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Na prática, por que investir na revitalização cultural e engajamento?

em Tecnologia
quinta-feira, 05 de maio de 2022

Imagem: kentoh_CANVA

Investir na revitalização contínua é o primeiro passo para construir uma gestão com foco nas pessoas, trazendo ganhos significativos de engajamento, produtividade e desempenho.

Discutir a cultura de uma empresa é sempre uma tarefa que requer uma visão ampla sobre o tema. Em outras palavras, partindo do princípio de que hábitos culturais refletem em tópicos sensíveis à organização como um todo, não há como abordar o assunto de forma simplista, especialmente se o intuito é introduzir métodos voltados para o engajamento dos colaboradores.

Conceitualmente, o objetivo é adotar uma série de procedimentos que priorizem a interação e comunicação interna, com foco na figura humana dos líderes e suas equipes, uma vez que todos devem participar do processo. Valores, crenças e comportamentos são pilares que afetam de forma direta o desempenho compartilhado entre os profissionais. Sem dúvidas, a urgência por uma governança compatível com esses ideais tem caráter de obrigatoriedade para empresas alinhadas com os tempos que vivemos.

Nesse sentido, um ponto que deve ser considerado é a complexidade de se gerir pessoas, tendo em vista que nenhum profissional é similar ao outro. Hábitos, costumes, problemas específicos e condições particulares são alguns quesitos que influenciam o desempenho apresentado pelo indivíduo e não podem ser retirados de pauta. Afinal, contrariando uma linha de raciocínio que por muito tempo pairou sobre o universo corporativo, a vida pessoal não está totalmente desconexa da rotina empresarial.

Mudança de mindset deve acompanhar aceleração
Em um momento no qual diversas empresas estão trabalhando dentro de um ritmo de aceleração, tendo como objetivo absorver a tecnologia e fomentar um ambiente orientado à eficiência operacional, os desafios se redirecionam para a parte cultural, personificada pela mentalidade dos profissionais frente à onda digital. Sem um trabalho abrangente sobre o aspecto comportamental, é difícil esperar que as pessoas correspondam a um alto nível de exigência.

Outro ponto que merece atenção é a busca por capacitação. Junto à escalabilidade de soluções disruptivas, há a necessidade de o gestor contar com equipes capacitadas, preparadas para executar tarefas em um estágio de desempenho contínuo.

Indo além do cumprimento de metas e números que demonstram os índices de produtividade, é preciso adotar um viés humanizado, que considere a realidade enfrentada por cada colaborador. O que está dificultando o cumprimento de suas atividades? Quais são os pontos de melhoria? Um mindset que vise o ser humano é o fio norteador de uma gestão modernizada, flexível e preparada para amadurecer sua cultura organizacional.

Linguagem humanizada para estimular o potencial coletivo
Não é fácil deixar o campo teórico e aplicar essas medidas na prática. Até por essa questão, não se deve pensar que uma mudança do tipo aconteça da noite para o dia, sem esforços contundentes por parte das lideranças internas. O ambiente ao redor é tão importante quanto às ferramentas colocadas à disposição dos departamentos. Com líderes em sintonia para tomar decisões que impactem o dia a dia dos colaboradores, seja por meio de treinamentos, suporte psicológico, entre outras metodologias recomendáveis, será possível reunir os elementos necessários para que o potencial coletivo acabe explorado de forma harmoniosa e, principalmente, sob uma linguagem humanizada.

A inovação não é somente técnica e processual. Inovar no contexto cultural é uma demanda cuja urgência também é inegável. E essa missão, extremamente atual, diz respeito à realidade de organizações dos mais variados portes e segmentos. Portanto, respondendo à pergunta que intitula o artigo, encontro espaço para afirmar que o investimento no engajamento tem, sim, embasamento em aspectos competitivos e operacionais, mas seu cerne primário se encontra na responsabilidade social que é intrínseca a todas as empresas, sem distinções. Desse modo, o colaborador terá tranquilidade para construir sua jornada profissional, etapa por etapa, sempre como o protagonista de sua própria história.

(Fonte: Karla Silva é Head de People na EasyJur, EasyJur Software Jurídico Inteligente. Formada em Psicologia e especializada em Gestão de Recursos Humanos).