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Tecnologia 13 a 15/02/2016

em Tecnologia
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Procura-se jovem que saiba calcular. E o que ele procura?

No Fórum Econômico Mundial, alardeou-se que 74,5 milhões de profissionais no mundo com até 30 anos estavam em busca de um emprego e que essa faixa etária era responsável por metade do total de desempregados em alguns países. A taxa de desemprego para este grupo é três vezes maior do que a de funcionários mais velhos

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Paula Jacomo (*)

Por outro lado, há uma demanda global por 40 milhões de profissionais com alta especialização, com conhecimentos em ciência, tecnologia e matemática. Suprir essa demanda é chave para contrapor uma expectativa preocupante: a de que no ano de 2020 o déficit de profissionais especializados será tão elevado que colocará em risco a manutenção do crescimento econômico e prosperidade dos negócios.

A especialização em áreas técnicas e aprofundamento em ciência, tecnologia e matemática são fundamentais para os profissionais na faixa dos 30 anos garantirem um lugar ao sol – ou na nuvem, dependendo do foco do empregador. O conhecimento eleva as chances desses profissionais seguirem gerando valor mesmo em cenários desafiadores economicamente. No Brasil, por exemplo, estima-se que o desemprego chegue a 10% da população economicamente ativa no primeiro trimestre de 2016.

Contudo, a agenda desses jovens nem sempre converge com o universo das empresas. Um levantamento da Universidade de Bentley, em Massachussets (EUA), aponta que apenas 13% dos jovens entrevistados almejam “crescer no mundo corporativo” ao passo que 66% desejam começar seu próprio negócio.

Por que será que essa preferência é tão grande? Possivelmente, mais do que qualquer geração antes, os Millennials valorizam a liberdade criativa e a independência, assim como a possibilidade de aprender constantemente ao invés da rotina em um escritório. Pode-se interpretar isso como o sonho de querem algo mais do que simplesmente conseguir um emprego estável por décadas.

Para esses profissionais que escolhem criar as próprias empresas ao invés de galgarem novos postos na vida corporativa, vê-se uma facilidade de uso da tecnologia e grande capacidade de articulação para se associar a quem pensa semelhante e tem um talento complementar, para se chegar a um objetivo. A tecnologia na nuvem, que pode facilmente atender qualquer demanda – alta ou baixa, também é aliada para que deem seus passos e cheguem ao sucesso.

Que lição fica para o meio corporativo atrair e reter estes jovens talentos? Simples: o empreendedorismo, criatividade e a colaboração entre funcionários e equipes devem ser reconhecidas e estimuladas. Ao entregar-se um ambiente que forneça estes três aspectos, os estímulos do profissional serão tão fortes quanto em qualquer startup, trazendo mais energia, pontos de vista e negócios.

(*) É Vice-Presidente de Recursos Humanos para
América Latina e Caribe da SAP.

Sites que o brasileiro mais utiliza para comparar preços

O brasileiro definitivamente aprendeu a arte de comparar preços. Ao longo de 2015, o índice popsynergy da agência nova/sb investigou o perfil do consumidor nacional na hora de decidir por uma compra e constatou que 95% dos entrevistados pesquisa antes de se decidir. A maioria utiliza sites comparadores de preços (76%), mas também em sites de pesquisa (66%) e opinião de amigos e familiares (40%).
Os mais citados na pesquisa – Com 81% das menções, o Buscapé é a grande liderança entre os sites comparadores de preço, seguido de perto pelo Mercado Livre (71%) e OLX (65%).

RANKING COMPLETO
1. BUSCAPÉ
2. MERCADO LIVRE
3. OLX
4. DECOLAR.COM
5. SUBMARINO
6. SUBMARINO VIAGENS
7. BONDFARO
8. SHOPPING UOL
9. TRIVAGO
10. TRIPADVISOR


Internet das Coisas traz novos desafios de disponibilidade de dados

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O movimento em direção à Internet das Coisas (IoT) é empolgante para os negócios assim como para os consumidores. Mas enquanto conectar tudo – das nossas geladeiras aos nossos tênis de corrida – parece ser uma ótima ideia agora, o crescimento exponencial da quantidade de dispositivos que vão se comunicar uns com os outros criará em um futuro bem próximo novos desafios de disponibilidade de dados. E todas as partes precisam estar preparadas.
Se as estimativas da Juniper Research* estiverem corretas, o número de “coisas” conectadas à internet vai quase triplicar até 2020, atingindo 38,5 bilhões de dispositivos. No fim das contas, isso irá pressionar imensamente as organizações que oferecerão a IoT. Garantir o fluxo mútuo de dados que impulsiona a atividade desses dispositivos será o maior desafio, já que tudo precisa estar always-on e constantemente disponível para funcionar como esperado. Os consumidores têm altas expectativas que seus dados, cada vez mais armazenados na nuvem, devem estar disponíveis onde eles quiserem e quando quiserem – seja um histórico de corrida, um portfólio de ações, uma base de dados CRM ou mesmo as fotos de família.
Isso significa que as empresas que suportam e armazenam esses dados devem ser exemplos de disponibilidade. O tempo de paradas no sistema deve ser o mais limitado possível, até mais do que antes. É importante que as empresas acertem em suas estratégias para evitar ficarem “offline” para não terem prejuízos financeiros e, mais importante, para evitar danos em sua reputação.
Pense, por exemplo, em uma grande companhia de energia que tenha instalado sistemas inteligentes de medição em cada casa com que está conectada. É preciso fazer o upload desses dados e eles devem ser verificados a cada “x” minutos e, baseado nesses dados, as respostas certas devem ser enviadas de volta para os medidores inteligentes das casas. As respostas são decisões que devem ser tomadas, seja para ligar ou desligar a máquina de lavar louça ou a máquina de lavar roupa para atender aos parâmetros de uso estabelecidos pelo proprietário. Se esse sistema falhar, e os dispositivos não funcionarem no dia ou serem ligados em um momento que possui o preço mais caro para eles, isso pode acarretar em muitas disputas com os clientes. Conforme as empresas juntam e armazenam cada vez mais dados sobre indivíduos, o fardo de proteger esses dados cresce. Com uma TV conectada à internet, por exemplo, há registros centrais de tudo o que você assistiu, seus detalhes de cartão de crédito, o que você baixou, potencialmente até os seus chats de vídeo. As consequências para qualquer companhia que permitir que esses dados caiam nas mão erradas será desastroso.
De uma perspectiva de segurança, esse fluxo de dados cada vez maior de dispositivos conectados também deve ser protegido contra perda e acesso não autorizado. As empresas precisam garantir que elas consigam evitar a perda de dados por meio de uma proteção quase contínua. Elas também devem verificar a proteção para garantir a recuperação e usar criptografia apropriada para proteger as informações contra acesso não autorizado. No data center moderno, isso frequentemente significa proteger os dados usando a regra 3-2-1 – manter três cópias diferentes dos dados, em duas mídias diferentes com um desses locais sendo offsite. E se os backups estiverem armazenados na nuvem, eles precisam ter esse mesmo nível de proteção.
Conectar cada vez mais sistemas e dispositivos é o que toda empresa envolvida na Internet das Coisas almeja. Mas é imprescindível que a proteção e disponibilidade dos dados seja prioridade nessa tendência. Caso contrário, as organizações não serão capazes de tirar o máximo proveito do potencial da IoT, e na era em que tudo deve ser ‘always-on’, ela se tornará um problema ao invés de uma oportunidade.
*Pesquisa “The Internet of Things: Consumer, Industrial and Public Services 2015-2020” da Juniper Research

(Fonte: Vitaly Sukhovsky, Vice-Presidente para Mercados Emergentes e América Latina da Veeam Software).

Sustentabilidade: de gestão ambiental a responsabilidade social

Ana Paula Teixeira (*)

Consumidores, financiadores, acionistas e potenciais investidores exigem, cada vez mais, compromissos éticos das corporações

Não basta apenas olhar para o resultado econômico-financeiro para avaliar o desempenho de uma empresa. A performance de uma companhia também é avaliada e medida levando-se em conta as iniciativas de todas as partes envolvidas e cada etapa da cadeia produtiva, bem como o impacto nos recursos naturais, com foco na Sustentabilidade, que representa um modo de suprir as necessidades humanas sem comprometer as futuras gerações.
O conceito de sustentabilidade começa na questão da gestão ambiental, que se resume em um sistema de atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, processos e recursos para desenvolver, atingir, analisar e manter a política ambiental. O objetivo é fazer a empresa minimizar os impactos e efeitos negativos provocados no ambiente por suas atividades de produção, seja em produtos ou serviços.
A empresa sustentável do século XXI é aquela que avalia todo o ciclo de vida do produto, calcula suas emissões de carbono e desenvolve uma estratégia de minimização e, no longo prazo, de eliminação desse conteúdo de carbono. A “descarbonização” é a única meta aceitável em uma estratégia de sustentabilidade no longo prazo. Para a maioria dos produtos e serviços ofertados no mercado global, é possível obter reduções significativas das emissões de carbono ou do grau de carbonização recorrendo a tecnologias já disponíveis.
O que forçará mudanças no perfil de carbono da demanda e da produção de bens e serviços? Com certeza, os fatores mais determinantes serão o aumento e redefinição da ação regulatória do Estado e a presença crescente de um novo agente regulador: a agência multilateral ou global.
As políticas energéticas em diferentes países estão sendo progressivamente reorientadas a fim de atingir, no longo prazo, padrões de produção e uso de energia que levem em consideração fatores como segurança do abastecimento e disponibilidade de recursos energéticos, busca de flexibilidade da demanda e preocupação e responsabilidades ambientais. Leilões de cotas e créditos de emissões de carbono, impostos sobre carbono, regras restritivas e proibições diretas de determinadas práticas e usos se tornarão frequentes e comuns nos próximos anos. Quem não se adaptar a esse novo cenário perderá competitividade, mercado e, no limite, não conseguirá sobreviver nele.
Além da ecológica, a sustentabilidade tem mais quatro dimensões que devem ser levadas em consideração por qualquer empresa. A sustentabilidade espacial é voltada para a obtenção de um cenário rural-urbano mais equilibrado, enquanto a cultural inclui a procura por raízes de processos de modernização e de sistemas agrícolas integrados que facilitam a geração de Soluções específicas para um lugar e cultura.
Já a sustentabilidade econômica é alcançada através do gerenciamento eficiente dos recursos e de um fluxo constante de investimentos públicos e privados. E a sustentabilidade social envolve a criação de um processo de desenvolvimento sustentado por uma civilização com igualdade na distribuição de renda e de bens, de modo a reduzir as diferenças entre os padrões de vida dos ricos e dos pobres.
Nesse sentido, ser uma empresa sustentável não é apenas ter uma Política Ambiental muito bem elaborada e constantemente monitorada e mensurada, mas representa também, práticas honestas e legais de trabalho. Entre elas estão remunerações justas e ambiente de trabalho seguro e adequado aos funcionários; inclui pensar em toda a cadeia de suprimentos; pensar nas comunidades e populações envolvidas em cada etapa dos processos do negócio; geração de emprego e renda a jovens e comunidades carentes; não- exploração de mão de obra infantil; promoção de ações e programas sociais que visem minimizar os impactos da concentração de renda e muito mais.
Sob a atual pressão mercadológica e da sociedade, a empresa que não incorporar o conceito de sustentabilidade, verdadeiramente, em sua gestão de negócios e não apenas no discurso ou nas ações de marketing, provavelmente terá dificuldades em sobreviver às próximas décadas. Já é um fato que empresas que aderiram a gestão ambiental com responsabilidade, vivenciam os benefícios da sustentabilidade em suas diferentes esferas organizacionais (benefícios econômicos, estratégicos e incremento da receita corporativa), mas o que muitas empresas não levam em consideração é que encontrar o equilíbrio entre o social, o econômico e o ambiental torna possível melhorar a gestão ajudando a proteger, gerenciar e promover o crescimento dessa empresa.
A Sustentabilidade aplicada na estratégia empresarial implica reforçar o planejamento de longo prazo. A estratégia do negócio passará a ter o foco muito além na empresa em si mesma e na primeira camada da esfera de relacionamento, que cobre as cadeias de suprimento e a distribuição e venda. Pensar em sustentabilidade é pensar grande, pensar amplo. É construir uma relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona para contribuir com o desenvolvimento da sociedade como um todo.

(*) É graduada em administração de empresas e pós-graduanda em Marketing, ambos pela PUC-SP. Atua como analista de Marketing e Comunicação da Intertox, empresa referência nacional no segmento de segurança química, gestão ambiental e tecnologia da informação
(www.intertox.com.br).