Tarifa Branca dissemina uso da IoT em Utilities e acelera a busca pela segurançaO ano de 2018 começou com uma boa notícia. Com a chegada da Tarifa Branca ao Brasil, o consumidor de energia elétrica passa a ter a possibilidade de pagar valores diferentes em função da hora e do dia da semana: a Tarifa Branca é mais barata fora do horário de pico e mais cara durante esse período
Ronaldo Vieira (*) Segundo a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), o consumidor doméstico ou corporativo que adotar o modelo Tarifa Branca poderá economizar entre de 10% a 20% na conta de luz. Para que esse ganho seja possível, estão entrando em cena novos medidores de energia, dispositivos IoT (Internet of Things) que informarão online, real time qual é o consumo de uma casa ou empresa. A visibilidade e a exatidão que a IoT traz às distribuidoras de energia são fundamentais para que a Tarifa Branca seja implementada e a cobrança pelo uso da energia seja correta. A Tarifa Branca será, na prática, um acelerador do uso do IoT em empresas de Utilities de todo o Brasil. Ainda numa fase inicial de adoção, a Tarifa Branca alavanca a troca de milhões de medidores de energia tradicionais por novos modelos que ajudarão o Brasil a compreender a realidade de vastas infraestruturas de IoT. De um lado, ganha-se em automação, em escala e em visibilidade. De outro, é impossível fugir à preocupação com a segurança dos milhões de dispositivos IoT que irão suportar a Tarifa Branca. Outros países já estão vivendo essa realidade. Em Dubai, por exemplo, 400 mil medidores de energia baseados em tecnologia IoT estão provendo resultados tanto para a distribuidora de energia deste país – a DEWA, Dubai Electricity and Water Authority – como para os consumidores. Os medidores inteligentes ajudam a concessionária de energia a otimizar sua lucratividade por meio da redução de despesas associadas a roubo de energia e perdas técnicas de energia. Os consumidores, por outro lado, passam a ter acesso a dados de consumo de energia em tempo real, que poderão usar para aumentar sua eficiência energética, reduzir suas contas mensais e ajudar a concessionária a estabilizar a rede durante os períodos de pico. A chegada da IoT às empresas de Utilities apresenta, porém, outra face. As especificidades desta vertical determinam que uma distribuidora de energia que investe em IoT pesquise, também, tecnologias de segurança que resolvam as vulnerabilidades inerentes a essa infraestrutura. Fortes exigências regulatórias — provocadas pelas preocupações típicas de uma infraestrutura essencial para o funcionamento da sociedade — colocam o setor de energia no topo do ranking de criticidade. Essa criticidade faz do setor de energia um grande alvo para ataques. O relatório do instituto de pesquisas Ponemon (edição 2017) sobre o custo das violações na área de Utilities mostra um quadro preocupante, ao menos nos EUA. Em 2016, a violação de dados custou em média, para cada concessionária de energia, quase 3,5 milhões de dólares, com um custo de 137 dólares por medidor de energia. O prejuízo causado por ataques à essa infraestrutura permanece elevado, sem tendência de redução. Diante deste quadro, uma solução seria procurar dispositivos IoT mais seguros e, necessariamente, mais caros – o que contradiz um dos conceitos básico da Internet das Coisas, a escala trazida pelo baixo valor dos dispositivos. Outra possibilidade seria contratar soluções e serviços de segurança da informação que operam de forma centralizada. O mercado já conta com sofisticadas soluções de segurança que, sendo aplicada na frente da aplicação da distribuidora de energia, irão garantir a integridade, a disponibilidade e a confiabilidade da informação coletada pelos sensores em campo. A escolha dessa solução centralizada de segurança para ambientes IoT passa por vários fatores. É fundamental procurar plataformas que ofereçam segurança, confiabilidade, escalabilidade, baixa latência, desempenho, visibilidade e adaptabilidade. Esses valores contribuem para que as informações coletadas dos medidores de energia aconteça de forma transparente, simples, mas com total segurança. Em outras palavras: a segurança da infraestrutura IoT das distribuidoras de energia demanda soluções que, hoje, podem ser vistas protegendo aplicações de missão crítica como Internet Banking, plataformas de vendas de e-Commerce, etc. Esse conceito aplica-se às distribuidoras de energia, porque, na prática, o que rege as ofertas dessas empresas são grandes sistemas corporativos com máxima criticidade para essa empresa e para o país. Para que o ambiente de produção das distribuidoras de energia esteja realmente protegido, é fundamental usar o que há de melhor em segurança digital: proteção contra ataques DDoS, controle de identidade e acesso, firewalls, etc. Ao longo de 2018, as diversas distribuidoras de energia que operam no Brasil terão de lidar com as vulnerabilidades dos medidores de energia/dispositivos e encontrar saídas para aumentar a integridade desse ambiente. Num país do tamanho do Brasil, será inevitável que algumas empresas de Utilities saiam na frente da corrida pelo IoT – essas empresas serão, na prática, alavancas de crescimento da riqueza das regiões onde estão instaladas. Na disputa pelo futuro, ganhará quem aliar, à implementação de medidores de energia inteligentes, com uma política de segurança transparente, centralizada e comprovadamente eficaz. (*) É gerente de desenvolvimento de negócios em IoT da F5 Brasil. Tecnologia da informação segue em alta no PaísDe acordo com os dados mais recentes da Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) em parceria com a International Data Corporation (IDC), o setor de Tecnologia da Informação movimentou mais de US$ 39 bilhões de dólares, em 2016. O montante representa 2,1% do PIB brasileiro, fazendo com que o País ocupe o primeiro lugar no ranking de investimentos no setor na América Latina. Apesar de estar em alta não só no Brasil como no mundo todo, ainda há muitas dúvidas sobre a atuação na área. Pensando nisso e atento às exigências do mercado, o Centro Universitário FEI está com inscrições abertas até o dia 27/4 para o MBA em Gestão de Tecnologia da Informação no campus São Paulo. | Cinco dicas para criar uma startup fora dos grandes centrosMontar uma startup nunca é uma tarefa fácil, e fazê-lo fora de um grande centro, sem um ecossistema propício, torna esse desafio muito maior. O maior risco de estruturar uma empresa fora dos grandes centros é ficar distante dos principais clientes. Por outro lado, os custos operacionais das cidades do interior são menores, o que é um fator crucial para se iniciar um negócio. (Fonte: Igor Chalfoun é CEO e cofundador da Tbit, startup mineira que cria sistemas de análise de sementes a partir de Inteligência Artificial e processamento digital de imagens. É formado em Ciências da Computação pela Universidade Federal de Lavras e tem MBA em Gestão de Negócios pela USP). O Começo do Fim do Cartão de CréditoVinícius Vieira (*) Desde que foram cunhadas as primeiras moedas, atravessamos mais de 20 séculos desenvolvendo meios de pagamento: papel moeda, bancos, cheque, transações eletrônicas, até chegarmos ao modelo favorito dos brasileiros hoje, os cartões de crédito Ter um plástico numerado engordando a carteira é privilégio de apenas ¼ da população brasileira. Não é barato para o cliente (a anuidade média é próxima a R$ 120, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), nem para o lojista, que paga em média 2,5% de seu faturamento para as operadoras de cartão de crédito, A demora no recebimento e a fraude nas transações online também ficam por conta dele, tornando a operação ainda mais desfavorável. Segundo o Instituto de Pesquisa Nielsen, o lucro líquido médio do comércio é de 2,1%, ou seja, após todos os custos do negócio o que sobra para os donos é menos do que o que fica com as empresas de cartão. Projeção considerando o mesma taxa de crescimento do último ano (*) É gerente de Prevenção à Fraude, BI e Estratégia do Peixe Urbano. |
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