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Tecnologia 20/08/2015

em Tecnologia
quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Conclusões Sobre Desenvolvimento para a Internet das Coisas

A Internet das Coisas (IoT) fez com sucesso a transição de um conceito futurista à realidade tangível. O fenômeno wearable e a promessa de um frigorífico ligado ou torradeira em cada ‘casa inteligente’ estão provando ser os primeiros pilotos, com o ecossistema suscetível de expansão ao longo do tempo

Tendencia temproario

Matthew Gharegozlou (*)

De fato, a evolução da Internet das Coisas – IoT – está acontecendo de uma forma mais rápida que a imaginada. De acordo com uma pesquisa global da Tata Consultancy Systems junto a 795 empresas, 12% das entrevistadas esperam investir até USD 100 milhões em IoT entre 2015 e 2018. A mesma pesquisa mostra que 3% das empresas globais planejam investir cerca de USD 1 bilhão nesse mesmo período. Nas empresas da América Latina, espera-se um crescimento de 18,3% nas receitas geradas pela adoção da Internet das Coisas.
Do ponto de vista da indústria de software, a avaliação também é de que esta tecnologia está em plena aceleração.
A Progress, encomendou uma pesquisa junto a 675 desenvolvedores de aplicações para avaliar suas expectativas com relação à Internet das Coisas (IoT). O relatório visa prever as tendências futuras nesse novo nicho de evolução muito rápida. Vejamos abaixo as principais conclusões:

1. O termo “IoT” é confuso
O que é Internet das Coisas? O que esse termo significa?
Parece haver resistência ao próprio termo por parte de 48% daqueles que responderam à pesquisa. O conceito chegou a ser descrito como confuso, enganoso, e até mesmo como uma jogada de marketing.
Para outros, a expressão tem sido tão usada a tal ponto de perder o seu significado. Fica a impressão de que, que antes de embarcar em uma discussão sobre a criação de um produto baseado em tecnologia IoT, a equipe de desenvolvimento pode precisar, primeiro, esclarecer a utilização desse termo. E é o que tentaremos neste espaço.

2. Trata-se de um nicho animador, mas exigente de muito preparo
45% dos entrevistados da pesquisa já estão envolvidos no desenvolvimento de ao menos uma aplicação IoT.
Fica evidente que é um nicho muito atrativo, a tal ponto de os desenvolvedores estarem trabalhando em dispositivos IoT, seja em seu dia-a-dia ou, pelo menos, nas horas vagas.
Nada menos que 77% dos desenvolvedores se dizem animados com o potencial do setor.
Entretanto, apenas metade dos entrevistados alegou ter as habilidades realmente necessárias para desenvolver tais aplicações, o que para alguns é preocupante. Daí o dado sintomático de que a maior tendência dos desenvolvedores é voltar suas estratégias para as tecnologias de código aberto que oferecem acesso bem mais fácil ao aprendizado, o que pode encurtar o caminho para a adoção.

3. O Que Já Está Funcionando na Área?
De acordo com os entrevistados, os segmentos mais interessantes e atualmente já servidos por dispositivos e serviços de desenvolvimento em Internet das Coisas, incluem os nichos de automação residencial, dispositivos wearable (usáveis) e de fitness, além de aplicações automotivas.
Saltam à vista alguns casos claros de sucesso como o recente IPO da FitBit (empresa global focada em objetos inteligentes para ginástica e uso pessoal) e com a popularização nas grandes lojas globais dos dispositivos domésticos da Nest (uma empresa especializada em produtos “smart” como câmeras de monitoramento doméstico, detectores de fumaça de cigarro ou controladores de temperatura ambiente).
Todos esses são exemplos de companhias com forte apelo de mercado que estão abrindo o mercado de consumo para os negócios relacionados à Internet das Coisas.
Tais aplicativos podem ser vistos, portanto, como pioneiros em uma história que ainda está se desenrolando.

4. As Tendências Futuras
Saúde, aplicações de uso urbano e automotivas são classificadas com alto potencial para futuras aplicações de Internet das Coisas.
Acompanhando, por exemplo, as estatísticas relativas ao nicho de saúde, que é um mercado de particular interesse para mim, posso destacar que já existem plugins disponíveis no mercado, prontos para facilitar o desenvolvimento de aplicações para uso médico-hospitalar voltados para iOS. Este é o caso, por exemplo, do plugin HealthKit Cordova, desenvolvido pela Telerik, que pode ser facilmente acessado.
A ponte entre a coleta de dados de saúde e o compartilhamento adequado de dados, com segurança e proteção para os prestadores de serviços de saúde, permanece um desafio-chave na evolução deste setor, mas é um segmento animador para se acompanhar de perto.

5. Você pode ganhar dinheiro com a Internet das Coisas… mas ainda no futuro
Apenas 65% das aplicações de Internet das Coisas foram relatadas como tendo gerado receitas pelos pesquisados. No entanto, os desenvolvedores parecem acreditar que o foco em serviços de gerenciamento de dados de usuários apresentou um potencial mais estratégico em termos de negócios. Há uma expectativa de que a receita venha a aumentar à medida que este campo das aplicações amadurece um pouco mais.

6. Android e Java são particularmente populares como plataforma e linguagem, respectivamente
Neste levantamento, Java e Android foram citados como a forma preferida para se desenvolver aplicações para Internet das Coisas. Munidos com o conjunto de ferramentas de sua escolha, apenas 50% dos desenvolvedores sentiram que tinham as habilidades e recursos para entregar aplicações IoT capazes, por exemplo, de ler, armazenar e analisar os dados retornados a partir de sensores.

(*) É Vice-presidente da Progress para a América Latina e Caribe


HDL oferece DDNS gratuito para seus dispositivos

A HDL, marca do Grupo Legrand, presente no mercado de segurança há 39 anos, oferece aos seus clientes o serviço de DDNS, que foi criado para permitir o acesso remoto a todos os dispositivos HDL, de forma gratuita e totalmente confiável. Com o desenvolvimento de sistemas de vigilância, cada vez mais usuários buscam realizar o serviço através da rede e a solução mais utilizada para acesso à Internet é o DDNS (Dynamic Domain Name System).
Esse serviço facilita o acesso remoto através da utilização de domínios com nome personalizado ao invés de endereços IP, por exemplo: “www.loja.legrand-ddns.com.br” ao invés de “http//xxx.xxx.xxx.xxx”. Além disso, o serviço é gerenciado diretamente pela equipe de suporte técnico da HDL (www.hdl.com.br).

Crowdfunding é uma opção para quem foi abandonado pelo FIES

Vinicius Maximiliano (*)

Que os custos de formação educacional estão cada vez mais altos no Brasil, não é novidade alguma. Afinal, com o incremento da classe média da última década, instituições de ensino superior tem obtido um crescimento pela procura de vagas em todas as esferas da graduação

Contudo, igualmente não é um segredo que, em geral, uma formação “completa” demanda muito Investimento, seja da família ou do próprio estudante, que muitas vezes acaba recorrendo ao famoso FIES – Fundo de Financiamento Estudantil. Sem entrarmos no mérito do programa (se é bom ou ruim, eficiente ou não), tampouco no custo final da utilização dele após a formação do estudante, o que nos interessa nesse artigo é a redução drástica que o governo promoveu nos repasses e novas concessões do financiamento.
Essa “tesourada” deixou milhares de estudantes e suas famílias em uma situação sem precedentes no Brasil desde a redemocratização: quem está no meio do curso, não vai conseguir terminar porque não teve nova concessão; quem estava buscando entrar numa faculdade, pode até ser aprovado na instituição, mas não está sendo aprovado no FIES; e por fim, quem está fazendo programas de pós-graduação praticamente ficou sem qualquer alternativa viável.
Segundo dados do MEC, mais de 178 mil alunos simplesmente tiveram seus pedidos indeferidos, já que a conta ia custar alto demais, segundo o Governo. E assim, todos esses alunos ficaram órfãos do subsidio federal. Mesmo diante de uma disputa judicial, o Ministério da Educação simplesmente não cumpriu a determinação liminar, e deixou milhares de alunos sem resposta.
Mas ai você me pergunta: tá, parou o FIES, não há expectativa de quando o programa volte a aceitar inscrições, as universidades estão reclamando que não estão recebendo os repasses do governo federal… e o crowdfunding com isso?
O financiamento coletivo (conhecido mundialmente como crowdfunding) foi uma alternativa encontrada nos EUA para reduzir e viabilizar os altíssimos custos com a educação superior naquele país. Ao contrário do Brasil, quase a totalidade do ensino superior norte americano é pago, ou seja, a família e o estudante tem que se preparar a vida toda para poder pagar os custos de formação educacional. E isso gera naturalmente um passivo a pagar muito grande, comprometendo a vida profissional dos estudantes quando concluem sua formação.
Observando que esse mercado estava sofrendo com as dívidas dos ex-alunos, e fazendo com que os novos não conseguissem honrar seus compromissos financeiros, foram criados sites específicos e direcionados de crowdfunding para ajudar o estudante a financiar seus estudos. A troca, em geral, além da resiliência em viabilizar a formação superior de alguém, vai de recompensas pela doação até participação dos ganhos profissionais do aluno por um determinado período de tempo.
Existem inclusive sites que auxiliam os estudantes com mentores ao longo da formação na graduação, além de vincular o financiamento das despesas universitárias a uma participação nos seus ganhos futuros.
Observem que, se adotarmos o financiamento coletivo para esse tipo de suporte, não ganharia somente o estudante, mas as próprias instituições de ensino em si. As cotas anuais da graduação seriam pagas à vista, ou seja, gerariam fluxo de caixa imediato para as instituições.
Ganharia o governo, que teria reduzida sua obrigação de repasses para fomentar o fluxo de caixa das universidades. Ganharia a família, que poderia se programar ao longo de toda a faculdade para devolver os valores investidos, além de claro, o estudante, que poderia se dedicar com muito mais afinco na sua formação para que a “rentabilidade” do investimento seja muito maior.
Ademais, sempre que se financia a formação de alguém, não se quer somente o dinheiro de volta: deseja-se ter um profissional qualificado, competente, diferenciado e que dê certo, ou seja, uma cobrança “social” para que ele faça jus ao apoio que teve. Alguns sites, por exemplo, vinculam que os beneficiados pelos financiamentos coletivos façam o mesmo após se formarem, gerando um ciclo virtuoso de financiamento x novos financiados x retorno do investimento!
O Brasil, como deixo claro no livro “Dinheiro da Multidão: burocracia x oportunidades no crowdfunding nacional” ainda não possui uma legislação clara sobre as regras de adoção do crowdfunding, o que possibilita uma gama bastante ampla de possibilidades, entre elas sites especializados em financiamento coletivo para estudantes abandonados pelo FIES.
Infelizmente o Brasil ainda dispõe de poucas alternativas ou institutos que possam suprir toda a demanda por bolsas de estudos de todos os beneficiá­rios do FIES e que ficaram desamparados, de modo que estamos no momento ideal (o chamado timing de negócio) para o lançamento de uma plataforma dedicada a viabilizar financiamento coletivo aos nossos alunos!
E então, o que acha da ideia? Se quiser conhecer mais sobre os sites que falei, esse link (http://crowdfunding.about.com/ od/Placeholderrr/tp/ Fund-Your-Education-Using-These-Crowdfunding-Sites.htm) tem uma pequena relação do que esta disponível (em inglês)!

(*) É advogado corporativo, gestor contábil e financista. Possui MBA em Direito Empresarial pela FGV. É Especialista em Direito Eletrônico pela PUC/MG, atuou como advogado de Propriedade Intelectual no Brasil para a Motion Picture Association (MPA), Associação de Defesa da Propriedade Intelectual (ADEPI) e também para a União Brasileira de Video (UBV).