173 views 23 mins

Tecnologia 18 a 20/06/2016

em Tecnologia
sexta-feira, 17 de junho de 2016

Cidades inteligentes melhoram a qualidade de vida dos cidadãos

Atualmente 3,9 bilhões de pessoas vivem em áreas urbanas. Esse volume representa mais da metade da população mundial (54%) e a expectativa, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), é alcançar 70% até o final deste século. No Brasil, o cenário reforça a intensificação do processo de urbanização, uma vez que 85% da população já vive em áreas urbanizadas

49 tempsorario

Bruno Musa (*)

Essa grande concentração de pessoas em um mesmo espaço demanda infraestrutura capaz de garantir serviços públicos – como educação, saúde, segurança, entre outros – com qualidade. Nesse sentido, é imperativo que a administração pública realize a gestão dessas atividades de forma eficiente, priorizando a melhoria da qualidade de vida do cidadão. A busca por tecnologias que proporcionem às cidades serviços inteligentes é saída para enfrentar esse grande desafio.
Entre as alavancas para essa mudança digital estão: a disseminação das mídias sociais – conectando a sociedade na rede e proporcionando uma interação virtual -, a explosão do acesso móvel de banda larga e dos aplicativos de serviços e o avanço de computação em nuvem. As técnicas de Big Data e suas aplicações também contribuíram para a transformação do mundo digital e não é para menos, já que a cada dia são gerados 2,5 trilhões de bytes de dados e 90% dos dados disponíveis até hoje foram criados nos últimos dois anos.
A resposta das cidades aos desafios contemporâneos é o que sustenta o conceito de smart cities, indicando sua relevância, tendo em mente que o desenvolvimento das cidades inteligentes não deve ser encarado como uma simples possibilidade, mas sim uma real necessidade. Estamos cada vez mais próximos dessa realidade em que o universo digital se fundirá completamente às necessidades da sociedade. Desta forma, a smart city precisa englobar essa inteligência nas esferas humana e coletiva por meio dos pilares da inovação, gestão pública, sustentabilidade, inclusão e conectividade.
Seguindo estes conceitos, algumas cidades já contam com soluções inteligentes que beneficiam diretamente a população. No município de Castle Rock, no Colorado (EUA), a prefeitura disponibilizou ferramentas que permitem que seus cidadãos atuem diretamente na governança. Por meio de um aplicativo, os moradores votam online sobre a instalação de espaços públicos como parques na cidade e podem se cadastrar para receber alertas da polícia. Um banco de dados inteligente envia mensagens sobre crimes e acidentes, permitindo às pessoas desviarem caminhos ou ficarem em casa. No Brasil, o município de Maringá implantou semáforos inteligentes, que funcionam de acordo com o fluxo de carro na via. Um dos projetos mais conhecidos do país em Águas de São Pedro, no interior paulista, escolhida para ser a primeira cidade digital brasileira e palco atual de diversas soluções tecnológicas nas áreas de educação, saúde, iluminação pública, segurança, entre outros. Das tecnologias implantadas para tornar a cidade inteligente, a primeira delas foi com relação ao estacionamento, no qual foram instalados sensores ópticos nas ruas que oferecem aos moradores e turistas a opção de checar em tempo real a disponibilidade de vagas para estacionar, por meio de um aplicativo de celular ou tablet.
Esses projetos evidenciam que setores como gestão pública, segurança, mobilidade, educação, saúde e energia beneficiam-se diretamente com as aplicações inteligentes. Entretanto ainda existem entraves para a viabilização das smart cities, especialmente no que diz respeito à integração dessas áreas. Para que a cidade não seja apenas digital, e sim inteligente, é fundamental que exista um cruzamento das informações geradas pelas soluções digitais e, infelizmente, esses dados ainda não conversam entre si.
Os projetos devem ser desenvolvidos de maneira Bottom Up, ou seja, observando o cenário de baixo para cima e planejando serviços digitais que proporcionam valor direto ao cidadão. Esse valor pode ser gerado, por exemplo, por meio da implantação de uma rede Wi-Fi, no qual a plataforma consegue levantar indicadores de quantas pessoas frequentam, faixa etária, sexo, fluxo por horário, para identificar as pessoas para possíveis ações de comunicação.
Na área de educação a adoção de soluções inteligentes possibilita a criação de salas digitais para melhoria do aprendizado e engajamento dos estudantes, que integram desde a lista de presença até o plano de aula do ano letivo. Já na saúde, ferramentas e-health aprimoram a assistência aos pacientes, além de outros grandes benefícios como prontuário eletrônico, agendamento de consultas online e saúde domiciliar. Com a integração das soluções inteligentes, é possível cruzar os dados e entender o que acontece em situações específicas. Por exemplo, se um aluno teve baixo desempenho em uma prova de história, por meio dos indicadores é possível saber se ele estava presente no dia em que o conteúdo foi apresentado em sala de aula e, em caso negativo, qual o motivo, se ele estava hospitalizado, com algum problema em sua moradia, etc. Esse é o grande objetivo dos projetos de cidades inteligentes.
As soluções inteligentes otimizam os serviços públicos por meio de uma gestão analítica das informações sobre onde os recursos estão sendo consumidos. Esses dados possibilitam uma melhor monitorização e gestão por parte do município e permitem que os cidadãos façam uma utilização mais consciente, reduzindo custos operacionais de manutenção e aumentando o tempo de vida da infraestrutura existente. Uma cidade inteligente utiliza a tecnologia para melhorar a qualidade de vida da população proporcionando uma nova maneira de viver na cidade.

(*) É CFO da Tacira

Liberdade por meio de um negócio online

homem-na-praia-de-terno tempsorario

Ter mais liberdade para fazer as coisas que realmente gosta e melhorar sua qualidade de vida são os desejos da maioria das pessoas em todo o mundo, certamente. E o arquiteto Bruno Picinini conseguiu realizar estes sonhos através da criação de seu empreendimento digital. A fim de propagar seu conhecimento para o maior número de pessoas possível, ele idealizou os siteswww.empreendedor-digital.com e https://feriassemfim.com, em que fornece dicas e conta passo a passo como conseguiu montar um negócio online rentável em pouco tempo e sem muitas complicações, tornando-se seu próprio chefe, usufruindo de horários flexíveis e ganhando liberdade para fazer mais atividades prazerosas. Picinini faz questão de salientar, contudo, que não se trata de ganhar dinheiro fácil, sendo necessário “arregaçar as mangas” e trabalhar seriamente e com organização para alcançar seus objetivos.
Formado em arquitetura, Picinini aproveitou ao máximo a faculdade, cursando diversas disciplinas, que conciliava com outras atividades acadêmicas, práticas esportivas, e estágios profissionais, inclusive no exterior, especificamente na Alemanha e na Austrália, onde permaneceu por seis meses (cada) e trabalhou como garçom para ajudar a custear os estudos.
Após sua formação, mesmo gostando do que fazia, a prática profissional na área durou apenas um mês. Isto porque, começou a se interessar e pesquisar pelo assunto empreendedorismo digital. Inicialmente, segundo Picinini, pensava na expansão de seu escritório, mas acabou sendo levado para outro caminho totalmente inesperado, o que fez deixar a profissão. “Quando as pessoas perguntam porque eu mudei, eu sempre respondo o mesmo: eu não tive outra opção. Realmente quando eu comecei a ler a respeito eu não o conseguia pensar em mais nada”, afirma.
Para amadurecer sua ideia, Picinini mergulhou em um mundo de artigos, livros, vídeos, áudios, cursos e eventos. O objetivo era que o caminho a seguir ficasse mais claro. Em certo momento, contudo, ele deu um tempo na leitura e no aprendizado, por acreditar que valia mais a pena colocar a mão na massa, dedicar-se com afinco e construir seu negócio online. “A maioria fica muito tempo pensando e pensando. A minha experiência diz que é melhor colocar uma versão básica no ar e ver o que acontece. Pode ser que a resposta seja zero. Ou muita. É com este feedback que se vai construindo e ajustando”, destaca.
Em menos de 30 dias, Picinini montou seu primeiro empreendimento digital. Isto foi em 2010. Tratava-se de uma plataforma básica, um esboço para muitas outras tentativas que se seguiriam. Picinini aventurou-se então em diversos segmentos, chegando a vender, sempre online: furadeiras, máquinas de café, panelas de ferro, máquinas de fazer suco, desidratadores, aparelhos e equipamentos de ginástica, mesas de DJ, ar condicionado e até guias de como comprar um barco. “Cheguei a ter mais de 100 sites espalhados literalmente mundo afora, na Índia, Itália, Finlândia, Alemanha, etc.”, relata.
Foram diversos nichos nos quais trabalhou até conseguir se achar e realizar o que faz hoje: auxiliar as pessoas a criarem, totalmente do zero, um negócio online, mesmo sem nunca terem trabalhado com marketing digital ou algo parecido. Principalmente, por meio de seu site feriassemfim.com, Picinini mostra que é possível fazer isto sem muito custo inicial e de maneira até rápida para ganhar de R$ 3 mil até R$ 20 mil em 90 dias. Ele mesmo desafiou-se, montando um empreendimento digital em que comercializa ebook digital para alimentação de pets. Picinini relata que trabalha em seu empreendimento apenas duas horas por dia, sem contar os fins de semana e que ele lhe rendeu, durante um semestre, cerca de R$ 15 mil mensais.
Atualmente, em razão dos milhares de seguidores que conquistou por conta dos ensinamentos que difunde, Picinini oferece cursos e palestras. Não obstante, não deixou de usufruir a vida. Já conheceu mais de 46 países e passou um ano inteiro viajando pelo Sudeste da Ásia. Trabalhando 100% online com seus negócios, Picinini conquistou sua liberdade e melhorou sua qualidade de vida e acredita que todas as pessoas podem fazer o mesmo.

A Compra da Xamarin pela Microsoft e o Avanço da Plataforma Universal de Desenvolvimento

Sam Basu (*)

A compra da Xamarin pela Microsoft trouxe uma justificada euforia para a comunidade de desenvolvedores de código aberto que há muito tempo enxergava na Xamarin um embrião bastante promissor de plataforma cruzada para atender à demanda de apps multiplataforma e multidispositivo

Através da combinação das múltiplas facilidades da Xamarin para o desenvolvimento de apps de código distribuído adaptativas ao dispositivo e ambiente operacional, agora associados oficialmente com os recursos altamente maduros do Visual Studio, os desenvolvedores .NET só têm a ganhar.
Eles vão poder, mais do que nunca, extrair as vantagens de agilidade e flexibilidade dessa plataforma escrevendo apps em C# com APIs responsivas, capazes de se comportar como APIs nativas para Android, Windows ou iOS.
Algo realmente muito desejável nesses tempos de avanço da mobilidade e do desenvolvimento direcionado para múltiplas finalidades, como web fixa, web móvel, dispositivos vestíveis e Internet das Coisas. A linguagem C# e o Visual Studio são o ponto de partida na direção desse ambiente unificado de desenvolvimento, e podemos dizer também que o Xamarin desempenha um papel fundamental nesse processo.
Assim, não é à toa que a comunidade .NET em peso comemora a união da Xamarin com a Microsoft, enxergando nessa aliança a chance de que passe a existir concretamente uma framework .NET com o DNA da Microsoft e – mais do que isso – com o seu compromisso em apoiar o avanço dessa comunidade.
Como sabemos, a promessa do Xamarin para os desenvolvedores .NET era a de oferecer um caminho para se escrever apps móveis em sua tão querida plataforma C# e conseguir compilá-los para uma plataforma cruzada de apps. A mágica desse modelo acontece na camada subjacente à licença Mono do Xamarin, que atua como uma máquina virtual VM, traduzindo o código compartilhado C# a partir do código nativo da API para as respectivas plataformas.
Entre as vantagens práticas desse tipo de implementação estão a interface de usuário (UI) nativa para todos os ambientes e todos os dispositivos, independentemente do código, e o acesso completo às APIs por todas as plataformas subjacentes baseadas no C#. Ao lado disso, a existência de pacotes pré-compilados de componentes para apps performáticas garantem a aceleração de hardware desejada no momento da execução.
O Xamarin também se mostra atraente para os desenvolvedores .NET devido à qualidade das ferramentas disponíveis para implementá-lo, tais como a Xamarin Platform (para iOS, Android ou Windows com C#), a Xamarin Test Cloud (para teste de aplicações) e o Xamarin Insights, uma ferramenta analítica em tempo real para monitoramento das apps.
Vamos destrinchar ainda mais o Xamarin para melhor entender todas as plataformas que podem ser atingidas através de suas apps de plataforma cruzada.
1. Xamarin.iOS – Implementar apps iOS e Watchkit capazes de acessar qualquer API do iOS e que podem ser encapsuladas como pacote de app nativa.
2. Xamarin.Android – Implementar apps Android e Android Wear capazes de acessar todo tipo de API e suportar todos os dispositivos.
3. Xamarin.Mac – Atender as demandas de OSX e usar interface de construção do XCode para implementar AppKit UI.
4. Xamarin.Forms – Usar atalhos de UI que oferecem recurso de plataforma cruzada através de markup compartilhado.

O Xamarin.iOS e o Xamarin.Android respondem por parte da popularidade do Xamarin. Os desenvolvedores enxergaram benefícios imediatos em abstrair, tanto quanto possível, os códigos compartilhados em C#. Além disso, eles podem atender as duas maiores plataformas móveis em termos de marketshare. Entretanto, existem alguns pontos na implementação de uma camada UI que são customizadas para cada plataforma móvel – isto redunda em duplicação de esforços e um íntimo conhecimento em composições de interface com usuário iOS/Android.
O Xamarin.Forms preenche perfeitamente esta lacuna, oferecendo uma UI que atende igualmente ambas as plataformas. Usando uma marcação do tipo XAML ou C#, os desenvolvedores podem descrever uma camada UI abstrata, com elementos UI específicos para cada dispositivo no momento da execução.
As apps são compostas por páginas, que contém vários layouts com embriões de elementos de UI, baseados em componentes comuns que o Xamarin.Forms oferece para garantir que se possa escrever a app a partir de um código único.
E quanto a ferramentas para se desenvolver apps Xamarin, pode se escolher entre duas classes de IDE para cada necessidade de desenvolvimento: o Visual Studio ou Xamarin Studio, esta última sendo uma plataforma cruzada IDE standalone.
Todas essas facilidades do Xamarin, só tendem a se enriquecer na medida em a plataforma passa a ser desenvolvida no mesmo contexto da UWP (Universal Windows Platform), o que traz um sopro de grande otimismo para os desenvolvedores open-source e de visão agnóstica.
Um motivo de comemoração, portanto, a união da Xamarin com a Microsoft é especialmente bem vinda para a comunidade de desenvolvedores que já empregava a plataforma Telerik como caminho para o desenvolvimento rápido de apps responsivas capazes de dar total consistência à ideia de plataforma cruzada de código compartilhado.
São desenvolvedores que sabem ser impossível que uma plataforma desse tipo prospere sem um ecossistema rico que os dispense de reinventar a roda a cada novo desenvolvimento em plataforma cruzada.
Nesse sentido, a nova etapa de inserção do Xamarin no mercado de desenvolvimento móvel irá reforçar a posição do Telerik DevCraft, com seu Telerik UI for Xamarin, como um conjunto capaz de empoderar os desenvolvedores .NET , oferecendo componentes de UI de rápida assimilação e sem restrição de código para aplicativos web, desktop, mobile ou de Internet das Coisas.
O mesmo se pode dizer em ralação ao Telerik Xamarin.Forms, que leva ao desenvolvedor uma interface de marcação previamente polida e abstraída já a partir de sua implementação em C# ou como marcação XAML, que é comum para todas as plataformas.
Para finalizar, é importante ter em mente que o avanço da plataforma universal dará um impulso bastante acentuado ao mercado de desenvolvimento de apps, removendo grandes obstáculos que hoje levam o desenvolvedor a ter de enfrentar a redundância, a incompatibilidade de ferramentas e a insuportável inadequação dos antigos modelos agnósticos no novo multidispositivo, multiplataforma e, portanto, agnóstico aos extremos.

(*) É executivo de Apoio ao Desenvolvedor para a Telerik.