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Tecnologia 03 a 05/12/2016

em Tecnologia
sexta-feira, 02 de dezembro de 2016
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Como as novas ameaças cibernéticas irão impactar as pequenas empresas

Sem dúvida, 2016 foi o ano do ransomware. De acordo com o McAfee Labs, as novas amostras deste tipo de ameaça cresceram 125% ao longo do ano e fizeram milhares de vítimas

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Marcus Almeida (*)

Com o anonimato permitido pelas moedas virtuais, cibercriminosos espalharam malwares capazes de criptografar máquinas e exigiram pagamentos de resgates para devolver o acesso aos dados. E muitas dessas vítimas foram pequenas e médias empresas, inclusive no Brasil.

Especialistas do McAfee Labs elaboraram um estudo de previsões sobre o futuro das ameaças cibernéticas e apontaram que o ransomware continuará sendo uma ameaça bastante significativa em 2017, especialmente devido à grande oferta de ransomware como serviço. A boa notícia é que o impacto global do ransomware está obrigando o setor de segurança e as autoridades policiais a tomarem providências decisivas. Iniciativas de compartilhamento de informação e inteligência entre fornecedores, desenvolvimento de tecnologias anti-ransomware e ações por parte de autoridades policiais no mundo todo deverão reduzir o volume e a eficácia dos ataques de ransomware até o final de 2017.

No entanto, as ameaças persistem e novas modalidades devem crescem a partir do próximo ano e também mirar os pequenos negócios. Até 2020 deverão existir mais de 50 bilhões de dispositivos conectados à Internet, é o que chamamos de Internet das Coisas. Com tantos dispositivos, é óbvio que os criminosos tentarão tomar o acesso a eles para roubar dados ou infectar aparelhos. E isso também não será focado apenas nas grandes corporações. Sensores e drones podem se tornar alvos de ataques, assim como roteadores e impressoras usados em empresas de qualquer porte. No futuro, criminosos poderão usar esses dispositivos como porta de entrada para invadir sistemas, espalhar malwares e também criar uma nova modalidade de ransomware para IOT, com pedidos de resgate para devolver o acesso aos dispositivos.

Outro setor que deverá atrair a atenção dos criminosos é a nuvem. Os provedores de serviços de nuvem estão cada vez mais ganhando a confiança dos clientes e muitas empresas estão migrando para nuvens públicas e híbridas. Com maior popularização da nuvem, é natural que os atacantes busquem incansavelmente por vulnerabilidades que possam ser exploradas e desenvolvam ataques especialmente para a nuvem. A negação de serviço associado a pedido de resgate, por exemplo, poderá ser um ataque contra organizações com base na nuvem.

Atualmente as pequenas empresas representam 30% de toda a riqueza que o País produz e isso é já um bom motivo para colocá-las no mapa de potenciais alvos para o cibercrime. Além disso, muitas vezes as pequenas empresas são alvos fáceis, pois não dão devida atenção à segurança da informação, tanto por achar que um sistema eficaz de proteção pode ser muito caro ou então que o seu pequeno negócio não irá atrair a atenção dos criminosos. Sabemos que as duas afirmações estão incorretas. As pequenas empresas possuem dados relevantes para o cibercriminoso e são frequentemente atacadas. Por outro lado, existem soluções direcionadas para pequenos negócios capazes de oferecer segurança adequada.

Na maioria das vezes a empresa só tem consciência de que é vulnerável depois de um incidente. Um simples ataque de negação de serviço ou a perda de uma máquina criptografada por ransomware podem causar grandes prejuízos, parar a operação da empresa por dias ou até mesmo condenar todo o negócio.

A segurança da informação é essencial para qualquer negócio, conhecer as vulnerabilidades e saber proteger os dados mais sensíveis pode ser o diferencial que irá fazer a empresa prosperar ou não.

(*) É gerente de Inside Sales & SMB da Intel Security.

Cursos voltados para geeks e amantes de quadrinhos

Na última semana a cidade de São Paulo foi sede da Comic Con Experience, convenção onde centenas de geeks, cosplayers e amantes de quadrinhos e cultura pop se encontram todos os anos para falar sobre os lançamentos mais recentes, seriados de TV, filmes e, claro, quadrinhos.
Ainda que esse seja um mercado de grande potencial no Brasil, muitas instituições de ensino tradicional não estão prontas para oferecer cursos sobre esses assuntos. Com isso em mente, o time brasileiro da Udemy, um marketplace online e global para ensino e aprendizado, selecionou alguns cursos que podem ajudar aqueles que querem mergulhar nesse universo e usar sua criatividade para construir a vida que imaginam.

Para os amantes de animação, por exemplo:
Todo mundo sabe que animações, especialmente em 3D, também são parte dessa cultura e podem ser usadas no desenvolvimento de jogos, filmes live-action, cartoons e até quadrinhos para criar imagens realistas. Considerando que essa é a era da alta definição, saber como criar animações pode se tornar uma vantagem para aqueles que buscam uma carreira nessa área. Já para quem quer dar um passo além e se aventurar no mundo dos filmes e efeitos especiais, esse curso, em inglês, sobre Adobe After Effects, é voltado para aqueles que possuem pouca ou nenhuma experiência com o software e irá ensiná-los tudo sobre motion graphics e efeitos especiais.

Startup: saiba se chegou a hora de
expandir seus negócios para o exterior

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Sua empresa está decolando e você quer explorar novos horizontes? Ou a crise afetou o seu negócio e investir em outro país parece ser a única saída? Antes de tomar a sua decisão, é importante analisar detalhadamente o cenário e o público-alvo em que pretende apostar, bem como os concorrentes diretos e indiretos. Decisão tomada, confira algumas dicas para ter sucesso nessa aventura:
Recicle propostas: dependendo do seu negócio, é possível adaptar planos e projetos para mercados ou públicos semelhantes, reduzindo tempo e gastos.
Foque no principal: vivemos a era do cliente e a compreensão sobre suas necessidades e demandas passa por uma solução de gestão de relacionamento com clientes.
Aposte na diversidade: formar uma equipe com profissionais de nacionalidades diferentes, novos pontos de vista e experiências complementares traz inovação e novas oportunidades para a empresa.
Atenda bem para atender sempre: o contato com o cliente deve ser assertivo elevar à satisfação, independentemente do mercado onde você atuar. A visão única do cliente também precisa estar evidente nesses contatos para que a experiência com a marca siga consistente.
Mantenha o espírito de startup: colha o retorno de clientes sobre sua proposta de valor e faça ajustes, seja na abordagem ou na sua oferta.
Aprenda com o passado: acertos e erros anteriores facilitam decisões futuras.
Customize o que precisar: articule com sua equipe e parceiros para que as customizações nos sistemas, inclusive os de gestão de clientes, estejam adaptadas para as necessidades dos novos mercados. E-learning gratuito para fazer isso pode ser bem vantajoso, como é o caso do Trailhead.
Continue nas nuvens: Software as a Service seguirá crescendo, provendo a escalabilidade que os negócios precisam hoje e amanhã.
Procure ajuda: consulte entidades de classe para entender qual seu atual nível de internacionalização e o que mais você precisará para se preparar.

(Fonte: Daniel Hoe, diretor de Marketing da Salesforce para América Latina)

Por que a integração de TI e TO é crucial para a competitividade da indústria?

Subhanjan Ghosh (*)

O advento dos sistemas ciberfísicos levou à 4ª Revolução Industrial – ou Indústria 4.0 – onde os sistemas virtuais interagem com o mundo físico nas plantas industriais e tem lançado luz sobre as tecnologias que viabilizam o que é conhecido por Fábrica Inteligente – Internet das Coisas (IoT), Recursos Analíticos Avançados (Big Data), Inteligência Artificial, Computação em Nuvem e Segurança Cibernética – e que muitas organizações planejam adotar para remodelar o cenário industrial

De acordo com o Estudo Global da TCS sobre Tendências em Internet das Coisas – Complete Reimaginative Force –, a indústria manufatureira está muito à frente de outros 12 grandes setores globais no que diz respeito aos benefícios conquistados com base em iniciativas de IoT, com o maior aumento da receita média, 29% em 2014. O segmento prevê que também terá o maior crescimento da receita explorando a IoT até 2018 (27% em relação a 2015).
As organizações que estão conquistando os retornos mais elevados com base na IoT investem em mecanismos que lhes permitem agir antes que um problema evolua, por exemplo, minimizando os efeitos de falhas de equipamentos com a implementação de manutenção preditiva e prescritiva ou reagindo rapidamente em caso de problemas com o design ou fabricação de produtos ao analisar tendências nas mídias sociais.
O ponto de partida para adoção da IoT é a adequada integração da Tecnologia da Informação (TI) com a Tecnologia de Operação (TO). E este é o momento crucial em que surgem as diferenças entre os dois mundos – essa nova realidade leva algum tempo para ser assimilada.
No passado, a infraestrutura de TI não era apropriada para o ambiente industrial devido a requisitos específicos, como sistemas de tempo real e a baixa tolerância a riscos, já que uma falha poderia provocar acidentes e lesões. Como consequência, a TO evoluiu de forma independente dentro das organizações, e a introdução de novas tecnologias de TI na área da TO tem sido limitada. De acordo com especialistas do setor, existem algumas falhas comuns em TO, tais como:
• Silos de informação e processos redundantes – porque a equipe das plantas tende a operar de forma autônoma dentro de seus limites tecnológicos e de instalações, não se harmonizando com o restante da organização;
• Dados pobres sobre operações e ativos – porque os modelos de informação e ativos não correspondem ao contexto de negócios ou porque há falta de integração; e
• Custos operacionais mais elevados – porque há esforços duplicados de interface ou para manutenção de ativos devido à proliferação de plataformas e diversificação de ativos.
Por outro lado, a TI tem experimentado avanços exponenciais nas últimas décadas, gerando impactos em toda a organização. Ao contrário da TO, a TI não é considerada um core business em muitas empresas e, por esse motivo, tem sido submetida a um enorme escrutínio e intensa pressão para reduzir custos. Isso a ajudou a ganhar maturidade muito mais rapidamente em temos de governança de serviços (ITIL), metodologia de processos (como SCRUM), segurança e, por fim, padronização e consumerização tecnológicas, com a computação em nuvem trazendo flexibilidade e elasticidade para lidar com flutuações na demanda e a abstração de componentes minimizando a complexidade e reduzindo custos.
Para os CEOs, a integração TI/TO vem no momento certo e é altamente benéfica por uma série de razões:
• A infraestrutura de TI está madura o suficiente para lidar com os requisitos da TO em termos de alta disponibilidade, segurança e flexibilidade, alavancada por redes confiáveis, servidores robustos, tecnologias de Computação em Nuvem e Internet das Coisas;
• A TI pode ajudar as empresas a ganhar mais agilidade, transparência e visibilidade sobre as operações de suas plantas, atingindo o máximo dos PIMS e MES para se tornar verdadeiramente “just-in-time”, com níveis de estoque otimizados e integrados com fornecedores e uma operação de chão de fábrica muito bem orquestrada. Além disso, Recursos Analíticos Avançados, entre vários propósitos, podem ajudar na Gestão Prescritiva dos Ativos, indo além da manutenção preditiva e prescrevendo os parâmetros corretos para maximizar a vida dos ativos;
• A TI tem um padrão de governança robusta para processos e tecnologias que pode garantir o alinhamento entre as plantas;
• A TI tem um projeto de arquitetura evoluído que maximiza a padronização e a modularização e minimiza a diversificação de plataformas e ativos de forma a reduzir a complexidade e garantir muito mais agilidade e economia de custo;
• A Internet das Coisas permite a interoperabilidade entre equipamentos e sistemas de TI, abrindo caminho para máquinas mais inteligentes, capazes de tomar decisões de forma autônoma por meio do uso de Recursos Analíticos Avançados;
• Os Recursos de Segurança Cibernética da TI têm evoluído desde o início da era da Internet.
E as tecnologias IoT vão impor os maiores desafios organizacionais dos últimos 50 anos, pois revelam questões sensíveis – nas quais o CEO desempenha um papel fundamental, propondo uma governança centralizada e projetando a estrutura ideal que possa garantir a cooperação adequada entre os dois mundos. Os CIOs e COOs deverão equilibrar as diferenças culturais entre suas duas equipes.
Existem alguns bons exemplos nos quais a liderança do CEO foi instrumental para os programas de IoT, entre eles General Electric, Intel, HP e Walt Disney Company. Não apenas mudanças organizacionais, mas também mudanças culturais são necessárias para vislumbrar o que gera mais valor para a organização. Para abraçar a IoT, não há espaço para ações individuais, mas sim para um corpo coordenado e harmonizado que deve trabalhar em conjunto para ajudar a organização a se envolver com o novo paradigma de transformação digital dos negócios, concentrando-se mais em oferecer mais valor para os clientes ao reduzir custos e problemas com ações proativas e entregar produtos mais adaptados às necessidades de cada um.
Outro desafio tem a ver com o grande investimento geralmente necessário em muitos programas de IoT, já que o cenário industrial abrange décadas de tecnologias diferentes. Por isso, é recomendável se concentrar em casos com o maior retorno pelo menor custo, em passos incrementais.
Em resumo, a integração TI/TO é crucial para a competitividade industrial, pois maximiza a eficácia da produção e a satisfação dos clientes ao utilizar os recursos preexistentes consolidados em TI na área de TO. Dessa forma, será possível enfrentar os desafios e ameaças como os relacionados à segurança cibernética, que é uma preocupação crescente na era da Internet das Coisas, e assim abrir o caminho para a Indústria 4.0.
A Tata Consultancy Services (TCS), com sua vasta experiência em processos e tecnologias em diversos setores, conta com suas unidades de Engenharia, Empresa Digital e Infraestrutura para acompanhar essa jornada de grandes transformações na direção da Indústria 4.0 em todo o mundo.

(*) É Subhanjan Ghosh, Segment Head da Unidade de Negócios de Metalurgia e Mineração da TCS para a América Latina.