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Os chefões do Vale do Silício e os relógios de pulso

em Tecnologia
quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Aqueles que acompanharam as recentes aparições de Mark Zuckerberg na mídia puderam observar que o mesmo, chefe de uma das empresas de tecnologia mais poderosas do mundo, empreendedor capaz de aproveitar inovações e oportunidades, usava um relógio de pulso mecânico.

Vivaldo José Breternitz (*)

Não era um simples relógio, mas sim um Greubel Forsey, que custa cerca de 900 mil euros. Esse fato fez com que a imprensa passasse a observar quais os relógios usados pelos chefões do Vale do Silício, obtendo algumas informações interessantes: Tim Cook, CEO da Apple, usa um smartwatch Apple; Bill Gates, fundador da Microsoft, usa um Casio de 60 dólares.

Outros, são um pouco menos modestos: Jeff Bezos, da Amazon, usa um Omega de dez mil euros; Larry Ellison, fundador da Oracle, um Richard Mille de 2 milhões. Jack Dorsey, fundador do Twitter, frequentemente fotografado com camisetas desgastadas e bonés surrados, usa um Cartier de 150 mil euros.

Elon Musk, chefe da Tesla, SpaceX e X, possui uma coleção de relógios, incluindo alguns das marcas Richard Mille, Omega e Rolex; ao que parece, nunca usa smartwatches. Jensen Huang, CEO da Nvidia, simplesmente não usa relógio.

Curiosamente, esse fenômeno também envolve as novas gerações. Segundo algumas pesquisas, o aumento das vendas de relógios mecânicos que vem sendo observado estaria sendo impulsionado pela Geração Z (nascidos entre 1997 e 2012), muitos dos quais nunca usaram um relógio de pulso antes e costumam usar o smartphone para ver as horas.

Não é possível afirmar que a volta dos relógios convencionais seja uma tendência ou uma moda passageira, mas as escolhas dos chefões do Vale do Silício podem influenciar esse mercado.

(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas – [email protected].