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Tecnologia 06/07/2016

em Tecnologia
terça-feira, 05 de julho de 2016

Bots, a nova tendência em comunicação digital

“Em 2020, as pessoas não irão usar apps em seus smartphones. Na realidade, os apps continuarão existindo, mas não serão percebidos pelo público. As pessoas vão contar com os assistentes virtuais para tudo. A era pós-app está vindo”.

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Augusto Pinto (*)

Essa foi a declaração de Peter Sondergaard, VP sênior de Pesquisa da Gartner, empresa líder de pesquisa em tecnologia de informação (TI). Mas, como assim? Os aplicativos deixarão de existir? Os números nos dão pistas.

O ano de 2015 estabeleceu novos recordes para o volume de investimentos em aplicativos de mensagens instantâneas. A valorização do WeChat para USD $ 83,6 bilhões silenciou analistas céticos, que alegavam que a aquisição do WhatsApp pelo Facebook por USD$ 19 bilhões teria sido supervalorizada.

Mas, iniciando pelo início, o que são Bots? Chatbots, ou simplesmente Bots, são robôs que conversam com usuários. Eles são chamados dentro de sistemas de mensageria instantânea e escolhem com quais apps vão se conectar. Os bots, por meio de sua inteligência cognitiva, “traduzem” a conversação, em linguagem natural, entre um usuário e um aplicativo. Os bots serão grandemente utilizados no chamado “e-commerce conversacional”, ou nos serviços de atendimento ao cliente, em substituição aos call centers, ou aos sistemas “burros” de chats.

Um exemplo. Imagine um mundo novo, onde você poderia chamar um bot dentro um mensageiro tipo Whatsapp e “conversar” com o aplicativo. “Eu preciso de um vestido de casamento para a próxima semana, não posso gastar mais de R$ 1.000, a cor deve ser azul ou branca, pois serei madrinha, e quero algo com estilo discreto”.

Em resposta, um app de um e-commerce, aquele que tiver o melhor fit, vai responder: “Aqui está uma alternativa em azul e outra em branco, dentro do perfil que você solicitou”, com um link para você ver a recomendação sugerida, as alternativas de pagamento e todas as opções para a entrega. Aí você poderá pagar e acompanhar o status de sua entrega, sem nunca sair da conversação com o bot. A partir de uma única sentença, suas necessidades específicas foram traduzidas numa compra, com 100% de satisfação. Sem falar na facilidade e na simplicidade de todo o processo.

Um outro exemplo, poderia ser um bot do Poupatempo, ajudando você por conversa em linguagem natural, a entender o processo de agendamento, os documentos necessários e as alternativas de locais, datas e horários, para renovar sua carteira de habilitação. E por aí vai…

O que é mais legal nesses exemplos é que em nenhum momento o cliente saberá ao certo se está conversando com um ser humano ou com um robô!?

Os sistemas de mensageria instantânea possuem uma série de características distintas, que fazem o seu uso particularmente atraente para empresas e para o mercado em geral: o número massivo (e crescente) de usuários, a alta retenção e as taxas de uso, que vão muito além dos dados demográficos dos usuários.

Por tudo isso, o ano de 2016 vem sendo declarado como o ano dos bots. E parece que está havendo uma grande mudança de foco no ecossistema de desenvolvimento, saindo dos apps tipo “point-and-click”, na direção de interfaces baseadas em linguagem natural, usando os bots como meio de campo entre os apps e os usuários.

Consumidores não mais instalarão e usarão diretamente os apps em seus smartphones, mas os utilizarão cada vez mais dentro dos sistemas de mensageria. E se você acha que isso é futurologia, cuidado! Já está acontecendo. Empresas de serviços asiáticos de mensageria, como o Slack já estão investindo pesado nessa tendência. O Facebook está investindo no Messenger e no Whatsapp, para entrar de vez no jogo dos mensageiros como plataformas de apps. A plataforma Messenger (em versão beta) para os desenvolvedores chamarem seus bots já está disponível!

Nas últimas décadas nós testemunhamos diversos movimentos de transformação das plataformas tecnológicas. Houve um movimento de mudança inicial das plataformas desktop, até então proprietárias da Microsoft, para plataformas open source (onde até o Google embarcou). Depois houve o movimento das plataformas desktop para os apps mobile, movimento esse dominado pela Apple (App Store) e Google (Google Play). Em 2016 começa o movimento dos apps para os bots. E eu aposto que tanto investidores como operadores de negócios já estão de olho neste movimento.

(*) É sócio fundador do Grupo RMA.

Universo gamer movimenta bilhões e novas carreiras surgem no mercado

Times com esquema de concentração, treinadores, treinos intensos, sessões com psicólogos, patrocínios milionários, seria corriqueiro se estivéssemos falando de futebol, basquete ou vôlei. Mas essa já é também a rotina de jogadores profissionais de e-Sports. Um segmento que, há poucos anos, deixou de ser amador e vem conquistando espaço rapidamente no mundo dos negócios, que parece não ter crise. Para se ter uma ideia, o mercado gamer movimentou, só no ano passado, cerca de US$ 1 bilhão no Brasil.
Para contar um pouco como esse setor se profissionalizou no país, e deu origem a nova carreiras, a AOC estreia, no dia 30 de junho, o segundo episódio da websérie Eu sou Gamer, com a história do Paada, empresário e dono de um dos times mais populares de e-Sports no Brasil, a Pain Gaming, além do MiT, hoje treinador, que explica porque o segmento gamer vai muito além dos jogadores e o diferencial de ter um bom técnico por trás da preparação para campeonatos. O capítulo estará disponível no Facebook (facebook.com/aocdobrasil) e Youtube (youtube.com/aocdobrasil) da AOC, além das próprias redes sociais dos protagonistas do episódio, como Youtube (youtube.com/user/mitwevo) e Facebook (facebook.com/GabrielMitSouza) e (facebook.com/ArthurPAADA).
Paada é o fundador da principal equipe profissional de e-Sports do Brasil, a Pain Gaming, e administra todas as atividades internas para que o time consiga bons resultados nas competições do mundo todo: estrutura da casa onde todos os atletas moram juntos, contratos, patrocínios, relacionamento com as produtoras dos jogos e eventos. “Ainda existe muito preconceito com nosso mercado por ser algo novo. As pessoas ainda enxergam como uma brincadeira ou perda de tempo quando, na verdade, é uma atividade com muitas oportunidades de carreira seja como jogador, coach, como também nas áreas mais tradicionais como vendas, marketing e administrativo. Muita gente está conquistando oportunidades que não conseguiriam em outro lugar”, afirma o empresário.
Montar uma grande estrutura e selecionar os melhores atletas do segmento não é o suficiente para comandar uma equipe campeã. É preciso que alguém organize as rotinas de treinamento dentro do time e faça com que cada um busque evoluir tecnicamente e, para isso, existe a função do treinador. MiT, que exerce essa função na Pain Gaming, acredita que o treino é tão importante quanto o dom. “Quem tem um talento e não o exercita acaba tendo um talento desperdiçado. Os treinadores não necessariamente precisam jogar, mas têm de estar o tempo todo atualizados. Por isso, eu jogo um pouco para fazer alguns testes, além de jogar pelo prazer.”
O terceiro e último episódio da websérie Eu Sou Gamer será publicado em julho e terá participação da YouTuber Paola Buzzone e da gamer Cherry Gums, líder do time Black Dragons.

O papel do marketing na tecnologia da informação

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Nos últimos anos, as empresas vivenciam um aumento no nível da competitividade. A capacidade de entender as mudanças no perfil dos colaboradores e consumidores exige dos gestores uma atenção maior no que diz respeito às tendências de mercado e às novas tecnologias. E, dentro deste contexto, a palavra marketing nunca esteve tão presente no dia a dia das pessoas e nos quatro cantos do planeta.

Compreender a real dimensão do seu significado se tornou um desafio para grande parte das organizações. Direcionar um novo olhar às ações de marketing é essencial tanto para quebrar paradigmas, quanto para ampliar a percepção na busca de resultados. E entre os requisitos na busca por resultados desejados, está o conhecimento dos desejos, demandas e necessidades de todos os envolvidos nesta cadeia.

Isto vale aos mais diversos segmentos, inclusive o de Tecnologia da Informação (TI). Enquanto ao marketing cabe o desenvolvimento das ideias, o setor de TI fica responsável por oferecer os instrumentos necessários para inovar, medir, controlar e, sobretudo, ajudar a trazer os resultados e tornar suas ações mais assertivas e eficazes. O marketing e a Tecnologia da Informação se completam e, consequentemente, um não vive sem outro.

Embora na maior parte dos casos, as avaliações sejam feitas tomando por base a observação e experiência pessoal e profissional, não há como negar que é por meio das análises das informações que as empresas conseguem destinar, de maneira segura, seus recursos às ações de marketing. Sem elas, os resultados gerados podem resultar no insucesso das estratégias pensadas, bem como comprometer o desenvolvimento organizacional.

Os investimentos precisam agregar valor ao negócio e, embora possam parecer supérfluos num primeiro momento, é justamente em um cenário de crise que as empresas precisam se reinventar e se fortalecer com o objetivo de superar as intempéries oportunistas.

Uma gestão eficiente terá não somente o controle dos seus colaboradores, como também evitará o desperdício de dinheiro (algo impensável nos dias de hoje). Isto será primordial para evitar que as ações de marketing, no futuro, se revelem nocivas à companhia.

(Fonte: Bruno Scaravelli é Gerente de Marketing e Inteligência de Mercado da Mega Sistemas Corporativos. A Mega é uma S.A. de capital fechado que nasceu no estado de São Paulo, em 1985).

A transformação digital da indústria marítima

Felipe Stutz (*)

O cinema catástrofe e a literatura se encarregaram de mostrar em filmes como Titanic, Poseidon ou livros como Relatos de um Náufrago, o lado mais sombrio de se trabalhar em alto mar

Mas o fato é que operar em algumas das áreas mais remotas do planeta faz com que as companhias de navegação enfrentem desafios específicos que devem ser considerados para melhor responder às necessidades de seus trabalhadores e também para atender aos requisitos dos negócios.
Independentemente de qual setor do mercado envolvido, as empresas de navegação têm três necessidades específicas: assegurar o bem-estar da tripulação, reduzir custos e melhorar a eficiência dos negócios. Todas estas necessidades representam uma crescente demanda por conectividade, e responder a eles é fundamental para a transformação digital. Neste sentido uma tecnologia-chave que traz grandes benefícios a este setor são as redes de satélites VSAT.
Tripulação: Como a tecnologia pode contribuir para seu bem-estar?
A necessidade de manter a tripulação e fornecer uma melhor experiência de trabalho são alguns dos motivos que estão levando as companhias de navegação a investir em comunicações a bordo. As gerações mais jovens de funcionários que estão acostumados a ficar sempre conectados exigem que a indústria se modernize e crie um ambiente de trabalho mais amigável. Na verdade, vemos uma tendência crescente para implantar redes de satélite VSAT para garantir a conectividade quando estão longe do continente. Isso também lhes permite melhorar a segurança, a inteligência operacional e oferecer a possibilidade de ter acesso a telemedicina, que pode ser inestimável em caso de um acidente ou lesão em um local remoto.

Como você pode reduzir custos?
Reduzir custos ou aumentar a eficiência dos mesmos é importante para todas as indústrias, e nos trabalhos em curso em áreas remotas isto se torna ainda mais necessário. A implementação de melhores sistemas de gestão de navios consegue isso por meio da otimização do uso do motor, sistemas de manutenção, a navegação em geral, além de informações sobre o acompanhamento do clima e da carga.
A este respeito, os operadores marítimos estão descobrindo que o serviço VSAT representa apenas 1% dos custos operacionais de um navio e traz grandes melhorias. Além disso, estas soluções proporcionam um controle de custos de conectividade com garantia de disponibilidade, diferentemente de outras soluções de comunicação que tem custos de utilização, e que podem ser muito elevadas.

Alcançar a eficiência
VSAT pode ajudar as empresas a serem mais eficientes controlando melhor a velocidade, o consumo de combustível e reduzindo os tempos de reparação de embarcações. Este último é possível ao poder realizar antecipadamente encomendas de combustível ou peças de reposição, reduzindo o tempo que deveria ser no porto.
Definitivamente a transformação digital é fundamental para este setor e vemos que ela está se movendo para o “navio digital” cada vez mais rapidamente. O VSAT é o primeiro passo para esta mudança, porém há muito mais, como a combinação de redes VPN por satélite e terrestre para se criar um “escritório on board”, com vídeo e serviços de telefonia, acesso a aplicativos corporativos e de acesso à Internet. Também é possível aperfeiçoar plataformas de comutação VSAT para redes 3G / 4G e vice-versa, entre outras questões. O importante é que o departamento de TI das empresas marítimas apostem na inovação e melhorem a maneira de trabalhar nesta indústria. Desta maneira, o lado sombrio de trabalhar no mar, vamos ver apenas nos filmes.

(*) É diretor de Desenvolvimento de Negócios e Soluções de Conectividade Orange Business Services para América Latina