A NASA selecionou a SpaceX, de Elon Musk, para desenvolver uma espaçonave que irá desorbitar – retirar de órbita – a Estação Espacial Internacional (ISS) em 2030. Essa nave deve custar cerca de US$ 850 milhões, sem considerar os custos de seu lançamento.
Vivaldo José Breternitz (*)
Tendo entrado em operação em 2000, a ISS está se aproximando do fim de sua vida útil, e suas funções deverão, a princípio, serem assumidas por estações espaciais privadas.
Poucos detalhes sobre o Veículo de Desorbitação, como a NASA vem chamando a nova nave, foram divulgados até agora. O que já sabe é que o novo veículo será diferente da nave Dragon da SpaceX, que hoje transporta carga e tripulação para a estação e de outros veículos que prestam serviços à agência.
Ao contrário desses veículos, construídos e operados pela SpaceX, a NASA vai se tornar proprietária do Veículo de Desorbitação e o operará durante toda a missão.
Tanto o veículo quanto a ISS se desintegrarão ao reentrar na atmosfera, e uma das grandes tarefas da SpaceX é garantir que a estação seja destruída de forma a não gerar perigos para áreas populosas, caindo no mar – afinal, a ISS é do tamanho de um campo de futebol, tem a altura de um prédio de sete andares e pesa 450 toneladas e erros poderiam gerar tragédias aqui na Terra.
A NASA e seus parceiros avaliaram a utilização de uma espaçonave russa Progress para conduzir a missão de desorbitação, mas concluíram que uma nova espaçonave é uma solução melhor.
A destruição da estação de forma segura, contribuindo para que não aumente o volume de lixo em órbita da Terra, é uma responsabilidade compartilhada pelas cinco agências espaciais que operam a ISS: além da NASA, as agências espaciais do Canadá, Japão, Rússia e União Europeia.
Ainda não se tornou público como os custos serão divididos entre essas entidades.
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da FATEC SP, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas – [email protected].