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Tecnologia 06/01/2017

em Tecnologia
quinta-feira, 05 de janeiro de 2017
25 temproario

Como planejar uma experiência de funcionário vencedora

O cenário de talentos está mudando dramática e rapidamente, e o RH terá que adotar a mentalidade do marketing e redesenhar a experiência do funcionário para prosperar

25 temproario

Marilyn Chaplin (*)

Na empresa em que trabalho, estou abordando isso de três maneiras diferentes: introduzindo novas tecnologias e reestruturando o RH, atraindo talentos por meio de storytelling, e retendo e engajando pessoas com uma cultura de aprendizagem.

Novas tecnologias e reestruturação do RH
A primeira maneira para melhorar a experiência do funcionário é dar às pessoas o tipo de tecnologia que elas querem. Recentemente, introduzimos um novo sistema de RH. Ele foi escolhido, porque é baseado na nuvem, é seguro, tem uma interface móvel intuitiva e fácil de usar, e possui uma base de usuários grande e estabelecida. Não estou dizendo que o sistema seria certo para todo mundo, mas cumpre nossos requisitos.
Com o novo sistema, somos capazes de acessar dados em tempo real em nossas regiões e responder rapidamente a oportunidades de mercado, beneficiando nossos negócios. Com os dados em tempo real, também conseguimos tomar decisões mais informadas e mais inteligentes para os nossos clientes. E, por fim, o sistema economiza tempo de nossos funcionários e disponibiliza as informações que eles precisam. Eles podem, por exemplo, buscar por colegas e equipes no mundo todo em seus dispositivos móveis. Isso torna a experiência do funcionário mais satisfatória e é o tipo de experiência digital sob demanda que a geração Y espera.

A experiência do funcionário como um diferencial estratégico
Como as pessoas se sentem em relação a seus trabalhos afeta diretamente como elas tratam os clientes, e como os clientes experimentam a marca. A experiência do funcionário é, portanto, uma alavanca estratégica para o negócio.
Para melhorar a experiência do funcionário, foi preciso reestruturar o RH. Criamos comunidades de excelência para entregar programas importantes de RH e serviços compartilhados para entregar economias de escala. Nosso objetivo é entregar ‘RH como um Serviço’. Usamos a tecnologia da nuvem para conduzir através da padronização e entregar serviços de RH de maneira mais eficiente.

Nosso desafio de talento e habilidades
Há uma escassez de habilidades na indústria de TI e não é fácil para marcas menos conhecidas, como a nossa, competir com os gigantes. Simplesmente não somos famosos ou tão conhecidos em tipos específicos de tecnologia que vemos como áreas de crescimento.
Os candidatos não sabem o que fazemos – que somos ativos nessas áreas empolgantes e que podemos oferecer uma carreira interessante e desafiadora. Em particular, muito do talento que procuramos não está pensando em mudar no momento.

Atrair talento por meio de histórias de clientes
Uma boa estratégia é impulsionar o poder de marca dos nossos clientes e as coisas que fazemos por eles como um gancho para apelar ao tipo de talento que queremos. Para isso, buscamos usar histórias de grandes clientes para construir nossa imagem de empregador e aumentar nossa credibilidade nos campos que queremos contratar.
As histórias de marketing de cliente tornam-se histórias de marketing de talento, mostrando as pessoas por trás das soluções, e perguntando ‘você não gostaria de fazer parte do time que fez isso?’. Outra ideia é contar histórias de alguns dos nossos grandes funcionários, pessoas reais que fizeram coisas maravilhosas pelos clientes. Isso ajuda a responder a pergunta dos candidatos: ‘como é trabalhar aqui?’.

Design Thinking para estratégias de recrutamento
Ao entender as necessidades e comportamentos das habilidades críticas que a empresa precisa atrair, pode-se criar campanhas de recrutamento direcionadas e efetivas. Alguns passos são:
Trabalhar quais habilidades são necessárias e onde elas são necessárias.
Descobrir onde as pessoas com essas habilidades trabalham no momento e quais tipos de espaços online elas visitam.
Colocar anúncios em cafeterias e cartazes perto de onde elas trabalham.
E anunciar no LinkedIn, Pinterest e outros sites populares que eles provavelmente visitarão.
A marca do empregador tornou-se digital e foi além do uso do LinkedIn ou de portais de empresa para recrutar. Análises de funcionários, vídeos no YouTube, e o que a rede social de um candidato pensa sobre o empregador – tudo isso está muito além do controle da empresa. Por isso, é muito importante que a organização seja capaz de se destacar para o talento que quer atrair, ao desenhar sua estratégia de contratação.
Reter e engajar talentos com uma cultura de aprendizado
Nos negócios de tecnologia, o processo de vendas mudou. O cliente está mais em controle, fazendo 57% do processo ele mesmo online, sem a ajuda de um vendedor. Os produtos não são mais um diferencial; de fato, a proliferação das escolhas de produto tornaram o processo de compra mais complexo.
Os clientes querem um vendedor que possa ter uma conversa informada sobre resultados de negócios, que possa passar um conhecimento para eles e ajudá-los a navegar em um mercado complexo. Para isso, redesenhamos a experiência de aprendizagem, mantendo o funcionário no centro, para equipá-lo com os conhecimentos e as habilidades que os compradores de hoje esperam.

Academia de Vendas centrada no aluno
Nossa nova Academia de Vendas fornece aprendizado sob demanda para que as pessoas possam encaixá-lo em seu dia de trabalho. O conteúdo é simples e engajador, entregue em um estilo curto e otimizado para o consumo em um dispositivo móvel. As pessoas de venda podem olhar o conteúdo em seu caminho para uma reunião com o cliente, por exemplo.
Os cursos são divididos pela função do aluno, facilitando para que eles encontrem o nível de detalhes que precisam. Tudo é estruturado ao redor da conversa de negócios que nossos clientes desejam e o conteúdo é entregue em pedaços pequenos para minimizar o tempo de inatividade, usando quadros animados e vídeos para torná-los cativantes. Relatório e análises de dados podem mostrar a porcentagem do treinamento completado.
Há muito mais do que eu destaquei aqui, mas essas são as áreas de foco na nossa empresa atualmente. São estratégias para transformar o RH em um parceiro de negócios estratégico dentro da empresa, ajudar a dar às pessoas a experiência que elas querem no trabalho, e ajudar os clientes a seguir em frente com suas ambições de negócios.

(*) É Executiva para Pessoas e Cultura da Dimension Data, multinacional focada em serviços e soluções de tecnologia da informação.

 
Cursos online e gratuitos na área de áudio e tecnologia

Cursos online são excelentes oportunidades para aprender, ensinar e trocar experiências sobre um determinado assunto com pessoas de todo o mundo. Por isso a Shure, marca líder mundial no setor de microfones e áudio a mais de 90 anos, promove gratuitamente cursos online onde os participantes podem ver, ouvir e interagir com o palestrante, sendo possível visualizar também os slides de uma apresentação e a demonstração de um programa.
Desde o início, a filosofia da Shure é atender às necessidades do público final por meio da qualidade, variedade de produtos e suporte. O intuito dos cursos online é facilitar o contato com distribuidores, revendedores, consumidores finais e interessados do setor de música e áudio.
Os cursos online Shure do Brasil são ministrados todas as sextas-feiras às 10h (horário de Brasília), por Adinaldo Neves e Jon Lopes,e abordarão temas como produtos para Podcast, microfonação de bandas, sistema sem fio, entre outros assuntos do setor.

Verifique o cronograma para o próximo trimestre:
Data Tema
6 / Janeiro Podcasts com áudio profissional
13 / Janeiro Como microfonar sua banda
20 / Janeiro Sistemas sem fio: Testes e erros comuns
27 / Janeiro Áudio Dante

3 / Fevereiro Mixando com sistemas de monitores pessoais
10 / Fevereiro Microfones para Estúdios de Gravação
17 / Fevereiro Montagem e uso de Antenas
24 / Fevereiro Microflex Advance: Como configurar a sala
de reunião
Para participar dos cursos, é só cadastrar seu e-mail no site da Shure: www.shurebrasil.com no campo Curso Online. O interessado pode escolher entre as áreas de Música, Pro Áudio ou Som Instalado, já que os cursos online são divididos nessas 3 categorias. Para receber os convites para todos os cursos, é só marcar os 3 campos.

Previsões tecnológicas para os últimos 10 anos

Alessandra Faria (*)

Em 2006, a Axis publicou um artigo com sua visão sobre quais seriam as principais tendências para o setor de videomonitoramento até 2016, chegando a prever a popularização das câmeras inteligentes. Em meio às promessas constantemente renovadas no mundo da tecnologia, é hora de olhar para trás e conferir os erros e acertos

No ano de 2006, a câmera IP completava dez anos de existência. O mundo não sabia o que era um iPhone, e o Brasil não tinha visto nenhuma transmissão oficial de TV digital. Com um milhão de câmeras de videomonitoramento digital da Axis instaladas ao redor do mundo, a empresa partia para o lançamento de produtos específicos, como a primeira câmera IP para ônibus e trens. Naquela época, a consultoria IMS Research (hoje chamada IHS) previa para os cinco anos seguintes um crescimento anual consistente de dois dígitos no mercado de videomonitoramento, impulsionado por uma base crescente de novos clientes e pela digitalização de sistemas analógicos existentes. Nesse período crucial, a Axis também fez previsões.
Passados 20 anos da criação da câmera IP, vale a pena olhar para trás e verificar se o que foi dito na época se concretizou ou não. Havia ainda um considerável desconhecimento no mercado sobre o que é uma câmera IP, que alguns insistiam em chamar de CFTV, apesar da natureza aberta da tecnologia (e não fechada num circuito). Já naquela época, a Axis afirmava que “as câmeras de rede avançadas podem ter detecção de movimento e gestão de eventos de forma integrada, para que a câmera decida quando enviar o vídeo, a que taxa de quadros e resolução, e quando alertar um operador específico para supervisão e/ou resposta”.
Surpreendentemente, chegamos a afirmar categoricamente algo que veio a se tornar realidade: “Mais algoritmos inteligentes – leitura de placas, contagem de pessoas, reconhecimento de rosto etc – estão sendo integrados a câmeras de rede”.
As previsões se baseavam em três pontos principais: imagem megapixel, o conceito de “vídeo para todos” e vídeo inteligente. Cada um desses pontos evoluiu de forma diferente ao longo do tempo.

1. Imagem megapixel
A ideia de imagem megapixel, por exemplo, se provou válida por um certo tempo. Sabia-se que os sensores de alta resolução das câmeras IP iriam abrir novas possibilidades num futuro. Os novos sensores suportariam formatos 16:9 e similares, mas também seriam usados para fazer pan, tilt e zoom digital, e criar vídeos multi-telas. São características hoje consideradas comuns, mas que já representaram uma evolução importante em contraste com câmeras analógicas que alcançavam aproximadamente 0.4 megapixel em resolução NTSC/PAL.
Mas o mercado já trabalha hoje com câmeras multi-megapixel. Ainda no formato 16:9, o que temos hoje no setor de videovigilância é a tecnologia 4K Ultra HD, com sua promessa de proporcionar qualidade de imagem e detalhes excepcionais, oferecendo resolução até quatro vezes maior que a Full HD.

2. Vídeos para todos
A segunda previsão referia-se à disponibilidade do vídeo IP via Internet, e seu acesso generalizado através de diferentes dispositivos. Para ilustrar o conceito, o artigo dava exemplos práticos de como essa conectividade poderia ser útil: “Você está a caminho de uma reunião e quer saber como está o tráfego nas rotas alternativas? Acessar câmeras de monitoramento de tráfego do seu desktop antes de sair poderia permitir que você conhecesse as condições de trânsito por si só. Prestes a ir de um restaurante para uma balada? Seu celular poderia mostrar o tamanho da fila do lado de fora”.
Hoje, várias concessionárias de rodovias disponibilizam as imagens de suas câmeras IP para que os usuários visualizem possíveis engarrafamentos antes de sair de casa. Pode-se acompanhar em tempo real pela TV ou celular o comportamento de um animal num zoológico do outro lado do mundo. Foram desenvolvidas câmeras específicas para transmissão online ao vivo.
Em 2006, o artigo também indicava já ser possível receber um SMS avisando que o alarme da sua casa foi disparado, para que você imediatamente visse o que estava acontecendo através das câmeras. A previsão era de isso se tornasse mais barato e inteligente – algo que realmente aconteceu. Embora sem usar o termo “Internet das coisas”, o artigo chamava a atenção para a crescente disponibilidade de dispositivos que podem ser ligados à Internet, como celulares e PDAs (dispositivos que precederam os smartphones), formando um caldeirão criativo.

3. Vídeo Inteligente
Dez anos atrás, a Axis chamava a atenção para a capacidade de análise de dados através das câmeras. “Isso envolve analisar uma cena de acordo com um conjunto de regras para ajudar a identificar e seguir ações, objetos ou eventos. Essas regras podem fazer a câmera alertar sobre pessoas caindo, detectar uma mala suspeita, medir o tráfego, monitorar um perímetro contra invasores ou mesmo identificar comportamentos suspeitos”. Nada mais atual.
Uma preocupação na época era a capacidade de processamento de todos esses analíticos em sistemas de grande porte. Nesse sentido, o processamento de todo o analítico ou parte dele dentro da própria câmera veio a desafogar a rede e reduzir a necessidade de processamento, barateando os projetos.
Um outro ponto destacado nas previsões de 2006, e que repercutiu numa tecnologia revolucionária lançada no ano passado, foi a relação entre câmeras inteligentes e requerimentos de banda. “O conceito de câmera de rede inteligente também reduz requerimentos de largura de banda, já que os dados em vídeo só são transmitidos quando necessário”, acrescentando que, “na maioria das cenas, o que gera mais interesse é o movimento e outras mudanças”. Pois bem.
Em 2015, foi criada a tecnologia de compressão de vídeos Zipstream, que diminui a largura de banda e os requisitos de armazenamento em 50% ou mais em média. A câmera analisa e otimiza streams de vídeo em tempo real. Assim, as cenas com detalhes interessantes são registradas com total qualidade de imagem e resolução, enquanto outras áreas são filtradas. Detalhes forenses importantes, como rostos, tatuagens ou placas de veículos, são isolados e preservados, enquanto que áreas irrelevantes como paredes brancas, gramados e vegetações são sacrificados para obter melhores economias de armazenamento.
Uma das previsões da época, embora tenha em parte se concretizado, permanece em sua extensão completa como promessa da indústria: “Na maioria dos casos, as aplicações analíticas instruirão a câmera para enviar textos meta-dados, como contadores e placas de veículos”. É certo que as câmeras já podem ser usadas para, em vez de exibir imagens, apenas registrarem dados úteis, mas ainda é preciso avançar com esse conceito do ponto de vista tecnológico e em popularização no mercado.

E o que faltou prever?
A questão do armazenamento de imagens já era um desafio em 2006. Na época, para guardar as gravações, era imprescindível um storage. No entanto, 5 anos atrás, em 2011, foi criado o conceito de armazenamento de ponta, que permite salvar as imagens num cartão de memória SD card dentro da própria câmera (hoje alcançando uma capacidade de 128 GB por cartão). Isso pode ser usado como redundância durante falhas no sistema ou manutenção, ou como fonte única de gravação, dispensando o storage. Outra vantagem é transmitir as imagens em resolução menor, mantendo a qualidade alta dentro do cartão.
Nos últimos dez anos, além do aumento na resolução das câmeras, tal qual previsto, houve também uma melhora importante na qualidade da imagem por meio de outros recursos. Um deles é a tecnologia Lightfinder, que permite visualizar imagens em cores na escuridão quase completa.
Esse exercício retrospectivo mostra, por um lado, o quanto o investimento em Pesquisa e Desenvolvimento de forma alinhada às macro-tendências pode causar um impacto concreto na vida das pessoas a longo prazo. No mundo da tecnologia de videomonitoramento, muita coisa evoluiu nos últimos 10 anos – boa parte delas de forma consistente com a visão de um mundo mais inteligente e seguro.

(*) É diretora da Axis Communications.