Informação de qualidade e ferramentas de apoio à decisão clínica são cruciais para reprimir erros médicosOs erros ocorridos em diagnósticos médicos são uma preocupação mundial comum a todo o ecossistema de saúde. Os números são elevados. 44 mil americanos morrem todos os anos desses graves equívocos e como consequência US$ 17 bilhões são gastos desnecessariamente Peter Bonis (*) No Brasil, esta realidade não é diferente. A maioria das pessoas conhece alguém que recebeu medicação errada ou passou por um procedimento médico desnecessário. Dados do Supremo Tribunal de Justiça apontam que, de 2010 para 2014, houve um crescimento de 140% no número de processos movidos em decorrência de erros cometidos dentro do sistema de saúde do país. Uma imprecisão durante o atendimento ou um diagnóstico errôneo provoca danos ao paciente, como consternações que poderiam ser evitadas ou aquisição de alguma doença até então inexistente, além de impactar negativamente nos resultados dos prestadores de serviços e aumentar os custos relacionados à manutenção da estrutura de atendimento. Recentemente, uma discussão em fórum de debates online promovido pelo Projeto Global Health Delivery, da Universidade de Harvard, evidenciou a preocupação dos profissionais de saúde em todo o mundo e os desafios que enfrentam para chegarem ao diagnóstico exato, para o paciente certo, em casos nos quais segundos podem ser determinantes para salvar ou não uma vida. Os motivos que levam um profissional da saúde a ter uma interpretação equivocada do quadro clínico de um paciente são diversos. Em regiões menos desenvolvidas, seja por falta de programas de pós-graduação ou pela carência de especialistas treinados, os profissionais da saúde muitas vezes têm que exercer a prática médica muito além da sua formação, o que comprovadamente reflete em diagnósticos incoerentes. Ademais, o défice no acesso a informações clínicas de qualidade, tanto por parte das equipes médicas como de enfermagem, é um dos grandes vilões neste aspecto: o médico depara-se com um caso desconhecido e/ou relativamente novo e não tem onde buscar recomendações que realmente sejam efetivas e que ajudem a direcionar melhor o diagnóstico. Mas, como ter acesso a conteúdos de relevância? Os recursos abertos que são acessados por milhares de profissionais da saúde poderiam sim ser uma alternativa, porém sua veracidade e credibilidade são questionáveis. Apenas 1% dos artigos médicos disponíveis no Wikipedia, por exemplo, passou por algum tipo de revisão antes de ser disponibilizado. Um relatório recém-publicado pelos pesquisadores membros do Projeto Global Health Delivery da Universidade de Harvard, traz como alternativa bem sucedida para essa problemática os recursos de apoio à decisão clínica. Essas ferramentas combinam tecnologia e plataformas de publicação avançada a um rigoroso e sofisticado processo editorial, gerido por autores médicos e editores especialistas. Outro ponto interessante é o fato de existir um elevado grau de comprometimento com a qualidade da informação, ampliando o leque de possibilidades de diagnósticos e assegurando a aplicação de critérios validados, o que por sua vez acarreta em uma avalição apropriada dos casos. Para exemplificar, esses pesquisadores citam um estudo feito pela Mayo Clinic – organização americana sem fins lucrativos da área de serviços médicos e de pesquisas médico-hospitalares – que demostrou que os profissionais que fazem uso de soluções de apoio à decisão clínica baseada em evidências e que contam com uma base sólida de recomendações de autoria de especialistas são aqueles que obtêm as maiores notas em exames de certificações. Foi revelado ainda que esses recursos estão associados a menores taxas de mortalidade e tempo de permanência nos hospitais, especialmente em instituições de pequeno porte e não dedicadas ao ensino médico. É fato, portanto, que quanto mais os profissionais da saúde puderem contar com conteúdo de qualidade e ferramentas de apoio à decisão clínica, menores serão as chances de errarem, seja no momento em que realizam os diagnósticos ou na escolha dos melhores tratamentos. (*) É Chief Medical Officer (CMO) da Unidade de Negócios de Efetividade Clínica da Wolters Kluwer, líder mundial em fornecimento de informações para profissionais e estudantes da área da saúde, que desenvolveu o solução para suporte a decisões médicas UpToDate®). | UpToDate MobileComplete permite acesso a recomendações médicas mesmo em modo offlineNova versão do app de apoio à decisão clinica garante a obtenção de respostas mesmo quando não houver conexão com a internet. Mais rápido, está disponível agora também para usuários corporativos, hospitais e instituições de saúde A disponibilidade do recurso de apoio à decisão clínica também no modo offline, conquistada na versão MobileComplete, traz uma enorme conveniência para hospitais, sistemas de saúde e instituições acadêmicas, especialmente para as localizadas em regiões como o Brasil, com sérias restrições de conectividade. Em 2015, por exemplo, o país ficou em 21º lugar dentre 30 países no índice de experiência de banda larga da empresa de pesquisas Ovum, calculado com base em parâmetros que mensuram a percepção de qualidade do consumidor e a capacidade de conectividade. Além disso, o recurso é vantajoso também para os usuários com planos de dados restritivos, uma vez que ajuda a diminuir o consumo de dados nas redes 3G ou 4G. O UpToDate MobileComplete permite o acesso instantâneo a mais de 10,5 mil tópicos clínicos, 9,7 mil recomendações de autoria de especialistas, 5,6 mil sugestões de medicações, 30 mil gráficos e a verificação dos créditos relacionados a educação médica continuada, assim como disponibiliza inúmeras calculadoras otimizadas para dispositivos móveis. Ademais, para garantir que os usuários acessem as recomendações mais atuais, o app verifica periodicamente e atualiza o conteúdo quando existir conexão internet. O popular app foi reconhecido por inúmeras publicações especializadas em tecnologia e em saúde, incluindo as seguintes listas: • Dez aplicativos que médicos deveriam estar usando agora, Physicians Practice Uma pesquisa mundial realizada pela UpToDate, em 2014 com 930 profissionais, em 68 países, revelou que médicos e instituições de saúde estão implementando cada vez mais estratégias móveis de saúde, impulsionando a adoção de dispositivos como iPads e smartphones como ferramentas clínicas. A pesquisa constatou que 77% dos profissionais utilizam esses recursos durante a prática médica e 70% para suporte a decisão clínica. “Ajudar os profissionais da saúde a encontrarem respostas para suas perguntas clínicas de forma rápida, independente de onde estiverem, vem totalmente de encontro com a nossa missão de melhorar a eficácia dos cuidados a saúde em todo o mundo,” ressalta Denise Basow, MD, Presidente & CEO, da divisão de Efetividade Clínica da Wolters Kluwer. “O lançamento do UpToDate MobileComplete nos permite avançar neste objetivo, assegurando que os médicos sempre tenham rápido acesso à informações clínicas confiáveis, com ou sem conexão à internet”. Eficiência operacional deve ser mantra dos CIOs em 2016Tiago Khouri (*) Os últimos anos não foram os melhores para a economia da América Latina Os indicadores de mercado foram abalados por casos de corrupção, pela queda dos preços das commodities e por causa da desaceleração da economia chinesa. Apesar do cenário extremamente complicado, os consumidores encontraram maneiras de seguir adotando os mais modernos aparatos tecnológicos. É o caso dos smartphones: seu uso acontece 24x7x365 em todos os lugares e em todas as ocasiões. Para colocar esta tendência em perspectiva, um estudo recente da eMarketer revela que, na América Latina, 156 milhões de assinantes de telefonia móvel já migraram para os smartphones, o que representa uma taxa de penetração de 39%. Em países como Chile e Colômbia, a taxa de adoção já excede 50%. Neste contexto não é surpresa que os índices de utilização de sites como Facebook e YouTube na América Latina sejam comparáveis às métricas de países desenvolvidos. Como fazer mais com menos recursos Data centers free-cooling: economia e sustentabilidade (*) É diretor de Marketing para a América Latina da Emerson Network Power. |
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