LinkedIn: uma central de oportunidadesO fenômeno LinkedIn já totaliza no mundo 546 milhões de usuários. Só no Brasil, já chegamos aos 32 milhões. As últimas estatísticas, apresentadas há duas semanas pela rede social, mostram que os números do LinkedIn crescem ano após ano e com eles a relevância dessa plataforma no cenário corporativo mundial Fernanda Nascimento (*) O grande desafio é cada vez mais aproveitar as diferentes formas de negócio que podem ser desenvolvidas por meio dessa rede. Algumas dicas são imprescindíveis e podem aumentar consideravelmente as suas oportunidades: Imprimir uma marca pessoal O seu perfil no LinkedIn é muito importante. É o seu cartão de visitas, onde você apresentar a sua experiência profissional e os resultados que gerou ao longo de sua carreira. É importante ressaltar as suas realizações. A fase em que você se encontra: “em transição profissional” ou “desempregado” não pode ser sua principal história. Portanto, seu perfil deve dar ênfase ao que você pode oferecer como profissional e não à sua situação atual. Qual é o seu melhor? O que você faz de mais relevante comparado a outros profissionais? Para descrever a experiência profissional e a formação acadêmica, priorize o emprego mais relevante nos locais de destaque. Isso elimina a necessidade de colocar a posição mais recente no topo da lista. Assim, é possível montar sua experiência estrategicamente, enfatizando as informações mais importantes da sua carreira naquele momento. Isso não quer dizer que vale a pena apagar o passado ou turbinar a realidade, passando uma imagem a qual não é legítima. Toda a nossa história tem valor, até aquele estágio no comecinho da carreira. E desde esse comecinho você conheceu pessoas que sabem exatamente quem você é e os seus resultados. Portanto, seja verdadeiro. Engaje os profissionais importantes para você A ideia de usar o LinkedIn para se recolocar, vender ou mesmo aumentar sua autoridade no seu segmento é legítima, mas é preciso que as pessoas entendam o que você tem a oferecer. É mais ou menos como provar o conteúdo no seu perfil. Você garantiu ser bom, mas como atestar? Nas redes sociais, a melhor forma de mostrar o conhecimento é dividir a sua experiência, por meio de conteúdo: vídeos, textos, posts ou artigos longos do LinkedIn. Ao oferecer uma informação interessante para a sua rede, você marca seu espaço mostrando que é um especialista no mercado, com conhecimento sobre a sua área de atuação, aponta tendências e, por tudo isso, vale a pena ser seguido. Quando alguma de suas conexões compartilha o conteúdo que você produz, usa esse material para então influenciar sua rede, como se fizesse dela as suas palavras. Você não só está mostrando sua expertise, como reforçando a autoridade de alguém conectado a você. Então, sua imagem e sua experiência chegam mais longe, deixando de atingir prioritariamente a sua rede de primeiro grau – pessoas conectadas diretamente a você – e passa a navegar entre as suas conexões de segundo grau. Use esse alcance para aumentar sua network Quando uma conexão de segundo grau interage com a sua experiência, por meio do conteúdo publicado e compartilhado, abre espaço para um convite a se conectar. A partir daquele momento, a pessoa já sabe quem você é e concorda, de alguma forma, com o seu pensamento. Use uma mensagem personalizada para se aproximar, deixe claras suas intenções, mesmo que esteja interessado em uma vaga de emprego postada ou tenha uma oportunidade de negócio. Suas chances de sucesso nesse contato serão muito maiores. E, caso você já tenha analisado as conexões das suas conexões, por curiosidade ou até mesmo planejando alguma ação com a sua rede, deve ter percebido quantas chances de se aproximar de profissionais interessantes há no LinkedIn. O potencial é enorme! Essas dicas certamente farão você ter mais visibilidade na rede social e o manterá mais próximo de pessoas que se lembrarão de você no caso de uma oportunidade. Entretanto, minha última sugestão é: não faça isso uma vez por semana, mas de 20 a 40 minutos por dia, no mínimo! Assim, não perderá possibilidades de envolvimento com assuntos em destaque e, principalmente, de resposta rápida para o que de interessante a rede lhe trouxer. Bons negócios! (*) É Diretora e Estrategista na Stratlab. | Vale a pena criar uma startup hoje?Existe um momento certo para criar uma startup? Quais pontos devem ser analisados antes de colocar sua ideia em prática? Em um cenário de crise da política e economia brasileira, será que vale a pena criar uma startup? Quais critérios precisam ser analisados antes de colocar a mão na massa? Como saber se sua ideia vale uma empresa e se terá investimentos? Será que você possui as características necessárias para gerir um negócio? A força do mercado empreendedor faz muitas pessoas caírem de cara na ideia de começar uma startup sem antes responder essas e outras perguntas que fazem toda a diferença lá para a frente. Para diminuir riscos, vamos falar sobre algumas delas. O mercado A ABStartups (Associação Brasileira de Startups), que em 2012 reunia pouco mais de 2,5 mil associadas, hoje conta com mais de 4,2 mil empresas do tipo. No total, o Brasil tem mais de 10 mil startups, movimentando bilhões. Ou seja, mesmo com a crise, o volume de capital disponível para investimentos e de profissionais dispostos a empreender continua crescendo, ainda que os números sejam baixos comparados a outros países como Estados Unidos e Europa. A maioria das startups hoje estão concentradas no estado de São Paulo, seguidas por Minas Gerais e Rio de Janeiro. Grande parte delas trabalha no setor de tecnologia, área mais aquecida para esse mercado. Os profissionais atuantes em grande parte das startups também vem de áreas ligadas à tecnologia, como programação, biotecnologia, engenharia, física. Isso não significa que apenas ideias de startups de tecnologia funcionam, nem que você precisa ser do setor para conseguir abrir o seu negócio. Significa que profissionais dessas áreas estão mais habituados à um ambiente de desenvolvimento contínuo, rápido, crescendo exponencialmente com custos baixos, trabalhando em ambientes de incerteza, criando e lançando produtos frequentemente. Em relação a investimentos, há diversas Venture Capital que ainda entendem o Brasil como um bom país para investimento de risco, e de uns 6 anos para cá, o ecossistema realmente cresceu, se profissionalizou e criou oportunidades mais tangíveis para criar uma startup. Sua ideia Antes de criar uma startup a partir de sua ideia de negócio, é essencial avaliar se você estará realmente resolvendo um problema que existe no mercado e que interesse o público. Procure saber como está o cenário do setor em que irá trabalhar, como concorrentes estão fazendo esse serviço ou oferecendo o produto. Outras questões que devem ser respondidas são: quais são os benefícios do meu produto ou serviço acima da concorrência? Qual público se beneficiaria do meu trabalho e por quê? Investidores teriam interesse em qual característica específica do meu serviço ou produto? Qual o tamanho do meu mercado? O que seria preciso para construir um mínimo produto viável como teste? Precisarei de parceiros para começar esse negócio? Como os investidores podem lucrar (ter um exit de sucesso) com a minha ideia? Como posso criar um modelo de negócios em que eu tenha crescimentos exponenciais com custos baixos? Determinando essas respostas, já será possível fazer um escopo dos próximos passos para desenvolver sua ideia e encontrar um capital de risco que se interesse pelo que você tem à oferecer. Suas características Aqui está o principal ponto de criar uma startup: seu potencial como gestor de um negócio. Vale a pena abrir uma empresa desde que você tenha espírito de mão na massa, saiba ouvir, tenha resiliência, esteja aberto para aprender cada vez mais e criar bons relacionamentos. Se sua postura for de impulsionar seu negócio para a frente, sem estagnar em ideias que não dão certo e buscando investir sempre na melhoria do potencial de sua startup, poucos obstáculos serão grandes demais. (Fonte: Adriano Meirinho é CMO e co-fundador do Celcoin, aplicativo de serviços financeiros que transforma o celular em maquineta serviços. Executivo de Marketing com MBA em Administração de Negócios do Varejo pela FIA-USP e certificação em Practitioner em Programação Neurolinguística (PNL), Meirinho acumula experiência de mais de 18 anos em marketing e propaganda, com passagens em importantes empresas, como Oppa e Catho On-line, onde recebeu seis prêmios Top Of The Mind de 2006 a 2012 e três prêmios Ibest, nos anos de 2002 e 2004).
IoT nem chegou e já virou BIoTMateus Azevedo (*) Nem bem começamos a falar em IoT (Internet das Coisas, em inglês) e já vamos para o passo seguinte: BIoT, ou seja, a união entre Blockchain e Iot, uma das tendências tecnológicas que devem abalar nosso mundo em 2018, segundo a Fortune ‘Mas já?’, você deve estar se perguntando. Pois é! O OpenBazaar, por exemplo, é um marketplace online para comprar e vender produtos e serviços, tipo Mercado Livre ou Ebay, só que baseado no Blockchain, ou seja, descentralizado, e usa bitcoins como uma das formas de pagamento. Sem qualquer restrição ou taxas. A IoT é a criação de um ambiente único que reúne informações de vários dispositivos e aplicações, usando sensores conectados para obter informações, permitindo que sua geladeira possa ser programada (ou até aprender com seus hábitos se vinculada a algum algoritmo de Inteligência Artificial) para sempre realizar pedidos de compra dos itens que você mais consome com a frequência certa. Mas se você achava que iria demorar muito para virarmos os Jetsons (lembra daquela família futurista criada por Hanna Barbera nos anos 60?), pode estar enganado. A razão é simples: o blockchain vai acelerar a implementação da IoT, pois barateia de forma segura essa nova rede. É impossível fazer previsões precisas sobre como será esse novo arranjo. Exemplo disso é a própria criação do blockchain que não poderia ser prevista nem pelos maiores visionários e futurólogos. Mas é possível fazer algumas suposições conhecendo o que temos hoje. Como o BIot se baseia em uma plataforma descentralizada (um Dapp), sua segurança não depende de um único ente controlador, mas sim da estrutura da rede criada. Pensando na sua geladeira que sabe o que você costuma comprar, quando chegar a hora mais indicada, baseada no seu comportamento cotidiano, ela pode lançar um pedido de compra na rede. O pedido enviado busca o melhor preço, prazo de entrega e exigências de acordo com seu perfil e pode até dividir o pedido entre vários fornecedores, levando a rede a ter maior competição e menor custo, pois todos pagam uma taxa muito pequena nela (ou até não pagam nada, dependendo do caso). A entrega também será feita por um fornecedor especializado, que tenha menor custo para operar já que é especialista na tarefa e, graças aos sensores, pode escolher a melhor hora de entrega. Ainda com o exemplo da geladeira, mas sob outra perspectiva: imagine que várias geladeiras estão conectadas no ecossistema e uma delas detecta que a peça x quebrou e que há chances de a mesma peça se quebrar nas demais unidades. Graças às tecnologias e ao machine learning, a rede é informada sobre o problema, permitindo que a marca realize uma ação preventiva nas demais. Ao mesmo tempo, se o dono da geladeira tiver uma impressora 3D, ele recebe o desenho da peça já armazenado na geladeira e imprime uma nova. A troca pode ser feita por um técnico do ecossistema ou pelo proprietário. Um vídeo sobre como realizar a troca é apresentado no próprio display do aparelho e em poucos minutos, sem gastar muito, sua geladeira está operando novamente. Se é possível pensar nessa gama de soluções sem sequer sair da cozinha da sua casa, imagine milhões de pessoas ao redor do mundo pensando em novas soluções com essa possibilidade e, consequentemente, na demanda de profissionais que trabalhem para esse ecossistema ser criado e mantido? Para dar outro exemplo, a Fortune aponta o uso do BIot para criar cidades inteligentes nas quais sistemas de aquecimento conectados controlam melhor o uso da energia. Ou ainda semáforos conectados e mais bem controlados na hora do rush, diminuindo congestionamentos desnecessários. Isso será fundamental quando os carros forem autônomos. Agora, você deve pensar que isso está super distante, certo? Que máquinas programáveis, sensores diversos e a Internet são realidade, não há dúvidas. Mas a novidade é que o tal sistema descentralizado, que permite a junção das demais tecnologias e pode viabilizar o funcionamento da rede já existe. Trata-se do IOTA, que se propõe a ser uma plataforma de Biot com trocas de token, permitindo, além da conexão e fluxo de informações, a transferência financeira entre dispositivos. A plataforma foi criada em 2015 por David Sønstebø, Sergey Ivancheglo, Dominik Schienere e Serguei Popov, é baseada no Tangle (estrutura concorrente ao Blockchain) e é supervisionada por uma organização sem fins lucrativos, a IOTA Foundation (mais infos você pode ver nessa matéria publicada no Techmundo). O IOTA iniciou seu funcionamento com a entidade regulando o sistema, mas quando a adoção da rede aumentar eles vão torná-lo descentralizado. O benefício disso? Como quem suporta e processa as informações são as próprias máquinas vinculadas ao sistema, como prêmio, elas não pagaram taxa alguma para transferir tokens e informações. Se você ainda estava digerindo as ideias de mudança em cima de mudança, acostume-se: novas tecnologias estão chegando cada vez mais rápido, e o que antes podia ser retardado ou barrado por algumas instituições, hoje é criado sem botão de pausa. (*) É Sócio da BlueLab. |