A Inteligência Artificial já deve estar presente no seu negócio. E isso é muito bom!A Inteligência Artificial (IA) vem ganhando espaço entre as inovações disruptivas utilizadas na gestão das empresas
Marcos Bregantim (*) Vista há décadas como uma tecnologia do futuro, a IA é cada vez mais real e presente em nosso cotidiano corporativo. Muitas vezes não são tão perceptíveis, pois estão embarcadas dentro de ferramentas que já nos acostumamos a utilizar. De fato, a Inteligência artificial já está transformando e aprimorando muitos dos processos em todos os tipos de negócios. Isso porque, diante das projeções de especialistas, de que serão gerados 1,7 MB de novas informações a cada segundo, até 2020, é preciso analisar, compreender e interpretar esses dados, identificando padrões e fazendo correlações, em meio a um mar de dados não estruturados, algo que na era da informação demanda a ajuda de algoritmos e equações. Um dos grandes empecilhos para a aplicação da Inteligência Artificial até agora foi a desconfiança sobre o tema. Alguns mitos, como o de que máquinas poderiam pensar como humanos e tomar o controle da sociedade, ou mesmo acabar com todos os empregos, felizmente ficaram no passado. Hoje, as empresas já perceberam que o desenvolvimento de IA traz efeitos muito positivos e é fundamental fazer este tipo de investimento para ser protagonista na próxima década, com ganhos claros de produtividade, compliance e competitividade. E, ao contrário do que se temia, a inovação vem ajudando a criar novas profissões e funções no mercado de trabalho. Um dos ganhos mais importantes para as empresas é o de competitividade. Assim como a inteligência humana, a IA também possibilita superar a concorrência ao identificar oportunidades e tendências de maneira antecipada. Principalmente em situações nas quais os bons resultados costumam vir em processos bastante demorados. Na Thomson Reuters, desenvolvemos um projeto para que nossos clientes pudessem identificar oportunidades de recuperar impostos e pagar corretamente seus tributos de PIS/Cofins. Por meio do mecanismo NLU – Natural Language Understanding, em poucos minutos, cruzamos dados de centenas de milhares de documentos para saber em quais transações é possível recuperar recursos, além de alertar quais pagamentos precisam ser corrigidos e, assim, evitar multas. Essa mesma análise, feita manualmente, levaria meses para ser concluída, sem contar o altíssimo custo envolvido. Outra otimização bastante visível para as companhias está no ganho de produtividade. Há algum tempo, a automação já transforma trabalhos manuais em atividades eletrônicas, mais rápidas e livres de erros. A nova onda é unir inteligência a essa robotização. Obter e cruzar dados importantes para o negócio, gerando análises qualitativas que auxiliam a tomada de decisão das empresas. Um bom exemplo que desenvolvemos na Thomson Reuters é a solução ONESOURCE Global Trade Classifier, para empresas que atuam com importação e exportação de mercadorias. A partir do histórico de transações da companhia e as regulamentações de mais de 160 países, a ferramenta consegue fazer a classificação fiscal automática das mercadorias que serão comercializadas. Além de agilizar o processo e evitar erros, o sistema identifica padrões entre os produtos e aprimora ainda mais a classificação, facilitando toda a gestão tributária do negócio. Outro benefício fundamental é no compliance e gestão de risco, assuntos que ganharam ainda mais importância nos últimos anos. Sobretudo em um país com tamanha a complexidade fiscal como é o Brasil. Com a inteligência artificial é possível, de maneira rápida, identificar dentro das práticas atuais da empresa, o que é preciso ser adequado para se obter conformidade legal. O mecanismo de IA consegue cruzar essas informações e alertar sobre problemas antecipadamente. E isso é apenas o começo. Com os avanços tecnológicos em escala exponencial, muito mais está por vir. Em breve, a Inteligência Artificial vai trabalhar de forma invisível e quase espontânea para identificar e antecipar riscos e oportunidades que sequer imaginamos para nossos negócios. Mas qual é o limite, até onde podemos chegar? Hoje é impossível prever. Só nos resta viver e aproveitar ao máximo o que a tecnologia pode nos proporcionar. (*) É Diretor de Produtos para o segmento corporativo da Thomson Reuters Brasil. | |
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