O lado B de se montar uma startupImagine a seguinte situação: você está sozinho, em uma ilha deserta, sem maneira de fazer qualquer contato, sem lugar para se abrigar, dormir ou conseguir comida Luiz Alexandre Castanha (*) Terá que pensar em como resolver os problemas sem nada em mãos, como no reality show norte-americano, Largados e Pelados, transmitido pela Discovery Channel. A série, que já está em sua terceira temporada, coloca os participantes no limite da sobrevivência e testa a habilidade de cada um, de conseguir ficar vinte e um dias sem nenhuma estrutura em algum lugar deserto e inabitado. Já pensou em como você reagiria a essa situação? Como lidar com o caos em um mundo com tantas facilidades e situações já solucionadas? Pode parecer loucura, mas é assim que penso quando falo do mundo dos negócios. Quando uma pessoa quer abrir uma startup e conseguir fazer o negócio prosperar, precisa ter algumas habilidades e saber lidar com situações adversas, encontrando soluções quando tudo parece impossível, como na nossa situação hipotética. O empreendedor tem que gostar de desconforto. Da ausência de comodidade, de aflição e mal estar. Afinal é preciso se incomodar com as situações para gerar mudanças, inovar e arriscar. Você gosta da ideia de se hospedar em hotéis luxuosos, conhecer praias paradisíacas e comer nos melhores restaurantes? Pois saiba que não é assim. Os donos de startup sabem e gostam de lidar com situações que geram desconforto e não têm medo disso. É preciso desenvolver a resiliência para lidar com estas situações. Voltando à ilha deserta. Já pensou que para cozinhar a própria comida vai ter que conseguir fogo com apenas alguns gravetos? Que talvez as plantas se tornem roupas para proteger do frio e que você precise “caçar” sua comida? Aqui falamos de uma das principais características do empreendedor: ter visão. O empreendedor percebe as oportunidades que existem nas coisas mais banais e rotineiras do dia e a dia e da sociedade e consegue transformar simples ideias ou situações adversas em negócios efetivos. Fazer o que todos fazem é muito fácil, tem que fazer diferente e melhor. E que tal formiga para o jantar? Não se assuste, é isso mesmo. Seu corpo precisa de proteína e a formiga passa a ser uma ótima opção. E convenhamos, isso não é lá o tipo de coisa que você aprende no colégio, nem na faculdade e nem nos melhores mestrados do mundo. O que te ensina esse tipo de coisa é a Escola da Vida. Em muitas situações, de nada vale falar cinco línguas e ter dez diplomas. A formiga não liga para o seu currículo, nem fala francês. Brincadeiras à parte, em uma startup, é fundamental explorar o potencial das situações mais adversas. Ou seja, saber lidar com circunstâncias que só a Escola da Vida nos proporciona. O mercado é como a lei da sobrevivência: “só os fortes sobrevivem”. Por isso, em qualquer situação é preciso saber pensar rápido, agir da maneira certa, no momento exato. Mais do que isso: ter qualidade e agilidade em suas ações. No fim das contas, vence o mais rápido. Não posso deixar de citar outro fator extremamente determinante para empreendedores de sucesso: ter paixão pelo que faz. Não importa se você é um médico, jornalista, eletricista ou empresário. Sem paixão você não vai chegar a lugar nenhum. Quem realmente gosta do que faz tem um diferencial único para o mercado de trabalho. Para finalizar, nunca podemos desconsiderar que todo e qualquer feedback ou opinião influenciam no negócio, por mais absurdos que pareçam. O empreendedor precisa sabe ouvir sempre o cliente ou o colaborador e nunca despreza comentários, insights e críticas. Ele deve ter critério para avaliar se dá 100% de atenção, 10% ou até 1%, mas NUNCA pode desconsiderar o comentário e dar 0% de atenção. Entender de pessoas e relacionamentos, ter capacidade de ouvir, se expressar e criar empatia é essencial no desenvolvimento de negócios promissores. Empreender não é uma tarefa fácil e exige muito mais do que uma boa formação acadêmica e recursos para investimento. Na verdade, por mais que tudo isso seja realmente importante, acaba sendo uma pequena parcela diante das características e habilidades que um bom empreendedor precisa ter para ser diferenciado e ter o tão sonhado sucesso. (*) É administrador de Empresas com especialização em Gestão de Conhecimento e Storytelling aplicado a Educação, atua em cargos executivos na área de Educação há mais de 10 anos. Ferramenta aliada da gestão profissionalEm inglês, o termo “Assessment” significa avaliação. Entretanto, no ambiente corporativo, essa expressão é, normalmente, relacionada à gestão profissional, usada para avaliar competências, conhecer com mais eficiência e critério os profissionais, buscando, inclusive, o autoconhecimento. | Sugestão para o dia das criançasKindle: Kindle Paperwhite:
DevOps versus Metodologias TradicionaisArllen Lira (*) Reduzir custos e aumentar o retorno sobre o investimento As atuais práticas aliadas aos processos de desenvolvimento, manutenção e entrega de software, como o MPS BR (Melhoria de Processos do Software Brasileiro), o CMMI (Capability Maturity Model Integration) e a ITIL (Information Technology Infrastructure Library) chegaram a uma alta maturidade nos últimos anos, porém, observou-se que o engessamento destas práticas nos departamentos e times envolvidos no fluxo de concepção, validação e entrega de um produto de software criavam espaços vazios de espera em todo o processo ao separar desenvolvimento, Quality Assurance e operações de TI. Para sanar os problemas levantados ao utilizar-se do modelo tradicional, a metodologia DevOps foca no Agile System Administration com pequenas entregas, timebox curto e constante no ciclo desenvolvimento, além de cerimônias regulares entre os envolvidos e trabalho incremental com ciclos iterativos. (*) É analista de sistemas da GFT Brasil, companhia de Tecnologia da Informação especializada no setor financeiro. |
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