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Tecnologia 03/05/2017

em Tecnologia
terça-feira, 02 de maio de 2017
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Talvez você já faça Gestão de Risco e nem saiba!

O que passa pela sua cabeça quando você escuta a expressão “Gestão de Riscos”? Se você é da área de TI ou conhece os conceitos do PMI (Project Management Institute) para gestão de projetos, você certamente já ouviu falar sobre isso, muito embora provavelmente não utilize seus princípios regularmente

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Marcos Villas (*)

Os leigos poderiam dizer que Gestão de Risco é atividade inerente dos bancos, das seguradoras, das empresas de crédito, de engenharia, dos hospitais etc. É fato que a Gestão de Risco é bastante aplicada onde o risco para o capital é mais evidente (investimentos, reservas etc) e às pessoas que têm atividades de risco. Nos ambientes empresariais ou organizacionais onde há governança corporativa efetiva, a gestão de risco é conhecida e implementada – uma vez que os riscos corporativos precisam ser identificados, tratados e monitorados. No Brasil, o IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – divulga um manual que trata desse tema e o Banco Central obriga que as instituições financeiras tenham uma estrutura de gerenciamento de risco operacional.

Quem não conhece bem o tema pode achar que para realizar a Gestão de Riscos é necessário utilizar muitos recursos, ter uma formação com muitas horas de estudo ou mesmo ter uma área dedicada para este fim. O importante é avaliar o quanto a gestão de riscos pode ser benéfica à sua organização – e começar. Não é necessário dominar todos os conceitos da norma ABNT NBR ISO 31000 (“Gestão de riscos – Princípios e diretrizes”, de 2009), basta conhecer os principais conceitos e ter regularidade, pois os riscos mudam com o passar do tempo.

A sua empresa possui uma área Comercial, de Marketing, ou de RH? Alguma delas utiliza a Gestão de Riscos? Processos de trabalho e projetos de qualquer área podem ter seus riscos gerenciados, em prol da organização.

Como exemplo dos mais diferentes tipos de riscos os quais poderemos vivenciar, vou usar um personagem fictício: o Carlos Silveira, um coordenador de Recursos Humanos de uma empresa brasileira que precisa organizar um evento ao ar livre na cidade de São Paulo, o qual contará com palestras e almoço. Há inúmeros riscos os quais precisam ser considerados neste caso: pode chover; algum palestrante pode faltar; alguma autoridade no assunto pode estar na cidade (e que pode ser convidada para o evento); haver problemas com a empresa contratada para o almoço; entre muitos outros riscos.

É necessário refletir a respeito do que pode dar certo e do que pode dar errado. Outro exemplo, mas este real, aconteceu na entrega do último Oscar – quando houve um problema na entrega dos envelopes relativos ao anúncio do melhor filme. No planejamento deste evento, alguém poderia ter se perguntado “E se um apresentador receber o envelope errado?” O que deve ser feito para garantir que o apresentador vai receber o envelope certo? E se ainda assim ele receber o envelope errado, qual deve ser o “Plano B” de ação?

Os gestores mais experientes têm mais facilidade para identificar riscos em suas áreas de atuação. Estes muitas vezes são considerados cautelosos demais, às vezes até pessimistas. Por outro lado, aqueles com pouca experiência não conhecem a gama de oportunidades e ameaças que o futuro pode proporcionar. O que importa é a preocupação de tentar “visitar o futuro”, indagar de forma organizada o que pode ajudar ou atrapalhar o seu objetivo, e não apenas contar com a experiência (que é importante, mas que é um “olhar para o passado”) e com a intuição. Ao explicitar os riscos de forma sistematizada, melhora-se a organização e a comunicação; ao registrar a evolução do risco, passa-se a ter memória e o aprendizado organizacional é aumentado.

A Gestão de Riscos precisa ser aplicada de forma mais ampla, pois seus benefícios podem ser extremamente úteis em áreas onde a gestão não é tradicionalmente utilizada. Os gestores que lidam com planejamento, objetivos, metas, projetos e processos, precisam estar preparados para incidentes, eventos não-programados, vulnerabilidades e todos os riscos existentes – e para aqueles que ainda estão por vir.

(*) É M.Sc. em Computação, D.Sc. em Administração, sócio-fundador da RSI Redes (www.rsiredes.com.br) e professor da PUC-Rio.

Tecnologia torna a aula mais eficiente e atrativa

Recursos tecnológicos como games, impressão 3D, robótica, realidade aumentada, interface de gestos, aplicativos e diversos outros já são realidade no Colégio Poliedro, de São José dos Campos (SP), uma das marcas educacionais mais reconhecidas no País por conta da aplicação eficiente de tecnologia em sala de aula. No Poliedro, a tecnologia é aliada na construção do conhecimento possibilitando, de fato, o engajamento de estudantes e professores em projetos educacionais e pedagógicos.
Durante a aula de História, por exemplo, os estudantes do Ensino Médio utilizam a ferramenta One Note para a entrega de trabalhos e tarefas escolares. A professora Ana Claudia Ferraz Orrú vista e comenta as atividades dos estudantes de maneira remota, o que gera eficiência para todo o processo. “Alguns estudantes estão tendo acesso a essa tecnologia pela primeira vez, mas já no primeiro trimestre de uso comentam que a tecnologia facilita o aprendizado” ressalta.
Em algumas matérias, a sala de aula é invertida, ou seja, o professor ouve e orienta os estudantes na criação coletiva do conhecimento. O aluno, assim, busca outras fontes de pesquisa e expõe o que aprendeu, em uma rica experiência. Essa é uma forma da escola abordar um conteúdo na linguagem do estudante.
Para que esse cenário seja realidade, o departamento de Tecnologia e Inovação do Poliedro pesquisa e experimenta ferramentas em parceria com os educadores e conta com diversas soluções Microsoft, adequadas a cada necessidade. “Os recursos tecnológicos adotados no Colégio Poliedro vêm de encontro com a realidade dos estudantes, adeptos de tecnologia e tornam as aulas mais eficientes e divertidas”, afirma Massayuki Yamamoto, gerente de tecnologia e Inovação do Poliedro.

Benefícios e malefícios da terceirização

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Nas últimas semanas, muito se ouviu sobre a chamada lei da terceirização, sancionada pelo governo no fim de março. Na prática, essa lei passou a permitir que as atividades-fim – e não apenas as atividades-meio – possam ser terceirizadas. Por exemplo, uma universidade agora pode terceirizar também a contratação de professores, enquanto, antes, isso poderia ser feito apenas com serviços como alimentação e limpeza.
Mas o que isso representa para os cerca de 14,3 milhões de trabalhadores terceirizados no Brasil? E para os empregadores, será que são só benefícios? O fato é que, da perspectiva da área de recursos humanos, a terceirização irrestrita não traz somente vantagens ao empregador e desvantagens ao empregado.
Com a diminuição da burocracia, fica mais fácil para o empregador fazer contratações e, assim, fomentar a geração de empregos – em especial para micro e pequenos empresários. Já nas médias, grandes empresas e multinacionais, sabemos que existe uma gestão de headcount bastante rigorosa, que exige muitas aprovações para uma nova contratação, então a terceirização pode tornar a composição da equipe nesses casos mais ágil e menos burocrática.
Entretanto, os custos com funcionários não necessariamente vão diminuir, pois, na terceirização, a empresa contratante arca com 100% do salário e dos encargos, além de benefícios e de uma taxa de administração que gira em torno de 15%. Outra questão que precisa ser analisada com cuidado pelo empregador é a rotatividade dos colaboradores, que tende a aumentar com a redução do vínculo empregatício. Isso pode gerar perda de produtividade e engajamento e enfraquecer a cultura organizacional.
Por fim, o empregador precisa checar detalhadamente se a empresa contratada como terceira atende as exigências da lei, se possui um CNAE que permita alocação de pessoas e um bom fôlego financeiro para arcar com eventuais passivos trabalhistas. O capital social deve seguir os requisitos da lei 13.429, que é dado pelo número de empregados – em empresas com até cem colaboradores, o capital mínimo é de R$ 100 mil.
Já da perspectiva dos funcionários, alguns ganhos que a nova lei aporta estão relacionados à maior oferta de emprego e à legalização de todos que já trabalham como pessoa jurídica. Além disso, ao contrário do que muitos pensam, os direitos da CLT (como INSS, FGTS e aviso prévio) serão mantidos. A lei estabelece ainda que tanto a empresa contratante quanto a contratada têm responsabilidade sobre as obrigações trabalhistas dos terceirizados. Assim, se a terceirizada não pagar causas trabalhistas, quem paga é a contratante.
Por outro lado, a terceirização também pode ter alguns efeitos negativos para os funcionários: corre-se o risco de enfraquecer o vínculo empregatício com a companhia; benefícios como vale-refeição, vale- transporte e plano de saúde podem ser reduzidos. Porém devemos lembrar que quem determina o salário não é o empregador e, sim, o mercado, o que diminui manipulações unilaterais. No caso de terceirizar o atual PJ, como a cunha fiscal é menor, uma parte da redução pode ser incorporada ao salário, fato que exige muito cuidado na hora da contratação.
A verdade é que as empresas que aderirem à terceirização também precisam aderir às boas práticas e à ética, para que os direitos do trabalhador sejam preservados. Somente desta forma, todos os lados podem sair ganhando.

(Fonte: Claudia Santos é especialista em gestão estratégica de pessoas, coach executiva e diretora da Emovere You – www.emovereyou.com.br)

Trabalho colaborativo cresce e ganha força na nova economia mundial

Gabriel Matias (*)

De tempos em tempos, a economia mundial transforma e adequa suas estruturas, alterando seus processos e procedimentos por influência de novas demandas do mercado

A intensa competição global e as rápidas mudanças tecnológicas fazem com que as empresas busquem atualizar suas formas de desenvolver produtos e ofertar serviços. Levando em conta essa realidade e a expansão do empreendedorismo, a colaboração em massa vem ganhando espaço e destaque no mundo corporativo.
Seja qual for o cenário econômico nos próximos anos, a tendência é que o empreendedorismo continue crescendo no Brasil e no mundo, mesmo com as dificuldades, burocracias e altos custos que quem quer abrir um negócio por aqui encontra. De acordo com um levantamento que reuniu dados da Serasa Experian, Deloitte, PwC e GoDaddy, 36% dos profissionais querem iniciar uma empresa ou trabalhar por conta própria na próxima década. Se incluir na lista quem pretende conciliar um emprego com o negócio, o número sobe para 45%.
A pesquisa ainda aponta que duas em cada cinco pessoas acreditam que o emprego tradicional deixará de existir no futuro e que, no lugar, os profissionais venderão suas habilidades a quem precisa. Já 46% dos gestores de RH esperam que pelo menos 20% da força de trabalho de suas empresas seja composto por empreendedores, startups e freelancers até 2022.
Os empregos formais tradicionais, com estabilidade profissional e plano de carreira, deixaram de ser sonho de consumo de muitos profissionais. O trabalho como freelancer, além de ser resultado de uma nova economia, com a terceirização dos serviços, a especialização em determinados segmentos e a sobrevivência em momentos de crise, é uma tendência mundial entre os que desejam mais qualidade de vida e flexibilidade.
Fundada em 2013 a partir da ideia de se desenvolver uma alternativa ao engessamento dos modelos tradicionais de trabalho, a Crowd é um bom exemplo disso. Ela mantém um enxuto time fixo e desenvolve 100% dos seus projetos de forma colaborativa. Sua atuação é via crowdsourcing, termo vindo da fusão das palavras crowd (multidão) e outsourcing (terceirização) e que se refere a um novo conceito de interação social, baseado na construção coletiva de soluções, desenvolvimento de novas tecnologias, criação de conteúdo ou prestação de serviços.
Para colocar esse conceito em prática, foi montada uma rede própria de colaboradores que, com ideias e habilidades distintas, podem trazer soluções para variadas demandas com custos mais baixos e resultados de melhor qualidade. Após três anos com um sistema exclusivo para a Agência, no final de 2016 a Crowd disponibilizou sua plataforma a outras empresas de comunicação e marketing.
Além de conectar os contratantes aos prestadores de serviço, o sistema intermedeia as contratações, cuida das questões burocrática, jurídica e financeira e fornece uma ferramenta de gestão de mão de obra terceirizada. A Crowd já tem uma rede com mais de 150 empresas e 5 mil profissionais e estima movimentar mais de R$ 3 milhões até o final deste ano, chegando a 1.200 empresas e 20 mil freelancers. Para 2018, a meta é alcançar 3 mil clientes, 80 mil profissionais e expandir para o exterior.
Por acreditar em um formato que expande os limites profissionais para muito além de restrições trabalhistas, geográficas ou temáticas, um dos grandes objetivos da Crowd é libertar o trabalho das amarras do emprego fixo e potencializar o conhecimento que está disponível no mundo por meio de uma rede de profissionais qualificados. As mais variadas áreas do conhecimento já estão se adaptando a essa realidade e os trabalhos realizados por meio de projetos com começo, meio e fim, em vez do tradicional emprego fixo, ganham mais espaço.
Trabalhando como uma grande comunidade, é possível, sim, manter times permanentes reduzidos e transformar o custo fixo em variável com mais agilidade, especialização e motivação. As mais diversas áreas do conhecimento estão se adaptando a essa realidade e os trabalhos realizados por meio de projetos com começo, meio e fim, em vez do tradicional emprego fixo, podem – e devem – ganhar cada vez mais espaço.

(*) Começou a empreender aos 18 anos com uma agência e produtora digital. Trabalhou como Head de Marketing Digital da Amil e fundou a Crowd em 2013. Com MBA de Gestão e Marketing Digital na ESPM e curso de Inovação e Empreendedorismo na Duke University, participou dos livros “O Vendedor do Futuro” e “101 empreendedores relevantes de Alphaville e região”.