, uso minimizado de ar condicionado e implementação de free cooling – técnica que explora a existência de diferenças de temperatura entre ambientes, para a produção de refrigeração.

O impacto da Internet das Coisas e mais
O advento da Internet das Coisas (IoT) também pode ter um efeito positivo. Opções possibilitadas pela tecnologia, que passaram a surgir graças a evolução da própria tecnologia, incluem aplicativos móveis como soluções de videoconferência e gestão de prédios inteligentes via M2M – ambos com impactos ambientais positivos. O efeito geral do IoT é também projetado como positivo, com novas soluções como as citadas acima cortando em mais de 16,5% as emissões de gases – uma redução de 9,1 giga toneladas de CO2 até 2020.
Além destas soluções, a tecnologia está inventando novas formas de tornar o mundo, como um todo, mais verde. As TICs tornaram possível o desenvolvimento da tecnologia smart grid, possibilitando à internet transportar grandes quantidades de energia de dados para fazer com que o acelerado desenvolvimento urbano traga mais espaços para trabalhar e viver que sejam energeticamente eficientes. A já mencionada videoconferência contribui para a redução do número de voos para reuniões de negócios. Então, a internet tem um impacto de dois lados no meio ambiente e na sua própria pegada de carbono: encontrar maneiras de usar a tecnologia de forma mais inteligente e inventar soluções novas e mais verdes a todo momento.
Gigantes da indústria de tecnologia já se comprometeram com políticas verdes e investem constantemente em iniciativas ambientais. À medida que a tecnologia continua a evoluir, o ônus está nas TICs que devem se fazer cada vez mais verdes, para o bem de todos.

(*) É Diretor de Vendas Brasil da Orange Business Services.