Dicas de TI para manter os negócios funcionando durante os Jogos Olímpicos Rio 2016Quando tiver início os primeiros Jogos Olímpicos da América do Sul na cidade do Rio de Janeiro é provável que o que ocorreu em outras localidades, como em Londres 2012, possa voltar a se repetir Dirk Paessler (*) Durante várias semanas o transporte foi afetado, afinal um contingente grande de pessoas passou a circular, tanto que o prefeito da capital britânica para evitar transtornos buscou sensibilizar as empresas para que uma parte dos colaboradores trabalhassem de casa. No Brasil, as empresas também podem repensar a forma de fazer negócios, incentivando seus funcionários a trabalhar em home office, interagirem por meio de vídeo ou web conference ao invés de reuniões presenciais, e investir em uma infraestrutura de TI confiável para que os negócios fluam naturalmente. Para isso, Dirk Paessler, CEO da Paessler AG, traz algumas dicas sobre como manter a tecnologia de uma empresa estável durante as Olimpíadas. 1. Comece a monitorar desde já Se sua empresa já dispõe de alguns funcionários que trabalham remotamente, já comece a monitorar o uso da rede agora. Isso lhe dará um bom ponto de partida para ter uma previsão da estabilidade da rede de sua empresa durante os jogos e garantir que você tenha capacidade suficiente. Observe a quantidade média de tráfego da Internet que um colaborador remoto precisa e multiplique-o pelo número de funcionários que possam vir a trabalhar de casa durante os Jogos Olímpicos. 2. Repense seu plano de contingência A maioria das empresas possui um plano de contingência geral, cuja viabilidade dependerá do acesso à rede de TI. Mesmo com a rede sendo monitorada, vale a pena manter o plano atualizado antes do início dos Jogos Olímpicos, para garantir que os negócios não fiquem paralisados se ocorrer uma interrupção na rede. Isso minimizará qualquer tempo de inatividade e garantirá que os funcionários estejam bem preparados, se ficarem sem acesso às informações. 3. Planeje um dia de testes Planeje com antecedência um dia de testes. Configure os recursos adicionais que você acha que vai precisar e monitore de perto os efeitos na sua rede. Por exemplo, combine com os funcionários de se conectarem com a empresa quando estiverem em casa e, então, observe qual foi o impacto em sua infraestrutura. 4. Configure áreas de visualização Alguns dos eventos dos Jogos Olímpicos podem ser mais populares do que outros. Identifique aqueles que a maioria dos funcionários vai querer assistir como, por exemplo, as partidas de basquete, futebol ou vôlei. Programe um plano de carga extra em sua rede durante esses jogos. Outra alternativa é instalar algumas TVs no escritório, assim pode se evitar um elevado tráfego de visualizações de vídeos pela Internet. 5. Fique atento aos ciber criminosos Grandes eventos globais costumam atrair criminosos que se aproveitam do aumento da atividade online. Alerte os funcionários sobre a abertura de qualquer link ou anexos de e-mail que estejam relacionados às Olimpíadas, pois podem conter vírus. Verifique ainda se o antivírus está instalado e é atualizado regularmente em todos os PCs, notebooks e tablets. 6. Não confie em downloads Devido ao uso excessivo, redes Wi-fi podem ficar sobrecarregadas devido à grande quantidade de usuários. Se você precisar de documentos quando estiver fora da empresa, leve uma cópia impressa ou salve-os no disco rígido do seu notebook ou tablet. Se fornecer pen drives para os seus empregados, certifique-se de que estejam criptografados e suficientemente seguros para evitar vazamentos de dados se forem perdidos. 7. Tenha o kit certo Assegure-se de que os funcionários estejam bem equipados para trabalhar remotamente. Isso inclui testar as capacidades dos computadores pessoais, notebooks, tablets e smartphones. Crie um site FTP seguro para permitir que seus colaboradores acessem facilmente os arquivos necessários para o trabalho. 8. Receba pelo que pagou Contate seu provedor de serviços de Internet para discutir os acordos contratuais e os serviços que esperam oferecer-lhe durante as Olimpíadas. Eles podem lhe ajudar a gerenciar a demanda de pico ou recomendar upgrades de rede para aumentar a banda larga em determinados locais. 9. Reorganize reuniões Evite agendar reuniões ou eventos que utilizem grande quantidade de recursos de rede. Essas reuniões podem criar perturbações externas à sua rede e, assim, afetar o seu trabalho. Tente não planejar o grande webcast mensal da sua empresa durante os Jogos Olímpicos. Se você costuma utilizar o Skype para contatar os seus parceiros, é melhor ter um telefone fixo por perto para qualquer eventualidade. (*) É CEO da Paessler AG. | Tecnologia da Informação a favor do seu negócioAs evoluções da economia mundial, junto com o aperfeiçoamento das ferramentas no ambiente de trabalho, permitem que as empresas aproveitem os avanços da Tecnologia da Informação para melhorar os sistemas, mecanismos empresariais e de mercado. Dentro do gerenciamento de uma empresa, a TI é vista como atividade agregadora de valor, principalmente quando é bem administrada. Em expansão no mercado, o Grupo DC Tecnologia é um exemplo de empresa que oferece soluções ágeis e eficientes para melhorar os processos nas organizações, sendo eles internos ou externos. Para o CEO Marcos Aurélio Pereira, muitos empreendedores têm enxergado a Tecnologia da Informação como um meio de inovar e se fortalecer diante da crise. “ Vemos cada vez mais os empresários se posicionarem diante do negócio digital. São soluções que variam desde as que proporcionam a segurança dos dados, monitoram ou facilitem transações financeiras. Elas dão tranquilidade no ambiente empresarial e é um ganho na performance operacional para todos as pessoas envolvidas”, resume. Na própria empresa Pereira vê diariamente as mudanças positivas com processos de TI. “ Como a maioria das soluções visam a agilidade nos processos das organizações, os funcionários têm mais tempo para fazer outras atividades e o trabalho rende mais. O que antes gastaríamos 26 colaboradores para fazer, hoje resumimos na metade. É um efeito em cadeia e como consequência temos uma melhoria no faturamento. Só para esse ano prevemos um crescimento de 25%”, relata. Diante da crise, Pereira diz ser um privilegiado. “Aproveitamos dos nossos produtos para sairmos bem no mercado. Apesar de convivermos com diversos desafios, sinto-me honrado de sobressair diante do atual cenário econômico”, acrescenta. Dos aparatos mais utilizados por eles do Grupo, Pereira destaca o de monitoramento remoto do ambiente de TI em tempo real, o DCMon. “Ele identifica, antecipadamente, os riscos que nossas informações podem estar submetidas. Sabendo disso, tomamos a medida necessária antes mesmo dos problemas se tornarem emergências. Dessa forma, minimizamos as paradas e interrupções do nosso negócio e também dos nossos clientes”, afirma. O engenheiro e empresário Renê Ferraz Vassian, da Braslimpo, entende que a aplicação da TI é um caminho sem volta nas organizações. “ Devemos utilizar a tecnologia a nosso favor. Apesar do alto valor aplicado e do trabalho intenso na hora da instalação, sempre consegui ter um retorno rápido sobre o valor investido em meus negócios. Além de ter a empresa inteira informatizada, tenho o controle de tudo que acontece aqui”, explica. Recentemente Vassian adquiriu o sistema de nota fiscal eletrônica (NFE-mais) e afirma que sua implementação tem sido grande aliada do desempenho deles no mercado. “A ferramenta agilizou os processos para importação das notas, além de ter menos risco de erros e mais confiança nas informações. Podemos monitorar em tempo real todas as notas que são emitidas por nossos fornecedores e também as que são emitidas para nossos clientes, observando as que foram canceladas, negadas, com algum tipo de irregularidade e até mesmo as cartas de correções. O processo diminui assim, o risco de emissões fraudulentas”, diz. Mária Stricker, gerente de produtos do Grupo DC Tecnologia, explica que a velocidade do sistema de nota fiscal eletrônica atrai para que os empreendimentos queiram aderir ao NF-e nos próximos anos. “ A empresa conta com a agilidade e segurança da solução, além de garantir que as notas serão salvas em poucos minutos após a sua emissão. Essas mesmas notas fiscais são validadas, para que não se tenha NF-e frias armazenadas”, pontua. Novos materiais: desejo, realidade ou necessidade para nossos veículosMarco Colosio (*) Em todo o globo o mercado automotivo tem passado por uma revolução tecnológica, porém de forma diferenciada na aplicação de novos materiais, sobretudo para os produtos brasileiros Exemplo são os novos aços, que têm tornado os veículos mais leves, eficientes e seguros, sem necessariamente encarecer o produto final. Tal oportunidade é arduamente estudada pelas engenharias, que têm associado os novos aços aos novos produtos. Para tanto, estes materiais necessitam ser especificados em alinhamento às fases iniciais dos projetos veiculares. Materiais como os alumínios também têm sido modelo para veículos mais leves e começam a despertar atenção de todos para uma proximidade de seu emprego maciço nos veículos. Outros materiais, como os sinterizados, poliméricos e compósitos, já têm mostrado grande fôlego de se situar neste difícil mercado. Peças até então definidas como materiais ferrosos e não ferrosos passam a ser focadas neste universo de oportunidades como opção viável e possível. Isto sem contar que as diferentes formas de fixação, como a soldagem, estão fortemente interagindo com estes materiais. Como podemos identificar estas oportunidades sem antes conhecê-las? Parece uma tarefa fácil, mas não é porque requer das engenharias acompanhar de perto as tecnologias globais, estar atento aos projetos que estão iniciando, saber exatamente o momento de indicação e, então, apostar nestes novos materiais para a construção de um veículo tecnologicamente mais avançado. Focando o nosso País, diversificado ao extremo em sua natureza automotiva e altamente competitivo diante das dezenas de montadoras instaladas aqui, há enorme potencial de oportunidades que podem fazer a diferença neste mercado. O segmento automotivo é motivado a mudanças, como as advindas de programas brasileiros como o Inovar-Auto, pela necessidade de superar a concorrência local e se tornar marca e produto de sucesso. Os novos materiais se situam dentro de cenário de apostas e podem ser avaliados como “um caso de fazer algo diferente” e inovar o produto. Como exemplo entre as mais diferentes formas já conhecidas há o recente caso da Pick Up em alumínio, que de uma oposta americana se tornou um case de superação e sucesso. Outro item de projeção tecnológica são os aços estampados a quente (PHS), que têm revolucionado o nosso mercado e, certamente, representam a fórmula certa para atingir os elevados índices de segurança veicular. Existem ainda exemplos excepcionais. Quando pensaríamos em usar uma engrenagem sinterizada de transmissão no lugar de uma forjada? Isto já é uma realidade. Existem casos que ainda poderiam ser sonhos, mas já são realidades, como a aplicação de compósitos e polímeros em peças de capô, paralamas e até rodas. Interessante notar que aspectos brasileiros se diferenciam dos globais devido aos nossos volumes, aplicações e disponibilidade local destes materiais. Como a fórmula adotada globalmente não se aplica por aqui, realinhamentos estratégicos precisam ser definidos. Diante de todo este cenário, ainda desponta a ciência da nanotecnologia, advinda de tecnologias avançadas em processamentos, que atuam em todos estes segmentos de novos materiais, processos, manufaturas e propriedades. Fato é que tais tecnologias farão os materiais serem vistos de uma forma diferente em um futuro próximo. A discussão é enorme e merece atenção dos especialistas para estes temas, que serão debatidos durante o 9º Simpósio SAE BRASIL de Novos Materiais e Nanotecnologia, no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em São Paulo, no dia 7 de junho. (*) É o chairperson do 9º Simpósio SAE BRASIL de Novos Materiais e Nanotecnologia. |