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Tecnologia 15/12/2016

em Tecnologia
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
trabalhando temporario

Entenda como o regime especial de tributação impacta positivamente no caixa do comércio on-line

Desde o início de novembro, as empresas paulistas que vendem produtos pela internet podem solicitar sua inclusão no Regime Especial de Substituição Tributária

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Vitor Torres (*)

A alteração nas regras de tributação ocorre em um momento em que a retração média do varejo é de 5%, de acordo com a Associação Comercial de São Paulo. Com o Natal chegando e a perspectiva de que os consumidores gastem menos neste fim de ano, o empreendedor de e-commerce pode aproveitar o regime especial de tributação para otimizar o seu fluxo de caixa investindo em estratégias para ampliar suas vendas.

O que muda
Para entender as mudanças, vale a pena lembrar como o processo funciona.

O e-commerce compra sua mercadoria para revenda e paga o ICMS ST (substituição tributária). Na hora da venda, o processo pode tomar dois caminhos: se a venda for para dentro do Estado de SP, tudo certo, o ICMS ST já está pago; mas, se a venda for para fora do Estado, o comerciante deve recolher novamente o ICMS ST e depois solicitar os créditos ao governo paulista. Ou seja, esta dupla tributação pode engolir o caixa do empresário e o obriga a ter um controle operacional rigoroso para dar conta da restituição dos tributos pagos duas vezes.

Agora com o regime especial de tributação, o e-commerce pode adquirir suas mercadorias sem o ICMS ST e fazer o recolhimento do tributo apenas quando vender o produto – somente, claro, se for o caso.

Quando o e-commerce paulista deverá recolher o ICMS ST?

O recolhimento do ICMS ST vai ocorrer somente se a venda for realizada para outros contribuintes do ICMS dentro ou fora do Estado de SP. Para vendas ao consumidor final, não haverá o pagamento do ICMS ST.

Quem pode solicitar o regime especial de tributação?

O regime especial beneficiará os e-commerces que realizarem a maioria de suas vendas ao consumidor final fora do Estado de São Paulo.

Otimização de fluxo de caixa
O maior ganho em aderir ao regime especial de tributação é a ampliação do fluxo de caixa do empresário de e-commerce, principalmente para aquele que vende para o consumidor final e que, agora, pode ter um incremento no seu caixa de até 20% representado pela economia proporcionada pela desoneração do ICMS ST. Este saldo positivo possibilitará a compra de novas mercadorias, um alívio no controle operacional e mais investimentos em mão de obra – conforme mencionado pelo governador Geraldo Alckmin, quando da assinatura do decreto 62.250/2016 que oficializou a extensão do benefício às empresas de e-commerce. Antes, reaver o valor do ICMS ST pago em duplicidade exigia um rigoroso controle e muita paciência, já que a restituição pode levar meses para acontecer.

Atenção: as mudanças não são automáticas, o e-commerce deverá solicitar sua inclusão
A novidade é ótima, mas as mudanças não são automáticas. Para aderir a este regime especial de tributação, o empresário deverá solicitá-lo à SEFAZ de acordo com as orientações descritas nesta página. O pedido será analisado pela secretaria e, se deferido, o e-commerce receberá um número referente ao regime especial por ele adotado. Este número deverá ser informado ao distribuidor ou indústria sempre que o e-commerce realizar a compra de mercadorias para revenda, uma vez que é por meio dele que será possível emitir a nota fiscal de entrada sem a cobrança do ICMS ST.

É importante frisar que tanto as empresas do Simples Nacional quanto as do Lucro Real e Presumido podem se beneficiar do decreto.

Conclusão
A substituição tributária é um sistema de pagamento de impostos complexos que beneficia o governo, mas sobrecarrega o empresário. O Estado de São Paulo está dando um passo muito importante ao facilitar a operação das empresas de e-commerce que representam uma das maiores empregadoras do Estado. Vale lembrar que o regime especial de tributação já beneficiava os grandes varejistas de SP, que agora reconhece a relevância dos pequenos e médios empreendedores do varejo on-line ao ampliar este benefício.

Em caso de dúvidas sobre este regime especial de tributação, nossa equipe de contadores fanáticos está pronta para ajudar.
Outra notícia importante para quem empreende em comércio é o fim do emissor gratuito da Sefaz. Leia mais sobre isso clicando aqui.

(*) É CEO e fundador do Contabilizei, escritório de contabilidade online para PMEs de todo o Brasil.

O que é melhor: plano alimentar no papel ou no celular?

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A chegada da tecnologia mudou completamente a dinâmica que existia entre pacientes e profissionais da saúde. Para os nutricionistas, essa realidade atinge o principal “produto” de sua consulta: o plano alimentar. Cada vez mais pacientes têm requisitado o envio dos planos via e-mail ou aplicativos de celular, assim como muitos nutricionistas têm sugerido essa alternativa ao invés do papel para seus pacientes.
Mas afinal, é recomendado trabalhar com o plano alimentar no celular? Talvez uma das piores desvantagens para o nutricionista e para o paciente na entrega do plano alimentar impresso é que essa via pode se perder facilmente – virando, inclusive, uma bela desculpa para quem não estava tão motivado em seguir as orientações do profissional. O papel também pode envelhecer, estragar, molhar, rasgar ou simplesmente ser esquecido no fundo da bolsa do paciente.
Como praticamente vivemos com nossos celulares nas mãos, ter o plano alimentar nesse aparelho torna a consulta por informações nesse documento muito mais prática e eficiente, podendo fazer a diferença na hora de realmente aderir às orientações do nutricionista. O paciente terá o plano alimentar à mão onde ele estiver e poderá acessá-lo a qualquer momento do dia.
Planos alimentares são tratamentos que estão sempre sujeitos a algum tipo de mudança, afinal, a adaptação à alimentação não é uma ciência exata e precisa ser ajustada de acordo com o acompanhamento dos resultados do paciente. Fazer a alteração em um documento online é, portanto, muito mais fácil do que fazer a alteração em um documento de papel, sendo essa alternativa tão vantajosa para o nutricionista, quanto para o paciente.
Falamos tanto de sustentabilidade nos dias atuais que é importante começar a levar em consideração como a sua atividade profissional ajuda a cuidar do meio ambiente. O uso de planos alimentares de papel é uma estratégia que vai na contramão da sustentabilidade, visto que aumenta o uso desse material nada sustentável. Optar pelo plano alimentar no celular é uma maneira de reduzir os seus custos com papel e, é claro, cuidar do planeta em que vivemos.
Em resumo, o envio do plano alimentar no celular é, geralmente, uma alternativa mais vantajosa do que a sua versão em papel – tanto para pacientes, quanto para os profissionais do campo da nutriçã

(Fonte: Luiza Ferracini é nutricionista do Dietbox, um software voltado para o relacionamento entre nutricionistas e pacientes e que auxilia os profissionais na gestão de seus atendimentos. Formou-se na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre. Possui vasta experiência na área hospitalar e conhecimentos em marketing e empreendedorismo).

Despertar o interesse dos millennials por inovações e treinamentos

Luiz Alexandre Castanha (*)

Estamos passando por um momento novo no mercado de trabalho. Hoje, somos três gerações, com características muito diferentes, trabalhando juntas: Baby Boomers, Geração X e Geração Y, ou Millennials. A maioria de nossas empresas já está acostumada ao modo de trabalho das gerações anteriores, mas passam por uma certa dificuldade quando se trata dos Millennials, pessoas nascidas entre as décadas de 80 e 90

Muitas vezes taxados como mimados e rebeldes, esses colaboradores apenas apresentam uma visão diferente do que desejam do mercado de trabalho, saindo sem problema do seu emprego atual se ele não está de acordo com o que ele procura para sua vida.
Essa é uma dificuldade que precisa ser vencida, principalmente se considerarmos que hoje, mais de 50% da população mundial tem até 30 anos, o que significa que, em pouco tempo, mais da metade da nossa força de trabalho será formada por Millenials. (Dados do Erick Qualman, autor do já clássico livro Socialnomics). Sua empresa está realmente preparada para lidar com eles?
Muito dinâmicos e um tanto impacientes, essa é uma geração de colaboradores que nasceu junto com a Internet. Como realizar treinamentos corporativos para um público tão antenado? Os Millennials são pessoas que estão acostumadas a ter acesso a informação rápida, em qualquer lugar. Por isso, eles aprendem com facilidade e estão sempre interessados nas novas tecnologias. Precisamos utilizar justamente essas características a favor das empresas.
Vivemos um tempo de aprendizagem fora do comum. Hoje, qualquer pessoa que tenha um smartphone está carregando no bolso uma máquina com os mesmos requisitos de um supercomputador de 15 anos atrás. Segundo pesquisa realizada pela Millward Brown Brasil e NetQuest, o brasileiro passa, em média, 3h14 do seu dia usando o aparelho celular. Os jovens da geração Millennials chegam a 4h por dia.
A maioria usa esse tempo para fazer ligações (89%) e navegar na Internet (87%). Entre os entrevistados, 83% confirmou que faz o download de novos aplicativos. As pessoas usam seus celulares por cada vez mais tempo e estão acostumadas com essa tecnologia. Por que não incorporá-la nos treinamentos da sua empresa?
As empresas que entenderem essa lógica e já apostarem nas novas tecnologias desde já serão as mais preparadas para o futuro. Os colaboradores Millennials têm desejos diferentes das gerações anteriores. Mais do que lucro, eles buscam o propósito do seu negócio. Um aumento de salário pode não significar tanto para eles quanto o reconhecimento do seu trabalho. Essas diferenças também refletem no modo como eles aprendem.
Essa é uma geração que não tem mais paciência para passar horas dentro de uma sala de aula. Competente, ela prefere fazer um treinamento rápido para poder aplicar logo o que aprendeu no seu próprio trabalho. Isso acontece em parte devido ao grande contato que esses colaboradores tiveram com jogos e videogames durante a infância e adolescência. Esses são dispositivos que dão um retorno imediato para cada ação do jogador, por isso os Millennials são mais inclinados a não optarem por ações a longo prazo. Eles pensam sempre no agora.
Como cobrar de uma geração que acompanhou o desenvolvimento da tecnologia que ela aprenda com lousa, giz e cadernos? Dessa forma, fica difícil para eles terem interesse genuíno no que está sendo apresentado no treinamento. A solução é apostar em treinamentos mais rápidos, porém intensos. O uso das novas tecnologias para a aprendizagem, como Mobile Learning, Realidade Virtual, Realidade Aumentada ou Gamification ajuda a despertar o interesse e a manter o foco desses profissionais.
A Realidade Virtual, por exemplo, terá um crescimento de aproximadamente 13.000% nos próximos anos. Essa é uma taxa de adoção cinco vezes mais rápida do que o uso do iPhone, por exemplo. E a aposta dos especialista é que a Realidade Virtual será utilizada para praticamente tudo na educação: de mostrar para crianças como era a Terra na era dos dinossauros até realizar treinamentos em empresas de situações extremas, como uma pane no sistema de logística, problemas no maquinário das fábricas ou até mesmo um incêndio dentro do escritório. As possibilidades são infinitas.
Millennials nasceram com os videogames, por isso eu acredito que este é o caminho mais fácil para para despertar o seu interesse e passar o conhecimento necessário. Para fazer isso, existem diversas possibilidades. É possível transformar sua rotina em um game, inserindo pequenos incentivos para novas aprendizagens no dia a dia do colaborador.
É possível também utilizar o mobile learning, transformando seu smartphone numa importante ferramenta para acessar informações e treinar seus conhecimentos. A Realidade Aumentada, principalmente em conjunto com a gamification, também produz resultados excelentes.
Essa é uma geração que se sente atraída pela tecnologia, mas que odeia perder tempo. Por isso, transformar o conteúdo em pequenos blocos de informação, que possam ser estudados em poucos minutos por dia é uma boa ideia. Utilize uma linguagem direta e entre logo no assunto que precisa ser abordado. Mais importante do que a contextualização, Millennials aprendem na prática.
Lembrando sempre que essas tecnologias são apenas a ponta do iceberg, pois muitas inovações na área de treinamentos ainda estão por vir. Considero este um momento muito interessante e enriquecedor para se trabalhar na área.
A melhor tecnologia para o seu treinamento depende muito do momento da sua empresa e de quem são os seus colaboradores. Olhar para sua equipe e entender suas características através das gerações já é um grande começo. Entenda seus colaboradores e crie treinamentos que prendam a sua atenção. Ao viver o que está sendo ensinado e ter a aprendizagem como parte do seu dia a dia, os colaboradores serão capazes de aprender e aplicar o novo conhecimento durante a sua rotina. E isso vale para qualquer geração.

(*) É administrador de Empresas com especialização em Gestão de Conhecimento e Storytelling aplicado a Educação, atua em cargos executivos na área de Educação há mais de 10 anos.