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Tecnologia 22/10/2015

em Tecnologia
quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Dia na vida de um administrador de sistemas

O mundo atual é guiado pela tecnologia – isso é um fato. A tecnologia evoluiu e se tornou a espinha dorsal de quase toda empresa, não importando o tamanho

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Kornelius Brunner (*)

De hardware e softwares a dados e servidores – a lista é infinita e cada um deles é um componente da sofisticada web tecnológica e corporativa dos dias atuais. Cada componente é vital para o bom funcionamento de uma empresa, mas quem controla esta tecnologia?

Tradicionalmente, este é um trabalho quase que exclusivo dos profissionais de TI, o que torna as tarefas diárias de um administrador de sistemas (SysAdmin) não apenas difíceis, mas também naquelas que lhes dão mais responsabilidades.

O quanto a tecnologia é útil para uma empresa não depende apenas das tecnologias em si, mas também da maneira como elas são usadas pelos funcionários. A evolução rápida e contínua e o maior consumo das tecnologias, além da digitalização de dados, estão mudando fundamentalmente o papel do SysAdmin dentro da empresa. Não há um só dia de trabalho que se repita para eles.

As tarefas diárias de um administrador de sistemas são complexas e são, indiscutivelmente, o núcleo do mundo corporativo atual. Eles buscam se atualizar sobre as mais recentes tecnologias que resolvam as crises mais recentes na área de TI. Enquanto a solução de problemas comuns nos computadores pode ser o pensamento de um típico funcionário sobre a rotina de um SysAdmin, suas atividades diárias são bem mais complexas e fundamentais para o sucesso de qualquer empresa.

Conferir o checklist pela manhã
Um dia típico para um administrador de sistemas começa com a verificação sobre o “estado de saúde” da infraestrutura de TI, para garantir que tudo esteja funcionando perfeitamente. Eles podem, por exemplo, dar uma olhada na lista para garantir que:
• Os servidores estão funcionando;
• Os firewalls estão habilitados;
• A internet está funcionando corretamente;
• O software está atualizado;
• Os computadores estão livres de malwares;
• Outros dispositivos, como impressoras e telefones, estão funcionando.

Mesmo que isso pareça muita coisa (e é), com as soluções certas de gerenciamento de TI para o check-in em todas as partes dos sistemas de rede e computadores, os administradores podem avaliar rapidamente se há questões pendentes e continuar com a próxima parte de seu dia.

“Socorro! Meu e-mail caiu!”
No topo das necessidades do monitoramento diário, os administradores de sistemas são, muitas vezes, as primeiras pessoas nas quais pensamos quando se trata de grandes e pequenas crises ligadas à tecnologia. Embora a tecnologia de hoje tenha seus desafios, geralmente, os usuários são os únicos que tornam o trabalho dos administradores de sistemas mais desafiador. No entanto, segundo o administrador Achim Oswald, “é importante que os profissionais detectem rapidamente a gravidade do problema dos usuários para conseguir solucioná-los, dessa forma evitando mais danos”. O desperdício de tempo na solução de problemas resulta em tempo de inatividade para a empresa, além de por em risco a sua segurança.

Domínio de todos os dispositivos
Com as novas tendências, como o Bring Your Own Device (BYOD), os administradores de sistemas têm que monitorar uma variedade de dispositivos de forma equilibrada, para garantir segurança máxima aos dados da empresa, enquanto se assegura de que os funcionários tenham as ferramentas necessárias para fazer seu trabalho.

Maximilian Vogt trabalha como administrador de sistemas há três anos e ressalta que “a implementação e o uso de novos gadgets, recursos e programas em um ambiente corporativo continua a ser uma tarefa difícil para todos os SysAdmins. A tecnologia não é estática. O setor está se desenvolvendo diariamente, com novos aparelhos, novas soluções e aplicações. Isto significa que os administradores de sistemas estão aprendendo continuamente e, às vezes, até mesmo durante o trabalho. É importante descobrir coisas novas para tornar a vida de todos na empresa mais fácil e segura.”

A rotina de um profissional, muitas vezes, é repleta de reuniões, e no caso de um administrador de sistemas não é exceção. Entre monitorar e atender os pedidos dos outros funcionários, o SysAdmin também participa de reuniões e sessões de treinamento para manter-se atualizado com os acontecimentos da empresa e ajudá-la em compras futuras e nas decisões estratégicas.

Mantendo tudo funcionando perfeitamente nos bastidores
Quando se trata de TI, uma crise pode aparecer a qualquer momento. Se todo o sistema de e-mail da empresa deixa de funcionar ou a rede é hackeada, a solução está nas mãos do administrador de sistemas. Todos os dias, um SysAdmin tem que estar preparado para o pior, o que torna as ferramentas de gestão tão importantes e torna a vida desses profissionais muito mais fácil, dando-lhes a capacidade de fornecer uma resposta oportuna a qualquer problema. Ou até mesmo evitá-los. O administrador David Zwick diz que tomar decisões sábias é uma das partes mais desafiadoras do seu trabalho. “Preciso tomar decisões em uma fração de segundos, dependendo de fatores como: Qual sistema está com problemas? É um problema permanente ou temporário? Quem está sendo afetado? Qual é a solução mais rápida?”

Embora isso pareça muito, é um dia normal na vida de um administrador de sistemas. Os SysAdmins são membros valiosos em qualquer equipe e as empresas precisam ajudá-los, fornecendo-lhes ferramentas de TI eficientes facilitem ainda mais suas tarefas diárias.

(*) É diretor de Gerenciamento de Produtos da TeamViewer.


Maior segurança para informações confidenciais

48108 temporario

Preocupação constante em empresas, a perda e roubo de dados, que contém informações importantes e até confidenciais, acarreta despesas cada vez maiores no ambiente empresarial. Corporações possuem bilhões de informações circulando por dispositivos físicos e móveis a cada segundo, por isso procuram alternativas de proteção capazes de evitar prejuízos maiores. Reconhecendo as necessidades de seu público-alvo, a especialista em soluções empresariais, Processor, desenvolveu o Data Loss Prevention (DLP), uma tecnologia de segurança para o reconhecimento de conteúdo.
O DLP lida com três importantes dimensões relacionadas às informações confidenciais e importantes para o negócio: onde os dados estão armazenados, como estão sendo usados e de que forma podem ser protegidos contra vazamentos, perdas e roubos.

Melhores práticas de segurança
Segundo Antônio Caetano, Business Development Manager (BDM) de Infraestrutura da Processor, o Data Loss Prevention permite estender as políticas de segurança e de conformidade para fora dos limites da rede. Ele afirma que a tecnologia envolve metodologias de implementação embasadas em melhores práticas de segurança, políticas, intuitivas e ferramentas para o gerenciamento de incidentes.
O BDM salienta, ainda, que o Data Loss Prevention dispõe, também, de uma cobertura abrangente de todos os canais que oferecem risco às informações. “O DLP amplia o alcance dos recursos de prevenção contra a perda de dados, incluindo ambientes locais, em nuvem e dispositivos móveis”, complementa.

Melhor estratégia de proteção de dados
O Data Loss Prevention disponibiliza para seus usuários a melhor estratégia de proteção da propriedade intelectual das empresas: a classificação de dados, que possibilita estabelecer táticas e executar as três fases principais que levarão a proteção das informações:
1. Coleta e detecção: Os dados monitorados são analisados para determinar o comportamento dos usuários e como essas informações são trabalhadas na organização;
2. Educação e ajustes de conduta: Os usuários são notificados sobre a política de segurança da empresa e devem ser orientados em relação as melhores práticas para evitar o vazamento de dados importantes;
3. Correção e remediação: Os incidentes registrados são analisados pelo time de segurança e registrados para serem utilizados para auditoria e investigação. Regras de bloqueio de comportamento indevido, baseadas em normas de conformidade, são ativadas com o objetivo de impedir o vazamento de dados de negócio.

Mitos e verdades sobre a nuvem híbrida

Paulo Henrique Pichini (*)

Fabricantes e provedores de serviços de cloud estão inundando o mercado de conceitos e pseudo ideias sobre cloud híbrida

Note que, entre os discursos e a realidade, temos nos deparado com um enorme abismo, abismo que pode facilmente ser ultrapassado. Para isso, no entanto, é necessário planejamento e, principalmente, conhecimento deste mundo novo que é a nuvem híbrida.
É importante deixar claro que a nuvem híbrida veio para ficar. O Gartner afirma que até o final de 2017 cerca de metade das maiores corporações do mundo estarão utilizando nuvens híbridas em seus ambientes de TI. Para o IDC, a migração para a nuvem híbrida é ainda mais premente: até o início de 2016 65% das grandes empresas utilizarão esse modelo. A edição de 2014 do relatório do instituto de pesquisa ScienceReport, por outro lado, anuncia: 81% das empresas já contam com implementações em nuvem pública e estão iniciando experimentos em nuvem híbrida.
O outro lado deste quadro é o tema deste artigo e é corroborado pela mesma pesquisa da ScienceReport.
Os 1200 CIOs norte-americanos entrevistados para este levantamento afirmam que 1 entre cada 3 pessoas gerenciando ambientes híbridos não foram suficientemente treinados para isso. 62% estão realizando um voo às cegas, com pouquíssima visibilidade sobre seu ambiente híbrido. 52% não sabem como identificar, na conta de serviços, o que foi contratado e o que está sendo entregue. E, finalmente, 75% dos entrevistados simplesmente não têm como controlar este ambiente em expansão constante.
Fica claro, portanto, que estão acontecendo confusões e imprecisões não só sobre o conceito da nuvem híbrida, mas, também, sobre sua correta implementação.
Talvez seja por isso que, neste exato momento, empresas estudam e avaliam de forma cautelosa e conservadora ambientes de cloud. Isto está sendo feito com o objetivo de colocar as empresas em um ritmo de crescimento de soluções de TI. Trata-se, na verdade, de uma atitude ainda retrógrada, especialmente quando comparada com a estratégia de empresas do Primeiro Mundo. A distância é maior quando a comparação é feita em relação às novas empresas que já nasceram digitais, sempre mais arrojadas.

Nem sempre o que parece nuvem híbrida é nuvem híbrida
Um ponto importante é que alguns movimentos que estão sendo anunciados como uma iniciação ao mundo das nuvens híbridas não são exatamente isso. Pode acontecer de uma empresa anunciar que tem soluções em nuvem híbrida e, para provar isso, listar vários fatos: que conta com um conjunto de máquinas virtuais em cloud pública, que usa aplicativos de produtividade pessoal/profissional como Google ou Microsoft Office365; outra possibilidade é afirmar que mantém laboratórios de desenvolvimento em conceito de nuvem privada. Ainda assim, não se trata de nuvem híbrida! Todos os casos acima dizem respeito ao uso de serviços de cloud pública e privada configurados de forma independente, sem compor um serviço hibrido.
A verdade é que as soluções de nuvem híbrida exigem profundo planejamento e, especialmente, a realização de alguns passos anteriores, decisivos para o sucesso da empreitada.
Já estressamos o tema de cloud, conceituando nuvens públicas e privadas, a elasticidade do modelo e, principalmente, o principio do resgate do usuário final, que com seus dispositivos móveis foi às compras de aplicativos, plataforma e até infraestrutura. Esse movimento de compra de serviços digitalizados está sendo feito a partir dos provedores de cloud pública existentes no Brasil e no mundo – afinal, é importante lembrar que o conceito de nuvem rompe fronteiras.
O primeiro passo na direção às nuvens híbridas é oferecer ao nosso usuário/cliente um ambiente controlado e seguro onde ele possa adquirir suas soluções e recursos de TI em modelo de autoatendimento. Estes portais são implementados em camadas de software e têm capacidade de orquestrar recursos e ainda controlar volume de compras, atribuir direitos e proibições a cada uma das áreas de negócios e, principalmente, fazer o billing, já considerando cada um dos centros de custos.

A presença do Marketplace é essencial
Esta sincronia baseada em mecanismos de software causa uma revolução no consumo de recursos de TI das empresas. Um dos frutos desta revolução é que cada usuário ganhe responsabilidades e passe a realizar processos em harmonia com seu perfil de negócios. Neste modelo, é absolutamente transparente para o usuário onde estão hospedados estes recursos. Mais do que isto, é transparente para o usuário onde estarão armazenadas suas informações de dados, voz ou vídeo. É este Marketplace (nome dado pelo mercado aos grandes portais de ofertas de recursos na nuvem) o ponto principal de interação do usuário e das áreas de TI. Nesta nova era a área de TI desenhou, provisionou e avaliou o perfil de cada colaborador e suas características de negócios antes de disponibilizar o “vending machine” de serviços de TI.
Desenhado este cenário e disseminada a cultura pelo uso do portal aos usuários, as estruturas de TI são sim as responsáveis por determinar que recursos serão disponibilizados e implementados internamente (os recursos em nuvem privada) e os recursos que ficarão em nuvem pública, ou de terceiros. Este mesmo grupo é o responsável por, juntamente com os provedores, determinar as politicas de segurança, os volumes, os SLA’s e os métodos de transição que serão fundamentais na definição do que é publico e o que é privado.
Alguns índices e padrões já se desenham no mercado – é o caso dos volumes de workloads (tráfego). Ora, se uma aplicação opera 24 horas por dia e 7 dias por semana, os cálculos de ROI e TCO sempre recomendam que ela esteja dentro de casa, com custos controlados. Muitas outras aplicações com características de criticidade, sensibilidade a critérios de transmissão, segurança e diversos outros aspectos passarão por uma sabatina de testes e análises que indicarão nitidamente onde devem estar em cada momento da evolução dos negócios da empresa.
Somente quando se ultrapassar todas essas fases e trabalhos será possível à empresa dizer que seus serviços estão em um ambiente de cloud hibrida.

A importância de discutir o conceito “cloud das clouds”
Neste quadro, parte dos recursos estará em rede privada e parte em pública e, o mais importante, esses “mundos” serão integrados por um ambiente comum e transparente ao usuário – o Marketplace. A evolução destes ambientes e o momento atual de mercado esta exatamente nas movimentações de aplicações ou soluções da nuvem privada para a pública. Dentro destecontexto, o maior desafio é a movimentação de um provedor de nuvem pública a outro, seja em minutos ou horas. Lembre-se que, a cada movimentação, todos os recursos que compõe a solução (roteamento, segurança, balanceamento, switching) devem se movimentar de forma homogênea. É por esta razão que tanto se discute a cloud das clouds ou mesmo a integração entre os provedores de núvem publica.
Embora este assunto ainda esteja em aberto, grandes corporações que atuam simultaneamente em várias verticais de mercado têm planos e testes de ambientes híbridos, mas ainda com baixo volume de implementações reais, principalmente no mercado brasileiro. Do outro lado desta equação, os fabricantes investem em grandes merges e confederações para ganhar maior fatia de mercado e serem fortes candidatos a provedor da cloud das clouds.
O mundo digital, baseado em bigdata, redes sociais e mobilidade, já certificou e consolidou que nada existirá sem infraestrutura baseada em cloud. Com isso, as empresas que estavam fazendo pequenas experiências e testes de viabilidade devem acelerar seus investimentos e entendimentos ou correrão risco de desacelerar seu crescimento. Não há o risco de ficar de fora deste movimento – se a empresa ficar de fora da revolução que acontece agora, deixará de existir.

(*) É CEO & President da Go2neXt Cloud Computing Builder & Integrator.