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Saiba como a economia compartilhada está impactando a cadeia de suprimentos

em Tecnologia
terça-feira, 19 de novembro de 2019

Foto: Atech

O conceito de economia compartilhada está impactando diversos modelos tradicionais de negócios, proporcionando maior agilidade, redução de custos e melhor atendimento ao cliente, a partir do compartilhamento de recursos e de ativos físicos, além, claro, da troca de informações. Essa nova forma de pensar os processos produtivos vem transformando, inclusive, o setor de logística, que vem se aproveitando da digitalização para criar uma nova cadeia de suprimentos, maximizando, por exemplo, a utilização dos armazéns e dos meios de transporte com informações em tempo real.

A economia compartilhada está baseada em três princípios: existência de capacidade ociosa de quem detém o recurso ou o ativo; adoção de uma cultura de compartilhamento e avaliação dos benefícios, como redução de custos e de riscos

Seria essa a saída para enfrentar os gargalos da logística? Certamente a economia compartilhada permite otimizar o armazenamento, por exemplo, compartilhando espaço nos armazéns e centros de distribuição. E também otimizar a movimentação de materiais, estoque e transporte, um dos custos logísticos mais altos.

Para se ter uma ideia, um estudo da Fundação Dom Cabral aponta que as empresas gastaram, entre 2015 e 2018, em média, 12,37% do seu faturamento bruto com custos logísticos. Ou seja, tiveram de desembolsar R$ 15,5 bilhões no final desse período, já que em 2015 o percentual era de 11,73%. E o transporte responde por 63,5% do custo logístico total.

Essa nova cadeia de suprimentos tem como base a colaboração entre produtores, fornecedores, distribuidores, representantes e prestadores de serviços, que se unem para trocar melhores práticas e informações estratégicas que irão gerar mais vantagem competitiva para todos os envolvidos. A ideia é compartilhar recursos ociosos a fim de otimizar a sua capacidade, chegando a eliminar a necessidade da propriedade.

Com o uso de soluções para gestão destes serviços compartilhados, além de compartilhar recursos como caminhões para reduzir os custos de combustível e acelerar entregas, principalmente em áreas urbanas congestionadas, os armazéns também estão se adaptando para atender às necessidades de diferentes indústrias e segmentos, com operadores logísticos encarregados de controlar rotinas como recebimento, armazenagem e expedição.

No modelo tradicional, estima-se que a parcela de veículos rodando sem carga chegue a 43%, uma porcentagem alta considerando a importância do transporte rodoviário no país – segundo os dados da Confederação Nacional de Transporte (CNT), mais de 60% do transporte de cargas no Brasil é feito por rodovias. Em um cenário de economia compartilhada, este recurso mostra, portanto, um grande potencial para redução de custos e aumento de eficiência.

Mais competitividade e visibilidade
A troca de informações e a adoção dos princípios da economia compartilhada têm proporcionado maior competitividade a todos os envolvidos na cadeia de suprimentos. A pressão pela redução do custo está cada vez mais acirrada e o profissional de SCM (Supply Chain Management) precisa avaliar de que forma os custos podem ser otimizados em toda a cadeia de suprimentos.

Mesmo em um cenário em que o compartilhamento de dados e a ampla colaboração ainda são coisas restritas a empresas inovadoras, com o apoio de uma cultura de melhoria contínua, as empresas podem promover a transparência na cadeia de suprimentos, permitindo que negócios dos mais diferentes segmentos ganhem por meio de processos mais integrados, ágeis e sustentáveis.

A ampliação do cenário de economia compartilhada exigirá que as empresas reavaliem as suas estratégias de rede, digitalizando informações e ativos, o que traz mais visibilidade para todos os envolvidos na cadeia de suprimentos. Inovadoras soluções fornecem visibilidade e integração no gerenciamento das informações e análise dos resultados, por meio de dashboards customizados, oferecendo insights para a tomada de decisões estratégicas.

(Fonte: Jefferson Castro, gerente de produto da Atech).