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Tecnologia 07/08/2015

em Tecnologia
quinta-feira, 06 de agosto de 2015

O Bilionário Mercado da Internet das Coisas

Em 1999, Kevin Ashton, do MIT (Massachusetts Institute of Technology) escreveu um artigo para o RFID Journal, no qual defendia a ideia de que se os computadores pudessem ter a informação das coisas ao seu redor sem as limitações de informações fornecidas pelo ser humano, os computadores seriam capazes de observar, identificar e compreender o mundo por intermédio desta troca de informações entre as coisas

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Ruben Paulo Lenartowsky Luiz de França (*)

Surgira aí o termo “Internet das Coisas”, utilizado por Kevin para definir esta troca de informações sem a necessidade da intervenção humana.

Dezesseis anos depois, a Internet das Coisas é responsável por uma das maiores prospecções no cenário mercadológico atual.

Para se ter ideia, em 2014, de acordo com o IDC (International Data Corporation), o mercado brasileiro de aparelhos conectados na internet movimentou em torno de 2 bilhões de dólares.

E não para por aí. De acordo com uma análise realizada pela Cisco Systems, a Internet das Coisas deve acrescentar US$ 352 bilhões à economia brasileira até o ano de 2022. Segundo a multinacional estadunidense, isto se dá em virtude do Brasil responder por mais de um terço de um total de US$ 870 bilhões em oportunidades.

Ainda analisando dados, segundo a IDC, a Internet das Coisas movimentará cerca de US$ 1,7 trilhão até o ano de 2020.

Os números e a projeção de mercado fazem crescer os olhos de qualquer empreendedor. Contudo ainda há uma certa dificuldade entre as grandes empresas do ramo em conseguir a uniformização de um protocolo de segurança e de compatibilidade de dados e informações entre produtos de fabricantes diferentes.

A realidade é que, de fato, a Internet das Coisas já está presente em nossas vidas e se fará muito mais presente à medida que a fabricação de produtos que possam se conectar uns aos outros cresça.

A previsão pelo IDC é de que até o final desta década, serão mais de 29,5 milhões de dispositivos conectados.
É inegável que o mercado relacionado à Tecnologia e Informação cresce exponencialmente a cada segundo. Isto se dá em razão da desenfreada atualização tecnológica que ocorre incessantemente.

Ocorre que um dos fatores que não favorece o flerte com o mercado nacional, é a questão da dificuldade burocrática em se abrir uma empresa no Brasil. As altas cargas tributárias e falta de investimento em tecnologia vão na contramão de um cenário que, a primeira vista, soa promissor e indiscutível.

Ainda neste sentido, por muitas vezes o empreendedor acaba tendo gastos os quais poderiam ser evitados com a devida instrução jurídica.

A simples escolha do meio de tributação adequado ao porte da empresa, bem como a correta informação de como adquirir um financiamento público para a manutenção e viabilização da Startup, acabam sendo fatores determinantes no sucesso da empresa.

Grandes aceleradoras de Startups sabem do vasto mercado que a Internet das Coisas tende a proporcionar nos próximos anos e, diante disto, se propõem a disponibilizar grandes investimentos visando despontar neste cenário promissor.

Encabeçando a lista dos que mais investem em startups voltadas ao segmento da Internet das Coisas, está a Intel Capital. Ainda segundo a CB Insights, que montou uma lista das empresas que mais têm destinado recursos financeiros para companhias vinculadas ao conceito de Internet das Coisas, a Sequoia Capital e True Venturers, seguem em segundo e terceiro lugar, respectivamente.

Sair da informalidade, conhecer os riscos do próprio negócio, acelerar sua Startup com responsabilidade avaliando o momento certo e, se inserir no mercado nacional e internacional com visão e suporte, expandindo o mercado da “Internet das Coisas” com ideias inovadoras, podem fazer a diferença na hora de garantir o seu lugar ao Sol.

(*) É membro do task force de TI do escritório AAG – A. Augusto Grellert Advogados Associados.

 

Minha empresa tem um problema. Não consigo reter os profissionais

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Muitos recrutadores e gestores de Recursos Humanos têm se debruçado sobre a questão acima. E, muitas vezes, sem ter uma resposta realmente clara, costumam criar teorias e formatar programas para sensibilizar e reter o profissional. São milhares de exemplos: bibliotecas em empresas de telemarketing, área de recreação, permissão para fazer home office, benefícios além do VR e do VT, plano de cargos e salários, matriz de desenvolvimento de carreiras, cursos de línguas e até extensão de muitos benefícios para os familiares. E os exemplos não param na linha acima. Na realidade, a grande preocupação do RH e de toda a empresa, principalmente da diretoria, é como diminuir os gastos com a contratação, seleção e treinamento de um novo profissional para ocupar a vaga daquele outro, muito recomendado e com um currículo perfeito, que passou em todas as provas e entrevistas, aceitou os termos, começou a trabalhar, foi treinado e deixou a empresa em menos de três meses. E de uma hora para outra, sem demonstrar nenhum descontentamento com normas ou clima organizacional. Uma realidade cada vez mais presente, principalmente, quando muitos desses profissionais, integrantes da chamada Geração Y, são inquietos e querem desenvolvimento profissional imediato.
Em um levantamento realizado pela Emprego Ligado, descobriu-se que 43,3% das pessoas saem das empresas por não visualizarem um plano de carreira. Já 36,7% deixam o cargo em função da distância percorrida de casa até o trabalho. Ou seja, o segundo motivo de desligamento de um profissional é a questão da mobilidade.
As pessoas querem mais tempo livre para dedicar a sua família, ao lazer e até mesmo aos estudos. Mas, com o trânsito limitador de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, encurtar distâncias tem sido cada vez mais difícil. Outra conta feita pela Emprego Ligado é ainda mais impactante para a empresa. A rotatividade custa para empresa, em média, sete (7) salários mínimos. E para entender o cálculo, basta pensar em o quanto se gasta com: custo de demissão, tempo do RH em trabalhos administrativos, custo de serviço de recrutamento, tempo (de novo) de RH com seleção, treinamento, procedimentos de admissão e outros. A lista de coisas a fazer é extensa. Veja outro número: 20% do tempo do profissional de RH é ocupado com a seleção e recrutamento de novos profissionais.
Não existe uma fórmula mágica para reter e estimular os profissionais, mas as empresas precisam entender que não há um fator objetivo que determine a permanência de um profissional na companhia. O novo talento pode ficar impressionado com os benefícios e com o fato do escritório ter salão de descanso ou de jogos, mas se gastar mais de duas horas de deslocamento para chegar até em casa, numa sexta-feira, com certeza começará a ficar desmotivado. E quando encontrar uma opção perto de casa, talvez não faça muita questão da tevê com Playstation para jogar nas horas de descanso, que foi tão impressionante durante a entrevista (Fonte: Jacob Rosenbloom é CEO da Emprego Ligado).

Migrações entre canais no e-commerce

Gastão Mattos (*)

As facilidades da web e da mobilidade tecnológica têm influenciado o varejo significativamente

Mudanças no comportamento dos consumidores geraram migrações nos canais de compra, algo que tende a se estabelecer muito em breve. De acordo com a ComScore, 60,4% do tempo em navegação pela internet nos Estados Unidos é gerado a partir de smartphones e tablet e 1/7 das vendas online nos primeiros 4 meses de 2015 foram realizadas via mobile. No geral, as vendas neste canal cresceram 53% em 2015 em relação ao ano anterior, enquanto o e-commerce cresceu 9%, no mesmo período.
O aumento da aquisição de tablets e smartphones vem contribuindo para este processo. Atualmente, 187 milhões de pessoas possuem smartphones nos EUA, o que representa 75% da população; e 100 milhões possuem tablets. No Brasil são 55% de pessoas com smartphones. Durante a Detonaweb deste ano, campanha promocional exclusivamente online organizada pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) e pela Braspag, 14,60% das compras foram realizadas por dispositivos móveis, sendo 10,16% por smartphones e 4,44% por tablets, o que mostra grande capacidade de penetração, além de comprovar que o País segue a tendência mundial.
Estas migrações mostram a importância de investir nas adaptações necessárias para o acesso às lojas online via dispositivos móveis. Não basta apenas criar sites responsivos, é preciso avaliar o tipo de consumidor que acessa por estes canais: o que ele procura, qual o volume de acesso e como facilitar para que a compra seja concluída por este canal, tendo em vista que muitos dos acessos via mobile nas lojas online ocorrem apenas para pesquisa, o que já acontecia com os acessos por notebook e PCs.
Voltando às migrações de canais de compra, a tendência omini-channel vem ao encontro desta mudança e é fundamental observa-la a fim de elevar a conversão de vendas nos múltiplos canais. Para tanto, é necessário manter as características de cada canal, seja ele web, mobile, físico e etc, utilizando o máximo de ferramentas possíveis para trazer comodidade e confiança ao consumidor e, em seguida, integrá-los de forma que o usuário possa efetuar as transações de acordo com as suas necessidades, seja comprando na internet e retirando pessoalmente ou vice-versa, só para citar um exemplo.
No caso das vendas mobile, vale ressaltar que muitas vezes as compras não são concluídas naquele canal por problemas de usabilidade, que envolvem ferramentas de pagamento, lentidão com o uso de muitas telas para concretizar a transação, entre outros.
É muito importante acompanhar as mudanças tecnológicas, porém, trazer comodidade, segurança e avaliar o comportamento do seu consumidor são itens essenciais. Serviços que detalham o processo de compra são fundamentais para os lojistas avaliarem e se adaptarem a fim de atender melhor aos seus clientes. Assim, independentemente do canal que eles procurem, a satisfação estará garantida e a possibilidade de aumentar a conversão será sempre maior.

(*) É CEO da Braspag, empresa do grupo Cielo.