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Tecnologia 19 a 21/09/2015

em Tecnologia
sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Quão seguros são os carros conectados?

No começo de agosto, a Revista Wired publicou um artigo intitulado ‘Hackers pararam remotamente meu jipe na estrada – comigo dentro’ detalhando a ação experimental de dois hackers, Charlie Miller e Chris Valasek. Nas palavras do jornalista, Andy Greenberg, ele havia concordado em fazer parte dessa aventura como ‘boneco de testes para uma colisão digital’

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Tony Anscombe (*)

Os hackers conseguiram controlar remotamente muitas funções importantes do jipe, incluindo frenagem, transmissão e aceleração, além do limpador de para-brisas, ar-condicionado e rádio. Claro que a ameaça parece muito mais real e perigosa quando a pessoa consegue controlar as funcionalidades de condução e segurança do veículo.

Em 2013, Miller e Valasek já haviam provado ser possível hackear um carro, testando um Ford Escape e um Toyota Prius. Mas naquela época eles fizeram isso do banco de trás do carro e precisaram se conectar fisicamente a ele. Essa última demonstração de suas habilidades prova que hoje é possível controlar um carro remotamente, o que, claro, representa um risco totalmente diferente.

Essa história tem muitas similaridades com os recentes relatos sobre a capacidade de interceptar uma aeronave e controlá-la do solo. Especialistas em aviação se apressaram em divulgar que só alguns aviões possuem sistemas de informação e entretenimento conectado ao controle da aeronave e que, em todos os casos, o piloto tem um botão de controle manual no cockpit que permite assumir o controle e voar sem a dependência de tecnologia caso seja necessário.

Apesar de semelhantes, tratam-se de duas indústrias muito diferentes. A indústria automotiva parece se mostrar reticente quanto à regulação e definição de normas definitivas para carros conectados antes da disponibilização do produto para usuários finais.

Outra preocupação que tenho em relação a essa e outras histórias de vulnerabilidades em carros é o método de correção do problema. Há uma atualização de software disponível para a Jeep, por exemplo, que pode ser carregada por um stick USB. Apesar de soar simples, esse tipo de providência não deveria ser deixada a cargo do consumidor. Em caso de defeito de fabricação, os carros sofrem recall e são submetidos a profissionais treinados para consertá-los. Por isso, acredito que além do revendedor carregar/atualizar o software do sistema, quando uma grande vulnerabilidade como essa é encontrada as empresas deveriam fazer um recall completo e assumir a responsabilidade.

Eu me pergunto quantos motoristas de carros conectados possuem a versão mais recente do software instalado? Suspeito que muitos motoristas de BMWs que estavam sujeitas ao hack de ‘desbloqueio’ realizado no início deste ano ainda estão dirigindo por aí num carro vulnerável.

Mas há luz no fim do túnel. Os departamentos responsáveis pelos parâmetros nesta área nos EUA e Reino Unido comprometeram-se a traçar novas orientações contra esse tipo de falha. Tenho certeza que nos próximos meses esses guias serão publicados, mas, claro, a implementação na fabricação leva tempo e o risco só cresce com cada novo carro ‘conectado’ que sai da linha de produção.

(*) É evangelizador de segurança e especialista em Mobile da AVG Technologies.


TVs e blu-ray Sony terão aplicativo Looke

A partir de agora diversos modelos de TVs e blu-ray Sony contarão com o Looke – plataforma brasileira de streaming de vídeo que aposta na diversidade e oferta variada de conteúdo. São mais de oito mil vídeos, entre filmes, documentários, shows musicais e séries, já disponíveis no aplicativo.
Para a Sony, a parceria é muito importante para oferecer mais opções de conteúdo e melhorar a experiência do consumidor com os equipamentos da marca. “O Looke é um serviço diferenciado dentre os demais, uma vez que é um serviço de streaming brasileiro, que disponibiliza muito conteúdo nacional de qualidade”, explica a responsável pela Estratégia para Desenvolvimento de Negócios LATAM da Sony, Thaisa Yamamura.
Os parceiros criaram uma promoção para quem deseja experimentar os benefícios do serviço. Acessando o site https://www.looke.com.br/sonytv , os consumidores automaticamente receberão em seu e-mail um cupom que os permitem assistir a qualquer filme da página de promoção.
Caso ainda não tenha cadastro no Looke, o usuário que se cadastrar terá um mês de serviço grátis e mais quatro filmes (Colheita Maldita, o Ilusionista, Um ato de liberdade, Putz! A Coisa tá feia) disponíveis para assistir quando quiser. Ao final do período, o consumidor pode optar por uma assinatura sem limites de uso, por R$ 18, 90 mensais, ou pelo aluguel ou a compra de conteúdos individualmente.
“Essa parceria é fundamental para o Looke, pois conseguimos ampliar a abrangência do nosso serviço, alcançar mais pessoas e facilitar o acesso ao aplicativo”, ressalta o diretor de Business Affairs da Looke, Luiz Guimarães.

Empreendedorismo digital: por que é uma boa ideia em tempos de crise?

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De acordo com o relatório Webshoppers, do E-bit, no primeiro semestre de 2015 o e-commerce no Brasil faturou R$ 18,6 bilhões, provando que negócios digitais podem gerar bons frutos, mesmo em tempos de mercado frio.
Com o mercado passando por uma fase de baixa devido à crise econômica, as perspectivas de negócios em geral não são muito promissoras e vários setores já foram afetados. Com a alta do desemprego nos últimos meses, que, segundo dados do Pnad Contínua divulgados pelo IBGE, bateu a taxa de 8,3% no segundo trimestre deste ano, muita gente acaba pensando em soluções alternativas para gerar fonte de renda. No entanto, apesar de ser um momento econômico preocupante, tempos de crise podem aflorar o espírito empreendedor nas pessoas, que precisam buscar formas criativas para se reinventar e sobreviver.
De fato, existem dois tipos de empreendedores: aquele que tem o senso de empreendedor natural, que quer solucionar algum problema e fazer algo diferente, principalmente em momentos de crise. E o outro, que é aquele que tem a oportunidade de empreender, pois perdeu o emprego e precisa buscar outra forma de se sustentar. Para esse segundo grupo, perder o emprego é como um empurrãozinho que faltava para tirar aquela ideia do papel e dar o start no seu negócio. Nota-se que atualmente a vontade de empreender faz parte da mentalidade das pessoas, e pode-se perceber maior curiosidade e vontade de começar o próprio negócio nos últimos tempos. De acordo com uma pesquisa realizada pela Endeavor em 2014, 60% dos estudantes universitários brasileiros querem se tornar empreendedores, mas menos de 10% colocam suas ideias em prática. Talvez o que lhes falta é o pontapé inicial, aquela oportunidade motivadora que incentiva o empreendedor a arriscar e investir.
Por isso, unindo-se a vontade com a necessidade, empreender pode ser a alternativa ideal para sobreviver à crise. Claro que começar um negócio não é fácil, exige investimento, dedicação e disposição para tomar riscos. Porém, em tempos de crise, deve ser um “risco controlado” e por isso tudo deve ser feito com bom senso e cuidado. Mas, então, como pode um desempregado investir dinheiro em um novo negócio agora? A resposta é mais simples do que parece: basta apostar no empreendedorismo digital. Hoje em dia, existem diversas ferramentas e serviços para criar de uma identidade online e loja virtual que são extremamente acessíveis, tornando possível a criação de um novo negócio na Internet pelo preço de um cafezinho. Vale destacar que, apesar do momento de mercado frio, os negócios digitais ainda rendem bons frutos, pois segundo o relatório Webshoppers, do E-bit, no primeiro semestre de 2015, o e-commerce no Brasil faturou R$ 18,6 bilhões, um crescimento de 16% em relação ao mesmo período ano passado.
Por isso, a plataforma online acaba sendo a melhor opção, já que tem baixa barreira de entrada, permitindo que se inicie um negócio com investimento pequeno. Além disso, o empreendedorismo digital continua crescendo, apesar do cenário econômico pessimista, mostrando que para sobreviver à crise, é preciso pensar fora da caixa e finalmente arriscar e investir naquela ideia que estava na gaveta há anos.

(Fonte: Cristiano Mendes é diretor de Business Development para América Latina da GoDaddy, maior provedor de tecnologia para pequenas empresas).

Produtividade e tecnologia precisam ser obsessões

Roberto Cortes (*)

Estamos na fase final dos preparativos para o 24º Congresso e Mostra Internacionais SAE BRASIL de Tecnologia da Mobilidade que este ano terá como foco produtividade e tecnologia

Escolhemos esse tema não apenas movidos pelo anseio de ajudar a indústria no Brasil passar pela crise, mas principalmente porque são essas as áreas vitais para a recuperação depois que a tempestade passar.
Estou convencido de que produtividade e tecnologia precisam ser as obsessões de todo empreendimento que queira sobreviver no País, na crise e fora dela. E foi com essas premissas e uma boa pitada de criatividade que conseguimos construir um congresso, diga-se, o maior do hemisfério Sul, em um ambiente cujo pessimismo supera razões puramente econômicas.
Fui convidado para ser o presidente do Congresso SAE BRASIL 2015 há quase um ano, com a responsabilidade de fazer o congresso num período complicado. Desde o início me envolvi muito mais do que achei que fosse necessário para acompanhar o andamento das inúmeras reuniões dos grupos de trabalho, formados por engenheiros voluntários e realmente dedicados a fazer do congresso um evento interessante.
Na indústria, em um cenário como o atual, é preciso ser flexível, adaptar-se e pensar fora da caixa. Assim também no congresso, aplicamos princípios simples, mas eficazes para combater o mau humor do mercado.
A SAE BRASIL é uma associação sem fins lucrativos, mas não pode abrir mão de ser sustentável. Como no Brasil de hoje, que precisa de um fato novo para trazer de volta a confiança, buscamos neste congresso trazer coisas novas. Nosso esforço se concentrou em que este seja um congresso relativamente diferente dos outros na participação de novos players na Mostra Tecnológica, além dos tradicionais – montadoras e grandes sistemistas. Então saímos com algo bem mais acessível para trazer pequenas empresas.
O Congresso SAE BRASIL é diferente de qualquer outro evento do gênero, não tem finalidade comercial, é focado na atividade acadêmica e científica. Vamos falar de assuntos de produtividade de fábrica, de engenharia, de novas tecnologias, vamos tocar no que seria necessário para a produtividade do Brasil e não só dentro dos muros das fábricas. Entraremos também em temas transversais, de infraestrutura e custo Brasil, porque sem isso nunca seremos produtivos, debateremos a questão da renovação de frota.
Convidamos grandes autoridades nos temas da mobilidade para o objetivo de falar de tecnologia, inovação, e produtividade, mas não nos furtaremos de falar do mercado. Nosso ponto de partida é a convicção de que mais dia menos dia o Brasil vai ter que se abrir, e quando isso acontecer precisaremos de muita produtividade e tecnologia.
Todos os painéis do Congresso SAE BRASIL são focados nessa tônica, cada um em seu segmento de atuação. Teremos 23 painéis e fóruns, três âncoras – Engenheiros-chefes, Presidentes e Internacional e outros especializados nos setores Aeroespacial, Caminhões e Ônibus, Compras, Duas Rodas, Ferroviário, Logística, Manufatura, Máquinas Agrícolas e de Construção, Motorsport, Qualidade, Segurança Veicular, Tecnologia da Informação, Telemática e Infotainment e Veículos Elétricos e Híbridos.
Participo do Congresso SAE BRASIL como presidente da MAN todos os anos, e este ano, além de presidir o evento, representarei a empresa em dois painéis. Faço questão de estar presente nesse evento e de fazer a MAN participar, porque acredito na pesquisa, na inovação e na engenharia brasileira.

(*) É presidente do Congresso SAE BRASIL e da MAN Latin America.