O preço das ações da Big Techs, as grandes empresas de tecnologia conhecidas como “As Sete Grandes” – Microsoft, Amazon, Apple, Nvidia, Alphabet, Meta e Tesla – tem sofrido quedas significativas nas últimas semanas.
Vivaldo José Breternitz (*)
Essas empresas, que há não muito tempo levaram o índice S&P 500 a recordes históricos, viram o valor combinado de suas ações cair mais de 10% desde o início de julho.
O entusiasmo generalizado, alimentado por avanços revolucionários na área de inteligência artificial (IA), havia elevado rapidamente as cotações. No entanto, as crescentes preocupações sobre o retorno dos enormes investimentos feitos na área por essas empresas, tem desviando a atenção dos investidores para outros setores, como bancos, imóveis e pequenas empresas.
O desempenho das Sete Grandes tem variado: a Microsoft e a Amazon, ambas grandes players em computação em nuvem, reportaram crescimento abaixo do esperado. Por outro lado, a Meta e a Apple apresentaram bons resultados financeiros. Apesar dessas variações, o cenário sugere que as expectativas dos investidores em relação a essas empresas podem ter sido excessivamente otimistas.
Embora a IA pareça ter um enorme potencial, sua aplicação para geração de receitas substanciais ainda é um desafio para a maioria das empresas. Enquanto indivíduos encontraram maneiras inovadoras de usar ferramentas de IA como Copilot e Claude para aumentar a eficiência, histórias de sucesso em grande escala dentro de corporações ainda são relativamente escassas.
À medida que o cenário da IA continua a evoluir, a capacidade desses gigantes da tecnologia de converter seus enormes investimentos em lucros tangíveis será crucial para determinar sua trajetória futura.
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da FATEC SP, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas – [email protected].